More Tavynho Bonfá »"/>More Tavynho Bonfá »" /> Tavynho Bonfá - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Tavynho Bonfá

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Tavynho Bonfá é um nome conhecido por quem aprecia a qualidade da música de violão.

De fato, o nome Bonfá tem essa tradição há décadas, desde os anos 50 através de Luiz Bonfá (seu tio), o violão é apreciado de outra maneira. Uma maneira de tocar violão que foi concebida por este músico instrumentista e compositor genial, que foi Luiz Bonfá.

Esta a bagagem que Tavynho Bonfá sintetiza em sua música incidental e popular, em gravações e apresentações artísticas.

Tavynho Bonfá é um músico solista com a ousadia de inovar sempre. Sempre aberto a novas parcerias, como aconteceu recentemente em 2012 com a cantora Márcia Barros (Portugal). E em 2014 com o saxofonista Mark Isbell (USA), resultando em dois belíssimos discos.

Tavynho Bonfá se apresenta frequentemente em trio. É acompanhado por músicos de grande experiência e qualidade, também virtuosos em seus instrumentos.

O repertório do show no estilo: BOSSA NOVA, MPB e JAZZ instrumental e vocal com músicas bem conhecidas de todos, com uma dose de músicas originais jamais escutadas. Presta-se a todo o tipo de recepções, cerimoniais, e evidentemente, no âmbito da apreciação musical, também muito bem adequado aos teatros e às salas de concerto.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Tavynho Bonfá para a www.ritmomelodia.mus.br , entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 05.02.2018:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e sua cidade natal?

Tavynho Bonfá: Nasci no dia 28 de Julho de 1952 no Rio de Janeiro.

02) RM: Quais as suas preferências musicais? Quais deixaram de ter importância?

Tavynho Bonfá: Gosto de quase todos os estilos musicai. E minha preferência varia de tempos em tempos. A que mais permanecem são a música incidental, POP e MPB. Nenhuma deixou de ter importância.

03) RM: Qual a sua formação acadêmica?

Tavynho Bonfá: Por continuidade dos estudos formais sou bacharel em Comunicação Social. Sou autodidata na música, e fiz alguns cursos de especialização: Harmonia, arranjo e orquestração.

04) RM: Como e quando você começou a sua atividade de letrista em parceria com compositores? Quais são os seus parceiros musicais?

Tavynho Bonfá: Minha primeira letra veio cedo a partir de coisas que ouvia aos 8 anos de idade. Foi horrível, mas já estava tentando concatenar as notas da música com as letras dos versos. Não tenho parceiros de melodia para os quais teria feito uma letra exceto as minhas próprias composições.

05) RM: Você escolhe sistematicamente quem será o seu parceiro musical ou deixa acontecer espontaneamente?

Tavynho Bonfá: Geralmente eu tenho a música (melodia) pronta, adaptamos, e entre pitacos outro autor fecha a letra.

06) RM: No processo da parceria na criação da canção, você envia a letra/poema para o compositor para ele colocar a melodia? Você coloca letra em melodia que o compositor envia para você?

Tavynho Bonfá: Como fui conhecido como compositor de música (melodia) nunca aconteceu de me pedirem uma letra.

07) RM: Você permite o compositor alterar a sua letra?

Tavynho Bonfá: Sim, e vice-versa. A composição é um ajuste das duas partes. Até que chega o momento que agrada a ambos, e não se mexe mais. Meu parceiro mais constante nesses 50 anos de composição foi Ivan Wrigg. O conheci no Movimento Artístico Universitário apresentado por Aldir Blanc. Ivan costumava trocar algumas vezes a letra, até quando já estava fechada, considerada boa, e isto criava atritos desnecessários. Mas amigos que somos superávamos, e seguíamos produzindo…

08) RM: Cite as principais canções que você é o autor da letra e quem já gravou?

Tavynho Bonfá: As principais canções que escrevi a letra fui eu quem as gravou. Por exemplo: “Rumo do Amor” https://goo.gl/OWGAUI e o álbum neste link do Napster: http://goo.gl/J3IW5K (gratuito ouvir todos os trechos dos álbuns). De fato, para a gravação de colegas sempre compus em parceria. Dava os meus pitacos na letra, e muitas vezes o título, que tenho facilidade para isto.

09) RM: Alguns compositores já declaram o fim da canção. Qual a sua opinião sobre essa afirmação?

Tavynho Bonfá: Tanto para o gênero quanto para à composição mais ou menos romântica não acaba nunca. A transformação mais ou menos ácida do gênero reaparece até no FUNK mais rasgado… Portanto, há de se perceber a vida da composição somente quanto ao tratamento.

