More Sergio-SalleS-oigerS »"/>More Sergio-SalleS-oigerS »" /> Sergio-SalleS-oigerS - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Sergio-SalleS-oigerS

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O Cantautor Sergio-SalleS-oigerS depois de quatro singles com a banda Gambiarra Profana. Agora está passeando pelo Folk, Blues, Fossa, Balada, Baião, Acalanto, Rock Psicodélico, MPB, Sertanejo, Rockabilly, Bolero e Acid Rock.

Sergio-SalleS-oigerS  lançou o álbum experimental “O Antepenúltimo Açougueiro Hippie”. E o single “Blá blá blá blá blá blá blá” tendo uma canção na versão Punk e FUNK. Todo esse material foi 75% gravado com um iPhone 5S que conferiu certa personalidade ao som. Como poeta publicou “Os Covardes Também Cantam Canções de Amor”, seu primeiro e único livro.

Segue abaixo entrevista com Sergio-SalleS-oigerS para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 07.12.2020:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Sergio-SalleS-oigerS: Nasci no dia 24 de fevereiro de 1976 no bairro de Bonsucesso no Rio de Janeiro – RJ. Fui registrado como Sergio Leitão Ferreira. Morei até os 10 anos de idade na favela de Parada de Lucas e até o início do ano de 2019 morei em Belford Roxo – RJ. Hoje moro em São João de Meriti – RJ, que também pertencente a Baixada Fluminense.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Sergio-SalleS-oigerS: Eu cresci em uma casa que não tinha livros. Contudo havia uma generosa quantidade de vinil nela. Posso dizer que os meus primeiros contatos com a música foram através do meu pai quando chegava do trabalho cansado e ainda assim tinha ânimo para me embalar em seus braços enquanto girava em seu próprio eixo ao som de “Janira” de Paulo Diniz e Roberto José que rodava em um pequeno toca-discos da Philips na voz do Elson. Ou da minha mãe que assumia emocionada como sua a melancolia da voz do Fernando Mendes quando cantava algum trecho de “Menina da Plateia” de Luiz Ayrão para mim. Ou do meu tio que degustava vários maços de seu cigarro sem filtro Elmo em meio a alegria dos Fevers. O que meu pai, minha mãe e meu tio ouviam são a essência do que eu reproduzo quando crio a minha música hoje.

03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Sergio-SalleS-oigerS: Não tenho formação musical e quanto a acadêmica possuo em Gestão de Recursos Humanos, contudo nunca atuei nessa área. O pouco que aprendi de música foi ouvindo e tentando executar o que eu queria ou o que a minha pseudotécnica me permitia. Escrevo, falo e vivo intuitivamente.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Sergio-SalleS-oigerS: Sou muito fiel as minhas influências e não tenho o costume de substituir uma por outra. O que faço é adicionar novas as que possuo. Cada uma tem sua importância até hoje. As minhas primeiras foram: Erasmo Carlos, Fernando Mendes, Odair José. Depois somaram-se Pink Floyd, Raul Seixas, Zé Ramalho, Bezerra da Silva, Belchior. Como também The Beatles, Sergio Sampaio, Lô Borges, Jorge Mautner, Angela Rô Rô, Beto Guedes, Novos Baianos, Tom Zé e Jards Macalé. Atualmente de certa maneira me identifico com o som da Billie Eilish… E me interessa muito o que o Tim Bernades faz em carreira solo ou no O Terno.

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira profissional?

Sergio-SalleS-oigerS: Por mais que eu produza há alguns anos. Não tenho uma carreira profissional. Contudo o que me estimula a continuar é a necessidade de criar. É um vício ao qual ainda não quero largar.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Sergio-SalleS-oigerS: Como Sergio-SalleS-oigerS tenho um álbum “O Antepenúltimo Açougueiro Hippie” de 2019 e um single “Blá Blá Blá Blá Blá Blá Blá” de 2020. E como a banda Gambiarra Profana tenho seis singles distribuídos ao longo dos anos. No geral o perfil musical é bem diversificado. Genericamente pode ser classificado com Rock. E as que aparentemente agradaram mais são: “O Rosto Que Refletiu num Copo D’Água” – https://youtu.be/nVp2KUgJbTY , “Santo Cosme e São Damião” – https://youtu.be/An1n9gIHWlo , “O Antepenúltimo Açougueiro Hippie” – https://youtu.be/qu1ulKRgWrk.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Sergio-SalleS-oigerS: Eu prefiro defini-las como “Música sem Classe” que dentro de um campo estético me permite fazer música independente de estilo. Até hoje me encanta nos discos do Raul Seixas em que as músicas geravam uma ruptura estilística que culminavam em uma unidade sonora. O meu primeiro álbum foi por esse caminho dialogaram com o Folk, Blues, Fossa, Balada, Baião, Acalanto, Rock Psicodélico, Mpb, Sertanejo, Rockabilly, Bolero, Acid Rock. E o single com o Punk e o FUNK. E o segundo álbum que tem o título provisório de “Nunca Mais Outra Vez” seguirá pela mesma vibe.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Sergio-SalleS-oigerS: Não.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Sergio-SalleS-oigerS: Provavelmente toda importância. Infelizmente não tenho nenhum cuidado. E sinto nas pregas vocais a falta que a técnica me faz.

