More Tetê Espíndola »"/>More Tetê Espíndola »" /> Tetê Espíndola - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Tetê Espíndola

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A cantora, compositora e instrumentista Tetê Espindola, ícone da MPB, ao longo de quase 40 anos de carreira ganhou inúmeros prêmios por parte da crítica com um trabalho voltado para a experimentação e recriação do universo ecológico brasileiro.

Gravou mais de 16 álbuns e fez inúmeros shows pelo Brasil e Exterior. Inicia gravando pela Polygram dois LPs: Tetê e o Lírio Selvagem (1978) e Piraretã (1980). Em 1981 participa do Festival Shell / Rede Globo defendendo a valsa de Arrigo Barnabé, gravada posteriormente de forma independente no formato Compacto Duplo: Londrina (1981).

Foi aclamada com o Prêmio Revelação da Associação de Críticos Paulistas/ 1982. Inovadora, foi a primeira artista nacional a apresentar um trabalho acústico, Tetê Acústica /1982, com uma apresentação histórica no Teatro Municipal de São Paulo.

O álbum “Pássaros na Garganta” (Som da Gente, 1982). Esse trabalho original (cujo nome foi uma homenagem feita pelo poeta Augusto de Campos) com colagens de sons naturais e uma gravação na Gruta do lago azul, deu-lhe o prêmio da APCA.

Tetê … ACUSTICA (1982). Show no teatro Municipal sem nenhuma amplificação. Com um quarteto de cordas Duo Fel, Papavento (sopros) e percussões. Tetê cantou em duas sessões para 2000 pessoas. Circuito Nacional shows de lançamento.

“Festivais” da TV Rede Globo com a canção “Escrito nas Estrelas”, que bateu recordes de execução e vendagem, dando-lhe o disco de ouro. “Gaiola”(Polygram, 1986) com o hit “Na Chapada” (dueto com Ney Matogrosso).

Como atriz, Tetê atuou nos filmes “MÔNICA E A SEREIA DO RIO” (de Maurício de Souza) dirigido por Walter Hugo Khoury. E no curta “CARAMUJO-FLOR”, de Joel Pizzini onde participa também como compositora musicando dois poemas do poeta Manoel de Barros, o Poema da lesma e Boca.

Como representante brasileira, participa do Festival “The Concert Voice”, em Roma (1988). Em 1989, canta no “New Morning” (Paris) e no Festival de Jazz da Bélgica, acompanhada pelo DUOFEL, violonistas que formavam na época um afinado trio com Tetê.

Com uma bolsa da Fundação Vitae, desenvolve projeto sobre a instrumentalidade da voz humana e a musicalidade dos pássaros da Amazônia e do Pantanal, resultando no disco “Ouvir” (luzazul 1991).

Agora lançado em CD OUVIR/BIRDS, em vários países da Europa. Circuito Nacional shows de lançamento. Interpretativo “Só Tetê” (Camerati / 1993), que traz de Djavan a Tom Jobim, entre outros compositores mais novos. Circuito Nacional shows de lançamento.

O álbum “Canção do Amor” (Luzazul / Movieplay) onde comemora 20 anos do encontro com sua craviola, um instrumento de 12 cordas idealizado por Paulinho Nogueira. Nesse CD regrava todos os seus sucessos entre os eles: Vida cigana, Kikiô, Gata vadia e Escrito nas estrelas.

O álbum “Anahí” (Luzazul / Dabliú) CD gravado ao vivo com sua irmã Alzira Espíndola. Um momento especial em que dedicam seus dons de artistas aos clássicos do cancioneiro genuinamente sertanejo, de forma paralela às suas carreiras solo. Tetê à craviola e Alzira alternando-se aos violões de seis e doze cordas. O repertório traz essas pérolas com arranjos vocais elaborados e cheios de personalidade. Entre elas: “Chalana”, “Meu Primeiro Amor”,”India”, “Galopera”, “Serra da Boa Esperança”, “Ciriema”, “Sertaneja” e “Mercedita”. 

