More Santacruz Silva »"/>More Santacruz Silva »" /> Santacruz Silva - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Santacruz Silva

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O cantor, compositor maranhense Santacruz Silva encontrou-se com o violão aos 13 anos de idade e, por nove anos, tocou guitarra nas bandas de baile da região de Timbiras – MA.

Mudou-se para São Luís – MA e influenciado por Jimi Hendrix, Bob Marley, Gilberto Gil, Raul Seixas, dentre outros, seguiu fazendo o formato “Voz e Violão” nos bares da Ilha, conhecida como Jamaica Brasileira e o artista sacramentou sua história com o reggae e nele encontrou seu eterno paraíso na Terra.

Gravou seu primeiro álbum: “Reflexão”, em 2000. Na sequência gravou mais quatro álbuns: “A Riqueza” (2001); Positivo (2003); Felicidades (2004); De Mansim (2005). Todos os álbuns sempre tinham algumas regravações, porém de sua própria autoria.

Santacruz, canta a vida humana a partir da Ilha de São Luís e seus contrastes sociais; suas rupturas existenciais e seus desafios. Não se trata de um artista fabricado em série e construído da grande mídia aliciadora. O cantor nasce nos escombros de uma realidade social esfacelada, tensa, onde músicas como ”Peixe Fresco”, uma de suas mais recentes produções se encaixam de forma natural.

Autor de mais de 200 canções e um observador fidedigno da cidade e seus habitantes, Santacruz é um porta-voz da angústia coletiva, um desses raros arautos de uma esperança que grita, alardeia contra aquilo que Bob Marley e toda Black Music tratou de verter em versos até aqui.

Oscilando entre o ostracismo e o reconhecimento, o letrista sofre também as consequências de sua árdua e por vezes incompreensível atitude musical que, diga-se de passagem, vai muito além da sonoridade que o cantor trabalha em sua obra.

Apesar de ser interpretado por nomes exponenciais do Reggae Brasileiro como Tribo de Jah, Célia Sampaio, Rita Benneditto. Ele não foi picado pelas “firulas” da vaidade nem tampouco pelos posicionamentos instáveis, escorregadios dos ”artistas” do karaokê, aqueles que aparecem à noite e somem ao raiar do dia no pior conceito ”sensação do momento”. Ao contrário, caminha na coerência de uma arte musical que faz pensar, refletir e mudar realidades sacralizadas e irredutíveis, como convém ao bom e velho Reggae.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Santacruz para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em: 

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Santacruz Silva: Nasci no dia 26 de agosto de 1962 em Timbira – MA – Registrado como Domingos Silva Neto.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música. 

Santacruz Silva: Meu primeiro contato com a música foi quando eu tinha 14 anos de idade (1976).

03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical? 

Santacruz Silva: Sou músico autodidata e aos 13 anos de idade, eu comecei a aprender a tocar o Violão e toco também guitarra. Sou um camponês que não concluiu o ensino fundamental. 

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Santacruz Silva: Minhas referências musicais são: Bob Marley, Bob Dylan, Jimi Hendrix. Não comento o que não gosto.

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira profissional? 

Santacruz: Em 1999, comecei minha carreira musical em São Luís do Maranhão, quando comecei a gravar meu primeiro álbum “Reflexão”. 

06) RM: Quantos CDs lançados?

Santacruz Silva: Lancei os álbuns: “Reflexão” (2000); “A Riqueza” (2001); Positivo (2003); Felicidades (2004); De Mansim (2005).

07) RM: Como você define seu estilo musical? 

Santacruz Silva: Humildemente faço música boa, com a alma sem pretensão financeira, gênero nem fronteira. 

08) RM: Você estudou técnica vocal? 

Santacruz Silva: Não estudei técnica vocal. 

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz? 

Santacruz Silva: Não sei.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira? 

Santacruz Silva: Bob Marley, Bob Dylan, Jimi Hendrix.

11) RM: Como é o seu processo de compor?

Santacruz: Componho baseado na minha realidade, as vezes escrevo primeiro a letra e as vezes crio primeiro a melodia e as vezes nascem juntas.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição? 

Santacruz Silva: Deus.

13) RM: Quem já gravou as suas músicas? 

Santacruz Silva: Rita (Ribeiro) Benneditto.

14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente? 

Santacruz Silva: Existem diversos prós e contras.