10) RM: Hoje ainda existe espaço e ouvinte para música com letra que se sustenta como um poema/poesia?

Tavynho Bonfá: Sim. Toda música é boa e tem ouvinte para todas, entretanto, será a exposição que determinará o acesso e consequentemente o agrado do público.

11) RM: Na Rádio e na TV o autor da música quase não é informado. Quem canta passa a ser “o autor” da canção. Esse fato te incomoda?

Tavynho Bonfá: Sim. Esta é uma demanda antiga de toda a classe musical, mas só tem a ver com a educação dos radialistas e produtores de programas. Igual a todo brasileiro me acostumei a este incomodo.

12) RM: Você tem músicas que tocaram e tocam em Rádio, TV e em casa de show? O direito autoral é pago corretamente?

Tavynho Bonfá: Sim. Meu maior sucesso está na voz da banda Roupa Nova com a música “Clarear” (Tavynho Bonfa \ Mariozinho Rocha) link dela no Napster: https://goo.gl/9uojpK . A rapaziada faz muitas apresentações em shows e em emissoras. Outras músicas que tocaram muito também “Direto no Coração” (Tavynho Bonfá \ Ivan Wrigg) com a Nana Caymmi, “Recreio” (Tavynho Bonfá \ Ivan Wrigg) que cantei com Zizi Possi, “Vida Maré” (Tavyngo Bonfá \ Ivan Wrigg) com Emílio Santiago, “Por Quase Nada” (Tavynho Bonfá \ Ivan Wrigg) com Elizeth Cardoso, “Moça do Mar” (Tavynho Bonfá \ Ivan Wrigg) com Fafá de Belém, “Ficaram Nús” (Tavynho Bonfá \ Claudio Cartier) com Burnier & Cartier, “Cumplicidade” (Tavynho Bonfá \ Junior Mendes) comigo, e depois regravado por Fafá de Belém, “Don João” (Tavynho Bonfá \ Reinaldo Pimenta) com Paul Mauriat, “You or Not To Be” (Tavynho Bonfá) com Luiz Bonfá, e outras.

O Direito autoral é atualmente arrecadado pelo ECAD – Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, e repassado às sociedades de autores e compositores. Antes disso era o CNDA. Acho que melhorou, e sempre foi um trabalho bem feito e digno. Claro, que tem lá os seus problemas internos, mas é um serviço que nós devemos reconhecer, proteger e ajudar a melhorar sempre. Mas como se ajuda? Simples. Denuncie cada execução pública de sua composição, ou na execução de terceiros à sua sociedade, eles estão prontos para ajudar se forem informados, pois algumas execuções musicais poderão fugir dos parâmetros de ação do ECAD. Então, isto se pode fazer com um mínimo de organização.

Mais ou menos, mas não tão acurado, como fazem as rádios em suas planilhas. Tudo que toca está lá, e as emissoras repassam ao ECAD em períodos, que distribui às sociedades de autores. Mas não faço parte de nenhuma sociedade autoral, e agora? Simples. Eu sou da U.B.C. (União Brasileira de Compositores), que tem um critério simples também de ver isto. Se você é autor, compositor, ou intérprete com um EP, ou um álbum em trabalho (comercializando na web ou no suporte físico) poderá estar nos quadros de sócios. Basta que para isto seja apresentado por um sócio, o que será um reconhecimento justo para a análise do cadastro da pessoa pela sociedade.

13) RM: É possível sobreviver exclusivamente de direito autoral de suas músicas?

Tavynho Bonfá: Sim e não. Todos em casa sabiam que a música ia ser uma luta grande e apoiavam. Tudo o que é grande hoje começou pequeno ontem. Quando eu tinha 20 anos de idade e ainda estudante já tinha algum ganho em direitos autorais, e quando me formei já vivia disto como renda residual. Tinha minha renda variável de execuções musicais em gravação, fazia arranjos, mas os direitos autorais paralelamente complementavam tudo isto. Então, por isto eu não possa dizer que seria viver exclusivamente de direitos autorais…

Era da atividade musical. Dos anos 60 até 2001, que foi quando Luiz Bonfá faleceu já havíamos passado do vinil para o compact disc no Brasil, e ainda havia uma estabilidade boa quanto aos ganhos de direitos autorais, e principalmente porque estávamos constantemente em trabalho de campo. Mais ou menos em 2005 o bicho pegou! Houve a mudança para o streaming de internet, e somente agora em 2017-18 está reagindo como receita, que aliais, tende muito mais para a internet e cada vez menos para o suporte físico.