O álbum “VozVoixVoice” (Luzazul / MCD) “Um caleidoscópio musical de línguas e timbres da cantora que aprendeu à cantar com os pássaros do Pantanal e da Amazônia” gravado em Paris, música e arranjos de Philippe Kadosch onde a voz é um instrumento emitindo os sons da natureza. Esse álbum já foi lançado em São Paulo (2001) numa performance dirigida por Gringo Cardia na CASA DAS ROSAS e depois seguiu para Portugal e Alemanha.

Em 2002 participa do álbum “O Mestre Leo Peracchi e a Jazz Sinfônica“ com as canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes gravado ao vivo no Sesc Pompéia. Onde participam também outras grandes cantoras como Na Ozetti, Mônica Salmaso, Vânia Bastos, Jane Duboc, Celine Imbert, Myriam Peracchi. Com muitas apresentações na Sala São Paulo Festival de Inverno de Campos de Jordão e outros.

O álbum “FIANDEIRAS DO PANTANAL” (Luzazul) 2002. A escritora e poetisa Raquel Naveira, professora afiada nas artes das letras, concebeu originalmente o projeto de leitura de seus poemas com músicas pela Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Mato Grosso do Sul. Fruto de um antigo sonho, convidou Tetê Espíndola e sua craviola para executar e realizar “Fiandeiras do Pantanal”, que agora chega ao CD através do selo independente LuzAzul, da cantora.

EXPEDIÇÃO ÁGUA DOS MATOS – 2006 – Realiza a primeira expedição Água dos Matos para a região Centro Oeste descendo de chalana os rios Cuiabá e Paraguai. Patrocínio Natura. Apoio Eletrobras.

O Projeto “A Água dos Matos” aconteceu com a finalidade levar a música e a arte ao alcance das populações ribeirinhas, com shows na chalana através do rio Cuiabá, rio Paraguai e seus braços.

Objetivou também dar a dimensão de integração cultural e regional de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Levou oficinas, com pessoal especializado, proporcionando educação ambiental e oficinas de criação com os artistas.

Produziu e finaliza um documentário formato DVD com registro de todas as ações do projeto para ser distribuído a centros culturais e exibido no circuito cultural.

Segue abaixo entrevista com Tetê Espíndola para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 11.03.2024:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal? 

Tetê Espindola: Nasci no dia 11 de março de 1954 em Campo Grande – Mato Grosso do Sul. Filha de Alba Miranda Espíndola e Francisco Espíndola Neto e registrada como Terezinha Maria Miranda Espíndola. Tenho sete irmãos: Humberto, Sérgio, Geraldo Espíndola, Alzira (Alzira E), Marcelo (Celito) e Marcos Jerônimo (Jerry Espíndola), Valquiria.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Tetê Espindola: Mamãe (dona Alba) cantava para nós desde que me lembro ainda muito pequena. E aos 5 anos de idade eu vinha passar as férias em São Paulo com meus irmãos na casa da minha avó materna e meus tios trigêmeos ensaiavam música clássica em um só Piano. Eu me escondia a noite debaixo do Piano só pra curtir o som de todas as escalas. Meu pai (Francisco) recebia serenatas de trios paraguaios e eu sentava no chão perto da harpa encantada.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Tetê Espindola: Não tenho formação acadêmica e nem leio partitura, é tudo de ouvido e visual, assim comecei a tocar a craviola. Gosto de ensinar, mas não terminei o curso de Pedagogia na Faculdade.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Tetê Espindola: Do passado: Elis Regina, Rita Pavone, Dalva de Oliveira, Janis Joplin… No presente o canto da natureza em especial a emissão dos pássaros.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Tetê Espindola: Em 1968 aos 14 anos de idade eu cantei “Sorriso” num Festival Universitário em Campo Grande – MS foi uma música de meu irmão Geraldo Espíndola que tocou a Craviola. Eu ganhei o meu primeiro prêmio de “melhor intérprete”. Mas foi em 1977 que vim para São Paulo e comecei a minha luta por uma carreira musical.

06) RM: Quantos álbuns lançados?

Tetê Espindola: Cinco LPS, dois Compactos, um Mix, treze CDS.