15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Santacruz Silva: Não sou comercial na minha independência.

16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira? 

Santacruz Silva: Milagre.

17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira? 

Santacruz Silva: Acho que a internet só ajuda.

18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)? 

Santacruz Silva: Só vejo vantagem no acesso à tecnologia de gravação (home estúdio).

19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical? 

Santacruz Silva: Modestamente eu faço música boa.

20) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística? 

Santacruz Silva: Seu Jorge, Gilberto Gil, Renato Russo, Lenine, entre outros.

21) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado, etc)? 

Santacruz Silva: Diversas situações e as citadas na pergunta já aconteceram na minha carreira.

22) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical? 

Santacruz Silva: O que me deixa feliz é a interação com meu público. Não falo sobre tristeza.

23) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios? 

Santacruz Silva: Não acredito que minhas músicas toquem em rádio comercial.

24) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical? 

Santacruz Silva: Boa sorte.

25) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira? 

Santacruz Silva: A cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira: quem paga é quem manda.

26) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical? 

Santacruz Silva: Não tenho opinião formada sobre a atuação desses espaços culturais.

27) RM: Como você analisa o cenário do reggae no Brasil. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas e quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram? 

Santacruz Silva: Não me interessa esse assunto sobre cenário musical e não costumo falar do que não gosto.

28) RM: Você é Rastafári? 

Santacruz Silva: Não sei o que significa.

29) RM: Alguns adeptos da religião Rastafári afirmam que só eles fazem o reggae verdadeiro. Como você analisa tal afirmação? 

Santacruz Silva: A música é um dom de Deus e quem recebe esse dom o faz. Os homens têm o direito de falar a besteira que quiser.

30) RM: Na sua opinião quais os motivos da cena reggae no Brasil não ter o mesmo prestígio que tem na Europa, nos EUA e no exterior em geral? 

Santacruz: O público é quem manda, se o público não gosta, está faltando algo.

31) RM: Quais os pros e contras de se apresentar com o formato Sound System?

Santacruz Silva: Não sei.

32) RM: Quais as diferenças de se apresentar com banda em relação ao formato com Sound System? 

Santacruz Silva: Não falo sobre o assunto.

33) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae e o uso da maconha? 

Santacruz Silva: Não entendo nada sobre o assunto.

34) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae com a cultura Rastafári? 

Santacruz Silva: Não entendo nada sobre o assunto.

35) RM: Quais os prós e contras da Cultura de Radiola do Maranhão? 

Santacruz Silva: Não entendo nada sobre o assunto.

36) RM: Quais os seus projetos futuros? 

Santacruz Silva: Sobreviver.

37) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs? 

Santacruz Silva: (98) 98484 – 9263 | [email protected] 

| https://www.facebook.com/santacruz.silva.50

| https://www.instagram.com/domingos.silva.54772

https://www.instagram.com/reel/CgLz8wUAS-M/?igshid=MDJmNzVkMjY%3D

Ventos que Sopram Maranhão: https://de-de.facebook.com/soundsystembrazil/videos/ventos-que-sopram-maranh%C3%A3o/816297429272719 

https://www.palcomp3.com.br/santacruzregae 

Canal: https://www.youtube.com/channel/UCOe9yfHDVbYVVxqcZobWn_g

A riqueza (Santacruz) intérprete Rita Benneditto: https://www.youtube.com/watch?v=C5sU32egW_c

Playlist Santacruz Silva: https://www.youtube.com/watch?v=7LHBxV7cObI&list=OLAK5uy_nQUFVryavtMqjHfYyzdJqflqa9oMu3SwE

SANTACRUZ SILVA e Banda Ao Vivo no Bar do Porto – São Luís – MA 10~11Jan 2003: https://www.youtube.com/watch?v=VnnaNXIynwk

Santacruz – Reflexão: https://www.youtube.com/watch?v=JcgJLAIuYqA 

Santacruz – A Riqueza: https://www.youtube.com/watch?v=lg86N9RE4uY 

Santacruz – Positivo: https://www.youtube.com/watch?v=c4hEfbU74Hk 

Santacruz – Felicidade: https://www.youtube.com/watch?v=7JKnP3yOMew

MEU PEIXE – ENCANTO DA FOZ DO RIO MUNIM: https://www.youtube.com/watch?v=QO0KeJHjhdw


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.