14) RM: Depois que você teve uma canção conhecida, aumentou a procura de letrista em busca de parceria?

Tavynho Bonfá: Meu maior sucesso é a música “Clarear”, que sou autor da melodia, e a letra brilhante, diga-se de passagem, é de autoria do Mariozinho Rocha. Fui imediatamente reconhecido como compositor e não como letrista. Choveu letrista na minha horta, e fiz boas outras parcerias. Entretanto, o assunto do foco na composição tornou-se fundamental e necessário.

15) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na função de letrista?

Tavynho Bonfá: Fico feliz de escrever minhas letras a qualquer tempo, pois elas chegam simples e decorrentes da minha melhora pessoal. De fato, o desenvolvimento pessoal chegou no tempo certo e graças ao meu engajamento no marketing de rede. Explico tudo no livro “Salvo pelo Bonus”, o leitor poderá ganhar um exemplar antes mesmo de o livro entrar para a venda nas lojas virtuais. Só acessar o link, pedir, e receberá em seguida: https://bonfastudio.wixsite.com/digitalrecords/bonus . Acredito muito que estar estudando o marketing de rede pode suprir lacunas no exercício da música, assim como em outras profissões. Há um momento que há de buscar o sentido de exercer alguma atividade em um mundo cada vez mais complexo de compreender. Estudar algo com a consistência humanitária do marketing de relacionamento (como assim também o chamam) em paralelo com a arte ajuda muito.

16) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira profissional?

Tavynho Bonfá: Mudou de tempos em tempos para ter uma visão do hábito diário, com o tempo mais ou menos definido para cada coisa… Primeiro eu viso sempre estar bem na execução do instrumento. Destreza. Ler bons livros, e mais biografias que romance. Mais investigação história e nada de TV. Estar atualizado somente por amostragem. Controle de receitas e fontes de entradas e saídas através de computador off-line. Registrar cada trecho, célula, ideia que venha. Tratar diariamente dos álbuns dos artistas agregados ao BonfaStudio Digital Records https://bonfastudio.wixsite.com/digitalrecords/  por lançamento, e pelos relatórios de resultados que são acumulativos. Preparar um próximo evento.

17) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?

Tavynho Bonfá: Procuro estar em contato com meus clientes de marketing de rede através de campanhas curtas e de curto intervalo. Há três anos e meio empreendo como revendedor da Jeunesse (Pérola) https://tavynhobonfa.jeunesseglobal.com/pt-BR .Para tal, tenho de estudar os produtos, e quando tenho convidados que se interessam por empreenderem comigo vamos às reuniões de equipe. Aprende-se muito ali! Encontram-se pessoas maravilhosas que querem virar o jogo para terem uma vida extraordinária. E isto é o que buscamos. Há sacrifícios, mas vale muito a pena. Isto está acontecendo em paralelo com a atividade do BonfaStudio, que é quem trata minha carreira musical, assim como a dos outros colegas. Ainda que só no âmbito de representação para a internet, mas estaremos em breve estendendo para outros departamentos como tem de ser uma gravadora.

18) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Tavynho Bonfá: Em nada prejudica. Só ajuda. A internet é a única saída para artistas sem representação de uma grande gravadora. Uma vez sendo bem trabalhado poderá até chamar a atenção para um contrato com uma delas.

19) RM: Como você analisa o cenário musical brasileiro. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?

Tavynho Bonfá: O cenário musical brasileiro está em plena adaptação aos novos parâmetros, e em muitas áreas. Há de se ter em primeiro lugar um estudo sobre a Lei 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998 (esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos de autor e os que lhes são conexos). Lá se vão vinte anos no próximo mês. Depois procurar artigos que complementem o entendimento sobre as gravadoras, e os regimentos do mercado e dos negócios da música. As revelações musicais recentes vieram das grandes gravadoras, mas houve alguém que tenha começado pela internet. Quem permaneceu fez um trabalho sério e seguramente usou muita internet.

20) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Tavynho Bonfá: Sempre que houver contato direto sim, mas constando na programação (aquela cujo relatório é enviado para o ECAD) é pouco provável. O jabá é o equivalente à palavra norteamericana Payolla, que é uma das ferramentas institucionais das grandes gravadoras. O que poucos sabem, e o que a maioria do meio musical estranha é que isto é legal. Quando as companhias de disco vieram para o Brasil, e isto foi um acordo com o governo brasileiro, assim como todos os demais países onde atuam, esta ferramenta veio na sua maneira de atuar. Muitas outras características também não são conhecidas. Portanto, a saída para o artista sem contrato com estas grandes e rançosas companhias é precisar estar em uma pequena gravadora, para pelo menos contrabalançar suas chances profissionais. Aqui está a BonfaStudio Digital Records para ajudar. Há muito a fazer.

21) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Tavynho Bonfá: Pense em se educar em primeiro lugar. Na música, na letra, ou no nicho que escolher, pois são inúmeros nichos. Siga o seu coração pelo primeiro que lhe chamar a atenção, e depois trate os outros temas com igual importância como uma cultura sobre os negócios da música. Tudo dará certo!

22) RM: Quais os prós e contras de Festival de Música?

Tavynho Bonfá: Meu parceiro Tibério Gaspar (falecido recentemente) era um entusiasta dos Festivais de Música. Vencemos juntos um deles em 2011, na Bahia, em Vitória da Conquista (https://goo.gl/G5i7AV ). Acho válido participar e contribuem até certo ponto. Como exercício e conhecimento social são ótimos. Uma coisa que observo é que não traz consigo um seminário onde se pudessem estudar e debater os negócios da música. Faz falta.

23) RM: Hoje os Festivais de Música ainda tem a importância de revelar talentos?

Tavynho Bonfá: Claro que sim, mas o resultado sempre vai depender do alcance, que tem a direção do Festival de Música junto aos órgãos que interessariam aos artistas. É uma vitrine, mas se a loja está em lugar inacessível aos clientes como ficam os produtos?

24) RM: Como você analisa a cobertura feita pela mídia da cena musical brasileira?

Tavynho Bonfá: Não sei nada a respeito. Não vejo TV há 16 anos e tenho uma visão periférica que me diz que estão tratando de uma onda residual do movimento musical brasileiro, acossado, como sempre, pelo bombardeamento da cultura estrangeira. Como sempre as gravadoras cumprem ordens de fora e não sabem o que fazer com o mercado interno. Jogam na parede!

25) RM: Bob Dylan ganhou o prêmio Nobel de Literatura em outubro de 2016. Será que este fato anima outros letristas a “sonharem” com prêmios na área de Literatura ou é um fato isolado?

Tavynho Bonfá: Não sabia, acredita? Boa notícia. Difícil dizer. Bob Dylan é um veterano experiente, como Fagner para nós. Será maravilhoso ler o que o Fagner, Ivan Lins, Roberto Carlos, e tantos outros que amamos possam nos contar sobre suas coisas pessoais e suas carreiras. Curioso… Talvez não seja fato isolado, pois veja no meu caso, nunca pensei em escrever um livro, e no final de 2017 comecei um livro, que é este o “Salvo pelo Bonus”. Não tenho nenhuma pretensão literária, somente procuro ajudar com minha experiência de 50 anos na música olhando para os próximos 50 anos.

26) RM: Os músicos americanos são conhecidos como grandes cantores, melodistas e arranjadores. Qual a sua opinião sobre a qualidade deles como letrista?

Tavynho Bonfá: Excepcionais. Tive o prazer de conhecer dois grandes. Apenas um mais conhecido que o outro. Don Rosler. Um letrista e poeta excepcional, que trabalhamos em muitas músicas e a minha preferida “All Our Own” (Tudo é Nosso). Trabalhou mais tarde com as músicas do All Jarreau. Poesia límpida como letra.  Aqui está o link no GooglePlay: https://goo.gl/hu9Itf

O outro letrista foi a Sra. Hazel Sherbill, já falecida, que estava escrevendo uma peça sobre Carmem Miranda, e compusemos “É Tão Perfeito”, letra em inglês, que depois ganhou minha versão em português. Aqui está o link na Deezer: https://goo.gl/sY77mN

A destreza nas letras desse pessoal da Broadway vem do teatro. Ela era da produção da peça Kats, que ficou anos em cartaz. Escrever uma letra para quem escreve para o teatro poderá ser mais fácil. Muitas das músicas de sucesso norte americanas vieram dos filmes ou do teatro, não é? Uma escola forte! Recentemente encontrei muitos músicos excelentes de Sampa que estão engajados no teatro. Isto me parece um bom sinal.

27) RM: Nos apresente o livro que você lançou?

Tavynho Bonfá: Uma experiência nova e boa. Este é o único, o primeiro: “Salvo pelo Bonus”. Lembrando mais uma vez que o nosso leitor pode pedir gratuitamente agora: https://bonfastudio.wixsite.com/digitalrecords/bonus

28) RM: Qual a sua opinião sobre a função positiva do crítico musical?