Em 1978 – Tetê e o Lírio Selvagem (pela Phillips)

Em 1980 – Piraretã (pela Phillips)

Em 1981 – Londrina / Canção dos Vagalumes (Compacto pela Zoo Discos/Som Livre).

Em 1982 – Pássaros na Garganta (pela Som da Gente). Esse álbum original (cujo nome foi uma homenagem feita pelo poeta Augusto de Campos) com colagens de sons naturais e uma gravação na Gruta do lago azul, deu-lhe o prêmio da APCA.

Em 1982 – Tetê …ACUSTICA. Show no teatro Municipal sem nenhuma amplificação. Com um quarteto de cordas Duo Fel, Papavento (sopros) e percussões. Tetê cantou em duas sessões para 2000 pessoas.

Em 1985 – Escrito Nas Estrelas (Compacto pela Barclay/Polygram)

Em 1986 – Gaiola (pela Barclay/Polygram). Com o hit “Na Chapada”(dueto com Ney Matogrosso).  Como atriz, Tetê atuou nos filmes “MÔNICA E A SEREIA DO RIO”(de Maurício de Souza) dirigido por Walter Hugo Khoury.

Em 1991 – Ouvir (pela LuzAzul)

Em 1994 – Só Tetê (pela Camerati).

Em 1996 – Canção de Amor (pela Luz Azul). O álbum comemora 20 anos do encontro com sua craviola,um instrumento de 12 cordas idealizado por Paulinho Nogueira.Nesse cd regrava todos os seus sucessos entre os eles Vida cigana, Kikiô, Gata vadia e Escrito nas estrelas.

Em 1998 – Anahí com Alzira E (pela Dabliu/LuzAzul). Álbum gravado ao vivo com sua irmã Alzira Espíndola. Um momento especial em que dedicam seus dons de artistas aos clássicos do cancioneiro genuinamente sertanejo, de forma paralela às suas carreiras solo. Tetê à craviola e Alzira alternando-se aos violões de seis e doze cordas. O repertório traz essas pérolas com arranjos vocais elaborados e cheios de personalidade. Entre elas: “Chalana”, “Meu Primeiro Amor”, “India”, “Galopera”, “Serra da Boa Esperança”, “Ciriema”, “Sertaneja”, “Mercedita”.

Em 2001 – VozVoixVoice (pela LuzAzul). “Um caleidoscópio musical de línguas e timbres da cantora que aprendeu à cantar com os pássaros do Pantanal e da Amazônia”. Gravado em Paris, música e arranjos de PHILIPPE KADOSCH onde a voz é um instrumento emitindo os sons da natureza. Esse álbum já foi lançado em São Paulo (2001) numa performance dirigida por Gringo Cardia na CASA DAS ROSAS e depois seguiu para Portugal e Alemanha.

Em 2002 – Fiandeiras do Pantanal com Raquel Naveira (pela LuzAzul). A escritora e poetisa Raquel Naveira, professora afiada nas artes das letras, concebeu originalmente o projeto de leitura de seus poemas com músicas pela Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Mato Grosso do Sul. Fruto de um antigo sonho, convidou Tetê Espíndola e sua craviola para executar e realizar “Fiandeiras do Pantanal”, que agora chega ao álbum através do selo independente LuzAzul, da cantora.

Em 2002 participa do álbum “O Mestre Leo Peracchi e a Jazz Sinfônica“ com as canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes gravado ao vivo no Sesc Pompéia. Onde participam também outras grandes cantoras como Na Ozetti, Mônica Salmaso, Vânia Bastos, Jane Duboc, Celine Imbert, Myriam Peracchi.Com muitas apresentações na Sala São Paulo Festival de Inverno de Campos de Jordão e outros.

Em 2003 – A Arte de Tetê Espíndola (pela Universal Music)

Em 2004 – Espíndola Canta com Alzira E, Celito Espíndola, Dani Black, Geraldo Espíndola, Gilson Espíndola, Humberto Espíndola, Iara Rennó e Jerry Espíndola (pela LuzAzul).

