Por Carlos Moura
Contemplado pela Lei Aldir Blanc, do Ministério da Cultura, por meio do “Prêmio Maria Alice Vergueiro”, da Secretaria Municipal da Cultura de São Paulo, o Sarau Bodega do Brasil propôs como contrapartidas à iniciativa governamental: a realização de oito encontros – quatro virtuais (por “lives”) e quatro presenciais, quando for permitido pelo protocolo de prevenção à Covid-19; e a publicação da antologia poética Bodega do Brasil – Em Tempo de Poesia, reunindo concepções das bodegueiras e bodegueiros participantes habituais do sarau. Os exemplares dessa obra serão ofertados a bibliotecas de unidades escolares da rede municipal de ensino, nos bairros Guaianases e Lageado.
Segundo os coordenadores do Bodega, o dinheiro do prêmio veio em boa hora, uma vez que, no estado de São Paulo, as atividades artístico-culturais, presenciais, estão suspensas ou restritas, com os artistas e poetas populares vivendo sob perda parcial ou total de renda. A verba liberada pela Lei ao Sarau, beneficiará aproximadamente sessenta pessoas, envolvidas com a sua realização. A coordenação declarou, ainda: “foi um lenitivo a suavizar o padecimento da maioria e a fortalecer as artes que levamos no Centro e periferia da São Paulo metropolitana; os recursos financeiros pagam cachês de artistas e técnicos, produção da antologia e divulgação”.
O primeiro dos encontros programados aconteceu em 12 de dezembro último, com a participação de 17 sarauseiros, beneficiados pela Lei , com apresentação ao público em “transmissão ao vivo” pela internet: https://www.facebook.com/sarau.bodegadobrasil e canal You Tube – https://www.youtube.com/watch?v=1frKwz1VSBk&t=1266s
O próximo encontro, e segunda “transmissão ao vivo”, acontece neste 9 de janeiro, a partir das 19h, novamente pelo Facebook e You Tube, com as participações de: Jocélio Amaro (música); Costa Senna (música e cordel); Paulino Alexandre (poesia); Pedro Monteiro (cordel); Peneira e Sonhador (embolada); Cleusa Santo (cordel); Cida Costa (poesia); Pingo de Fortaleza (música); Josué Campos (música); Lucas Almeida (dança); Nádya Souza (poesia); Lúcia Cavalheiro (poesia); Vivi Rodrigues (música); Moreira de Acopiara (cordel); e Cacá Lopes (apresentador).
Um pouco da história do Bodega do Brasil
O Sarau Bodega do Brasil, um encontro de culturas populares, escreve sua história na cena dos saraus realizados em São Paulo, desde outubro de 2009. Poetas e artistas da música, do teatro, da dança e da comunicação visual se reúnem e interagem com o público, uma vez por mês, durante quatro horas, no auditório da Ação educativa, que fica em Vila Buarque – um dos mais aprazíveis bairros paulistanos na região central, da cidade.
Nesse amplo encontro de culturas populares, confirmando a máxima “São Paulo é a mais nordestina das cidades fora do nordeste”, destaca-se a cultura nordestina, com forte presença da literatura de cordel, do repente, do aboio, da embolada, da dança e da música dos ritmos da região.
Coordenado por um coletivo de artistas e poetas formado por Cacá Lopes, Júbilo Jacobino, Adão Santos, Cleusa Santo, Angela Dizioli e Ornela Jacobino, o Sarau Bodega do Brasil está hoje entre os principais saraus do cenário cultural paulistano, por também fazer “itinerância”, através de prêmios conquistados via editais das secretarias de Cultura municipal e estadual: já esteve no Memorial da América Latina, Centro Cultural São Paulo, Virada Cultural, estações da CPTM, CEUs, teatros Procópio Ferreira e Sérgio Cardoso, etc.
Mais informações: Cacá Lopes (11) 98278 – 9108 | Carlos Moura (11) 98805 – 9171 – DRT/MS 006
Links: Primeiro Sarau BODEGA DO BRASIL SARAU 2020, pela Lei Aldir Blanc, SMC São Paulo – 12 dezembro de 2020:
https://www.youtube.com/watch?v=1frKwz1VSBk
SEGUNDO SARAU DO BRASIL, Lei Aldir Blanc SMC São Paulo – 9 de janeiro 2021:
https://www.youtube.com/watch?v=hzhUrdHj-OU