10) RM: Quais as cantoras(es) que você admira?

Sergio-SalleS-oigerS: Gosto mais de Cantautores e nem tanto de cantores. Interessa-me mais o que a voz diz e menos de como ela diz. Exemplo: Bob Dylan, Roger Waters, Maurício Pereira, João Ninguém, Chico Buarque, Caetano Veloso, Jorge Benjor, Daminhão Experiência, Rogério Skylab e adiciono todos já citados como minha influência. E gosto muito de muitos.

11) RM: Como é o seu processo de compor?

Sergio-SalleS-oigerS: Não possuo método ou regra para compor uma música. Pois pode partir de uma harmonia (sequência de acordes), letra ou melodia minha ou de outra pessoa ou pessoas. As possibilidades de criação são infinitas.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição

Sergio-SalleS-oigerS: Eu tenho composições com diversos parceiros. E por mais que ele sejam muitos. A princípio tenho uma composição por parceiro chegando alguns até mais de três. E com o risco de ter esquecido de alguém fiz em ordem alfabética (risos): Agnaldo Estrela, Arnoldo Pimentel, Camila Duarte, Cracken Ícarus, Cristiano Lávisfer, Cristiano Marcell, Eduardo Cravo, Fabiano Soares da Silva, Felipe Mendonça, Gabriela Boechat, Gutemberg F. Loki, Ivone Landim, Jonatan Magella, Jorge Medeiros, Letícia Miguez, Luciél DenMonors Lítan, Marcelo Muniz Machado, Márcio Rufino, Professor Arlington, Redson Vitorino, Rodrigo Souza, Sandro Garcia, Sil Lis, Vagner Vieira. Todos eles em algum momento tiveram poemas publicados no zine Gambiarra Profana. A maior parte das minhas composições são apenas de minha autoria. Um bom exemplo disso são as treze canções que assino no meu primeiro álbum.

13) RM: Quem já gravou as suas músicas?

Sergio-SalleS-oigerS: Vítor Affonso gravou uma canção minha com previsão de lançamento para o início de 2021. No entanto tenho músicas/canções minhas em dois curta-metragens do Sandro Garcia. Em peça de teatro com direção do Alexandre Gomes e texto do Jonatan Magella. E dança contemporânea com coreografia do Arthur Barcellos Leal Morsch: https://youtu.be/2xNBjfBq5FA .

14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Sergio-SalleS-oigerS: Os prós e contras são as duas faces da mesma moeda.

15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Sergio-SalleS-oigerS: Não tenho feeling administrativo.

16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?

Sergio-SalleS-oigerS: Acredito que nada além de registrar e disponibilizar o meu material nas plataformas.

17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?

Sergio-SalleS-oigerS: Ela é capaz de aproximar um público distante, mas de forma fragmentada. Hoje em dia é tudo extremamente pulverizado. Coisa dos algoritmos.

18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Sergio-SalleS-oigerS: Para o tipo de música que me sujeito a fazer. Quanto mais alternativo melhor, como exemplo “O Antepenúltimo Açougueiro Hippie” foi 75% gravado com um iPhone 5S. Isso conferiu certa personalidade ao meu som.

19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Sergio-SalleS-oigerS: Eu sempre valorizo as letras das minhas canções em vídeos para que elas sejam poema-instalações e transcenda da língua falada para escrita e ou ao contrário. A minha música é muito visual. Você pode enxergar coisas através dela. A minha lírica é incomum. Mas que se pode criar imagens com ela. A minha melodia é para que qualquer voz possa cantá-la independente da tessitura que tenha.

20) RM: Como você analisa o cenário musical brasileiro. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?

Sergio-SalleS-oigerS: Curto Maurício Pereira e Ana Frango Elétrico apesar do Maurício ter desenrolado “Os Mulheres Negras” acho que o trabalho dele individual é tão revelador quanto o do Ana. E o que dá consistência a obra é a sua constante produção de forma qualitativa como no caso do Erasmo Carlos que desde do seu álbum “Rock ‘n’ Roll” vem nos presenteando com uma pérola atrás da outra. O mesmo não posso dizer do seu amigo de fé e irmão camarada Roberto Carlos que com a falência do modelo da indústria fonográfica como se conhecia parece ter perdido o seu estímulo para criar há algum tempo.

21) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Sergio-SalleS-oigerS: Roger Waters, Milton Nascimento, Paul McCartney, Gilberto Gil, David Gilmour, Elza Soares, Bob Dylan, Tom Zé, Billie Eilish, Caetano Veloso, David Byrne, Alceu Valença, Ringo Starr, Ney Matogrosso… Tem muita gente boa e bacana por aí.

22) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?

Sergio-SalleS-oigerS: Certa vez me apresentei em Belford Roxo – RJ. E durante a apresentação alguém me advertiu que a prefeita não estava gostando. Segundos depois tive meu microfone desligado e fui retirado com truculência do palco por dois de seus seguranças.

23) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Sergio-SalleS-oigerS: Fazer algo que eu chamo de música é o que me faz feliz. E o que mais me chateia é que nem todos chamam o que eu faço de música.

24) RM: Nos apresente a cena musical da cidade que você mora?

Sergio-SalleS-oigerS: A cena musical de Belford Roxo – RJ compartilha e se confunde com outras pela proximidade e similaridade característica da Baixada Fluminense. Há tantos e tantas.

25) RM: Quais os músicos, bandas da cidade que você mora, que você indica como uma boa opção?

Sergio-SalleS-oigerS: De Belford Roxo – RJ que acompanho o que desenrola é: Átila Bee. Em Caxias – RJ que é vizinho tenho carinho pela cantora, compositora e violonista Juçara Freire. De um pouco mais distante a Música Própria Berrada do João Ninguém. E de outro Estado o som quase sacro de Marco Antonio Bouquard.

26) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Sergio-SalleS-oigerS: Acho que o jabá determina o que vai tocar e não o contrário. Assim como nas redes sociais e YouTube se você paga por uma campanha você atinge um determinado número pelo qual você pagou. Mas caso não tenha ativado alguma campanha não significa que o seu alcance será igual a zero.

27) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Sergio-SalleS-oigerS: Carreira tem muito haver com o lado profissional da coisa. E eu não possuo realizações para dar qualquer orientação a esse respeito. Agora no que diz respeito a fazer música. Faça a sua e seja feliz.

28) RM: Quais os prós e contras do Festival de Música?

Sergio-SalleS-oigerS: Os prós é ter um potencial público interessado em ouvir algo novo e ter seu nome divulgado. E os contras são o clima competitivo e avaliatório.

29) RM: Na sua opinião, hoje os Festivais de Música ainda é relevante para revelar novos talentos?

Sergio-SalleS-oigerS: Sim. São potenciais vitrines. E para mim serve para ver como determinada cidade ou Estado recepciona a minha música.

30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela mídia da cena musical brasileira?

Sergio-SalleS-oigerS: A grande mídia sobrevive de anúncios. Ou você é o produto a ser divulgado e que paga pelo espaço ou você é o assunto que a grande maioria quer ver. Fazendo que outros patrocinem de certa forma o seu espaço na grande mídia.

31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Sergio-SalleS-oigerS: No SESC conferi algumas apresentações tendo além de nomes consagrados alguns artistas independentes que dividiam o mesmo palco e a mesma estrutura. Isso é bacana, pois da acessibilidade a formação de público. No Itaú caminhava pelas mesmas intenções contudo com artistas de relevância intermediária para cima. No SESI não cheguei a conferir a programação.

32) RM: O circuito de Bar na cidade que você mora é uma boa opção de trabalho para os músicos?

Sergio-SalleS-oigerS: Para um cantautor como eu, com certeza não.

33) RM: Quais os seus projetos futuros?

Sergio-SalleS-oigerS: Fazer um próximo álbum com canções compostas em parceria. A experiência de ter selecionado para “O Antepenúltimo Açougueiro Hippie” um repertório apenas de minha autoria foi importante para eu ter dimensão do retorno financeiro que esse tipo de empreitada possa dar. No meu caso foi nulo de tal maneira que não repõe o dinheiro que eu tenha investido. O que agora me da segurança para passar para os parceiros que ao gravar algo que tenhamos feito. Fora o crédito. Não há nada mais que eu possa garantir com retribuição. Além de carinho e gratidão.

34) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Sergio-SalleS-oigerS: (21) 99711 – 5830 | [email protected] | https://web.facebook.com/sergiosallesoigers 

Canal: https://www.youtube.com/channel/UCA7xo12ux_UwrKFfk35m4uQ 

Playlist “O Antepenúltimo Açougueiro Hippie”: https://www.youtube.com/watch?v=f5kHXkwQ0hM&list=PL_WAjYGQysyx4FjUWpiktygZ3Bc2QUNnF 

Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=6k1m0hkB0jg&list=PL_WAjYGQysyxcSV4pAXGiwf8iU9J-Iqjn

https://tratore.com.br/um_artista.php?id=47569

 

 


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.