Em 2005 – Zencinema (pela LuzAzul).

Em 2006 – Babeleyes – Musique des Langues Vierges (pela MCD World Music/LuzAzul)

Em 2008 – E Va Por Ar (pela LuzAzul)

 

Em 2013 – Água dos Matos (pela LuzAzul)

Em 2014 – Asas do Etéreo (pelo SESC)

Em 2017 – Outro Lugar (pela LuzAzul)

Em 2019 – Recuerdos com Alzira E e part. esp. Ney Matogrosso (pelo SESC)

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Tetê Espindola: Popular, erudito, experimental vanguardista regional (raiz memória) será multiplicidade?

08) RM: Você estudou técnica vocal? 

Tetê Espindola: Ainda não estudei técnica vocal.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Tetê Espindola: Além de eu inventar uma técnica natural cantando com os pássaros, cuido sempre da minha voz. No momento estou praticando uma terapia com o Dr. Luiz Cantoni (fonoaudiólogo e meu amigo), acho importante, pois o aparelho fonador é formado por músculos precisam ser tonificados.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Tetê Espindola: Elis Regina sempre, Yma Sumac, Joni Mitchell, Nana Caymmi, Mônica Salmaso, Alzira E… e muita gente nova!

11) RM: Como é seu processo de compor?

Tetê Espindola: A maioria das vezes faço a melodia na craviola, as vezes até tenho a ideia do tema do assunto. Tenho vários parceiros que fazem a letra para a minha melodia, mas também gosto de colocar melodia em poema. E componho minhas letras já com a melodia ao mesmo tempo, mas ultimamente tenho feito melodias no fluxo improvisadas.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Tetê Espindola: Marta Catunda (minha querida que já nos deixou), Arnaldo Black (meu marido), Carlos Rennó, Lucina, meus irmãos, minhas sobrinhas…

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Tetê Espindola: Você tem o privilégio de ser livre não ser rotulada, seguir o caminho do som! As gravadoras tiveram um papel importante na minha trajetória, mas hoje tenho meu próprio selo LuzAzul.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco? Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Tetê Espindola: Minha vida é minha carreira, eu vivo intensamente cada momento, cada show, cada gravação, adoro fazer os roteiros. Nunca um show meu é igual ao outro. Eu e o meu marido Arnaldo Black sempre estamos em movimento inventando projetos participando de editais…

15) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Tetê Espindola: Eu sou do século passado (século XX) a minha experiência foi com outro mercado e tudo mais. Essa mudança de mídias que a internet facilitou tem um lado interessante que é tudo muito rápido uma música viraliza e bummm! Mas sinto falta dos discos, dos encartes, dos lançamentos. O trabalho inteiro tinha uma expectativa e dava mais prazer.

16) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Tetê Espindola: A edição no home estúdio é fantástica, temos a chance de criar mais rápido, numa manhã gravamos e mixamos e o resultado é delicioso. O chato é que qualquer pessoa que nem canta afinado pode gravar uma música, pois tem um programa para afinar cada nota e deixar a afinação impecável. A única coisa que a tecnologia não substitui é o calor da interpretação e o timbre que é único em cada ser humano. O que me preocupa é a inteligência artificial que tem o seu lado bom, mas… 

17) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Tetê Espindola: Eu já tenho 46 anos de carreira, já tenho o meu espaço no meu próprio nicho. E o melhor de tudo para o artista e para o público é o espetáculo ao vivo que é o grande barato real.

18) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileiro. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Tetê Espindola: Hummm, vou falar só de alguns artistas que estão em evolução como: Dani Black, Cinco à Seco, Tim Bernardes, Iara Rennó, Tulipa Ruiz, Rita Benneditto, Felipe Catto

19) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?

Tetê Espindola: Todo artista passa os seus “perrengues”, mas faz parte de toda profissão essas coisas chatas a que se refere a pergunta, mas o importante é saber lidar com tudo isso e continuar na sua própria estrada, o destino é sempre uma surpresa.

20) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Tetê Espindola: Felicidade é cantar e ser ouvida, tristeza é não ter espaços pra isso.

21) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Tetê Espindola: É uma intuição afinada com a alma desde o início do nascimento.

22) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?

Tetê Espindola: É seguir uma linha intuitiva com suas opções de cores e timbres e focar sempre em frente.

23) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois? Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Tetê Espindola: Acredito que existe a improvisação de fato, criar um improviso estudá-lo e depois executá-lo com garra é incrível, mas no meu caso é deixar fluir, ser levada pela minha voz.

24) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical? 

Tetê Espindola: É muito bom ver um músico falando com outro sobre a partitura é muito mágica essa troca universal. Quem sabe um dia ainda aprenderei ler partituras, hoje já entendo um pouco de cifras.

25) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Tetê Espindola: As minhas músicas já tocaram muito na rádio e hoje tem uma que está no top list do spotify, me sinto feliz por ter entrado nessa nova onda, sem ter que me preocupar com o pagamento do jabá.

26) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Tetê Espindola: Digo para ter muita garra e amor pelo que faz.

27) RM: Festival de Música revela novos talentos?

Tetê Espindola: Festival de Música sempre revelou novos talentos desde 1965 e precisamos de mais festivais né?

28) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Tetê Espindola: Nas mídias socias tudo voa… Se os ouvintes não vivenciarem os shows dos seus artistas preferidos perde-se muito.

29) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Tetê Espindola: São espaços fundamentas para todo o Brasil, temos que manter esses espaços na ativa os artistas e o público agradecem.

30) RM: Apresente a sua família musical.

Tetê Espíndola:  Sim, vários: Alzira E, com vários discos gravados; compositora e instrumentista e também dá aulas de canto. O mais recente trabalho: “NINGUÉM PODE CALAR”, música de MAÍSA.

Geraldo, compositor e instrumentista. Está lançou em 2002 um álbum com suas composições: 30 ANOS DE MATÃO.

Jerry, compositor e instrumentista que faz um trabalho de fusão: polca-rock, guarânia – reggae com uma super banda: CROA.

Celito, compositor instrumentista e produtor de TV e studio.

Sergio, cantor e instrumentista.

Humberto Espíndola um artista plástico, mas compõe e também canta. Enfim uma família de artistas em quer a ovelha BRANCA só tem uma: Valquiria.

31) RM: Quais os seus projetos futuros? 

Tetê Espindola: Em 2024 comemoro os meus 70 anos de vida. Eu sinto que é um momento onde posso viver todas as minhas “facetas” musicais: ser intérprete, compositora, cantar com orquestra, montar uma banda popular, ter experiencias atemporais solos com piano acústico e até solo com a minha craviola porque não?

32) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Tetê Espindola: www.teteespindola.com.br

| [email protected]

| https://www.instagram.com/tete_espindola

| https://www.facebook.com/teteespindolaoficial

Canal: https://www.youtube.com/@teteespindolaoficial 

TEASER: Tetê Espíndola canta A Era dos Festivais: https://www.youtube.com/watch?v=Ic6mvfYwNzU 

Ponteio | Tetê Espíndola | Contando e Cantando os Festivais (em estúdio): https://www.youtube.com/watch?v=7wBgnNDBaYw 

ÁGUAS DOS MATOS : Expedição Musical pelo Rio Paraguai (2005): https://www.youtube.com/watch?v=j6124E5f_do 

Tetê Espíndola | Show Canção do Amor | SESC Pompeia: https://www.youtube.com/watch?v=iPKys20NdK0 

Tetê Espíndola e Orquestra no Mato Grosso (dez-1990): https://www.youtube.com/watch?v=HKTHPPPqlp0 

Tetê Espíndola, Alzira E, Luhli e Lucina no Centro Cultural de São Paulo: https://www.youtube.com/watch?v=Qz_eOeawEuI 

Tetê Espíndola em Portugal (com Phillippe Kadosch): https://www.youtube.com/watch?v=KW3KxiwNYOU 

ENTREVISTA TETÊ ESPÍNDOLA NO JÔ SOARES ONZE E MEIA: https://www.youtube.com/watch?v=FWce6QNHBgQ


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.