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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Estúdio de gravação (home estúdio) com pouco investimento em 5 dicas

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O que é preciso para montar um estúdio de gravação (home estúdio) em casa com pouco investimento para produzir, mixar e masterizar músicas de diversos ritmos (forró, reggae, rock, pagode, etc.) em casa pode ser uma alternativa para quem busca trabalhar de forma independente e, sobretudo, com custos reduzidos.

Assim começou o engenheiro de som Jonathan Maia, produzindo jingles e locuções para supermercados em seu modesto home estúdio. Esta vivência contribuiu para ele chegar à TV Globo, onde atuou nos últimos dez anos como engenheiro de gravação em programas como The Voice Brasil, The Voice Kids, Super Star e Pop Star ao lado de diversos artistas, produtores musicais nacionais e internacionais, onde também levou o prêmio Profissão Entretenimento, como Melhor Técnico de Áudio.

Sendo assim, o especialista acredita que qualquer pessoa que tenha interesse na área de gravação e produção musical pode montar o próprio estúdio com um capital inicial razoável e quem sabe, dar início a uma nova carreira. Pois, como diz Jonathan Maia, “acredite em você, faça seu som”!

A seguir, detalhes do que é preciso: O Computador: Importante instrumento para a gravação e processamento de áudio. Com ele é possível realizar muitas funções, com resultados eficientes.

Se o objetivo é realizar gravações com trinta ou mais faixas de áudio, será preciso uma máquina de áudio potente, possivelmente com processador Intel Core i7, 8GB ou mais de RAM e um HD com no mínimo 500GB ou mais. Mas se for apenas para realizar gravações mais simples, um I5 com 8GB de RAM já deve ser mais que suficiente.

1) Os Softwares para Home Estúdio

Existem muitos softwares para gravação no mercado. O DAW (Digital Audio Workstation), é um programa que contém diversos recursos, como gravar e manipular áudio. Possui  inserção de plugins de efeito, instrumentos virtuais e diversos outros recursos para produção musical. Outros programas como o Pro tools, Ableton Live, Cubase, Sonar, também podem ser utilizados. As configurações mínimas da máquina dependerão de sua utilização.

2) A Placa de som

As interfaces de áudio podem ser externas (ligadas ao computador por dispositivo USB ou Firewire) ou internas (acopladas ao computador). A segunda podem acoplar em um só aparelho pré-amplificadores, que servem para ligar microfones ou instrumentos, e conversores analógico-digital, que irão converter o som em informações que serão lidas pelo seu computador.

Além disso, muitas delas contam com processador digital de sinal (DSP), que divide as tarefas de processamento com a CPU do computador, ideais para realizar gravações de vocais, guitarras, baixos, baterias.  Marcas como M Audio Fast Track, Focusrite e PreSonus são modelos de baixo custo e boa qualidade.

Já marcas como UAD, Apogee, MOTU, entre outras, custam mais e oferecem qualidade superior, tanto nos pré-amplificadores como nos conversores de sinal. A qualidade da placa de som está diretamente ligada à qualidade do áudio que sai pelo alto falante ou fones de ouvido.

3) Os Microfones

São essenciais para gravar vozes, bateria, amplificadores de guitarras e outros sons.  De modo geral, existem dois tipos: os dinâmicos e os condensadores. Os microfones dinâmicos são usados para captarem de forma mais direta uma fonte e são menos sensíveis e mais “duros”.

Eles são utilizados para captar amplificadores de guitarra, instrumentos de percussão, partes da bateria, instrumentos de sopro e outras. Os mais conhecidos são: Shure SM57, SM58, SM7B, Electrovoice RE20, Sennheiser MD421 e MD441 U.

Já os microfones condensadores são mais sensíveis e captam mais os sons, sendo utilizados para voz, violão, para a bateria como um todo, captando o efeito da propagação de seu som no ambiente. Um bom exemplo e com baixo custo para os condensadores é o versátil AKG 414. Contudo, não há garantia de um bom resultado. Por isso, fica a dica de experimentar os diversos microfones e suas possibilidades de posicionamento em relação à fonte sonora.

4) Monitoração de Áudio

Um bom par de caixas de som é fundamental para monitorar áudio, ouvir o que é gravado, ter uma ideia uma ideia do resultado e eventuais mixagens realizadas. Algumas delas podem ser ligadas diretamente à interface/placa de áudio, sendo desnecessária a presença de um amplificador ou receiver.

Outra forma de monitorar áudio é com um bom par de fones de ouvido. Porém, o som pode não ser tão fiel ao que foi gravado. Deste modo é possível que na hora da mixagem sejam cortadas ou amplificadas frequências que, ao serem reproduzidas em outros aparelhos com configurações diferentes, podem apresentar resultados diferentes.

5) Dicas importantes para Home Estúdio

Apesar de não serem essenciais, os controladores MIDI podem contribuir no processo de criação e mixagem. Além de ser possível obter um maior domínio sobre os programas de áudio, podem também ser usados tocar instrumentos virtuais, alterar parâmetros como volume, panorâmica e configurações dos VST’s. Se a ideia é utilizar o home estúdio para produzir as próprias faixas sem depender de terceiros, é preciso ter no mínimo conhecimentos de captação de áudio e mixagem.

Estas são as principais etapas para a criação de faixas eletroacústicas, sendo ambas determinantes para o resultado final. Uma boa captação garante maior tranquilidade durante a mixagem e masterização da faixa.  Não é indicado economizar nos tipos de cabos que serão utilizados para ligar os equipamentos. É importante escolher sempre os melhores com boas soldas e bom conectores.

Sobre Jonathan Maia

O engenheiro de som começou a estudar música ainda criança e na adolescência já produzia jingles e locuções em seu home estúdio. Em dez anos de TV Globo, Maia adquiriu experiência, especializou-se e conquistou prêmios.  Junto à equipe do The Voice Brasil, venceu o prêmio Globo de Entretenimento 2014, e com a do The Voice Kids, uma indicação ao Emmy 2017.

Nascido em lar evangélico, o especialista levou de forma voluntária seu conhecimento e experiência profissional para mais de 100 igrejas evangélicas do Brasil, por meio de consultorias e apostilas de treinamento básico de som.

Hoje em Los Angeles, o engenheiro aproveita para aprimorar seus conhecimentos em cursos técnicos de produção de áudio. Já esteve no Capitol Studio, em Hollywood, e em Nova York, participando de workshops, como membro do Audio Engineer Society (AES), com os engenheiros de gravação do grupo Mix With The Masters.

Engenheiro de aúdio: https://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_de_%C3%A1udio

Estúdio de gravação: https://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%BAdio_de_grava%C3%A7%C3%A3o


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.