Tavynho Bonfá: É mesmo somente esta função: A positiva. Há de haver uma educação para o artista. Esta sobre os críticos de arte é onde nós artistas mais falhamos. Eu me lembro do José Ramos Tinhorão, do Nelson Motta. Eu mesmo fiquei chateado algumas vezes, por não entender que tudo o que fazem é positivo para a arte! Bem-vindos sejam!

29) RM: Qual a sua opinião sobre os livros ou sobre a análise do Luiz Tatit sobre a função da letra na música?

Tavynho Bonfá: Toda informação nesta área é importante. Muito do que se aprende na escola sobre os modos e aspectos da poesia (não me lembro de terem tratado da letra de música na escola) precisam ser estudados e atualizados com a letra. Na música popular é o casamento perfeito, e sem dúvida a letra é quem diz, mas com a música certa amparando o resultado é imbatível!

30) RM: Nietzsche comenta que a melodia (música) sem letra perturba a alma. O que você acha dessa afirmação?

Tavynho Bonfá: Concordo, e no mínimo deve-se buscar o tema certo, aquele que diz o que é com o que apresenta. Dou um exemplo “Biruta”, que é aquele cata-vento de direção. Então, acompanhe a emoção no vídeo da música de mesmo nome que coloquei em anexo, cujo link do álbum está aqui no Apple Music: https://goo.gl/rsMjmx

31) RM: No tempo da Ditadura Militar no Brasil as letras que tinham engajamento político fizeram sucesso. Qual a importância de letra que não trate só do tema Amor?

Tavynho Bonfá: Total importância. A música popular deve reagir, entretanto, corre o risco de pertencer para sempre da chatice do engajamento. É preciso doar, percebendo o que as pessoas carecem de ter internamente, então, é preciso estar atento para não ceder sempre ao ambiente.

32) RM: Qual a sua opinião sobre “as letras pra acasalamento” que tocam no rádio (FUNK, Sertanejo, Pagode, Forró, etc)?

Tavynho Bonfá: Há quem goste e quem faz acredita nisto até perceber que é também uma forma de engajamento pelo ambiente. O engajamento para mim quase sempre é uma chatice.

33) RM: Renato Russo comento que as letras que falam de amor sempre estarão na moda. Qual sua opinião a respeito dessa afirmação?

Tavynho Bonfá: Concordo.

34) RM: Você acha que as pessoas no geral estão mais para aceitar a letra que busca o entretenimento ou a divagação lírica do que proporcionar reflexões humanas e sociais profundas?

Tavynho Bonfá: Difícil dizer, mas acredito que tudo tem de contrabalançar, seja no tema de letra ou na música.

35) RM: Fale de sua atuação como produtor musical?

Tavynho Bonfá: Produzi muitos discos. Fiz esta contagem que consta no livro, e não lembro agora exatamente. Contudo, lembro que no milênio passado em vinil fiz cerca de setenta e cinco produções. Como músico e solista fui, além disto, juntando com este milênio. A direção de produção me ajudou a compreender a relação entre o artista, músicos, engenheiros, técnicos, e a gravadora. É uma indústria fascinante. Aqui está o link (https://goo.gl/1M71cc) do trecho de vídeo do LP de Nara Leão com participação de Chico Buarque, que escrevi os arranjos, e sob a supervisão de Roberto Menescal fiz uma dobradinha com o produtor Sergio de Carvalho na direção de estúdio.

36) RM: Quais os seus projetos futuros?

Tavynho Bonfá: Continuar a fazer as palestras sobre os negócios da música e expandir dois departamentos para o BonfaStudio Digital Records, e servir cada vez melhor na música.

37) RM: Quais os seus contatos com o público?

Tavynho Bonfá: Aqui estão os canais para estreitar as pessoas:

Facebook: https://www.facebook.com/BonfaStudioRecords/

Gravadora: https://bonfastudio.wixsite.com/digitalrecords

Youtube: https://goo.gl/Z38zad

Vlog: https://goo.gl/33XBJr

Alguns links da música:

MAPINGUARI: https://goo.gl/vXZ5BS

SAMBA DE ORFEU: https://goo.gl/lPaIH4

CLAREAR: https://goo.gl/HSlG9C

MUNDO AO CONTRÁRIO: https://goo.gl/wXpMBp

CANTO DO MAR: https://goo.gl/f7Oqxi

MISS JANETTE: https://goo.gl/mLCQty

CERCA: https://goo.gl/EQQQm9

MANHÃ DE CARNAVAL: https://goo.gl/1TyUPJ


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.