O cantor e compositor paulistano Paulo Novaes com apesar 24 anos de idade, já tem uma longa trajetória na música. Com apenas seis anos de idade, fazia parte do grupo dos Trovadores Mirins, cantando em serenatas nas janelas da cidade de São Paulo.
Vindo de família de músicos, o jovem compositor é sobrinho de Juca Novaes e Maída Novaes, integrantes e fundadores do tradicional grupo Trovadores Urbanos. Também é primo da cantora Bruna Caram, que já gravou canções suas em trabalhos solo e com quem já fez shows em São Paulo e Barcelona (Espanha).
Suas músicas já foram gravadas por: Luiza Possi, Duda Brack, Pedro Altério e Bruno Piazza, Juca Chuquer, Juca Novaes, Lucila Novaes e Barbara Rodrix. A música “Esfera” que dá nome ao seu disco foi tema da campanha “Rio eu te amo”, além de ter sido gravada por Bruna Caram no álbum “Será bem-vindo qualquer sorriso”.
No CD – “Esfera”, Paulo Novaes dá vida a doze de suas canções e deixa muito claro, em todos os seus aspectos, o conceito que nomeia e contextualiza seu primeiro trabalho: o álbum foi custeado por uma campanha de financiamento coletivo, que contou com o apoio de um público já fiel a sua música, e teve nos amigos e na família o maior suporte durante todo seu processo de realização. O clima intimista do disco, marca das letras e melodias de Paulo, se faz claro pela própria forma que foi gravado, no Estúdio Gargolândia, na fazenda da família Altério, em Alambari – SP. Foi ali que o artista e os músicos, que já o acompanham há mais de seis anos, desenvolveram uma cuidadosa produção, detalhista e focada em consolidar sua identidade musical.
A cada faixa, se notam a intimidade entre os músicos e o capricho nos arranjos. Toda a concepção do álbum, da identidade visual do encarte aos timbres dos instrumentos, é pensada para dar coesão a uma única estética – a própria “Esfera” de Paulo Novaes. O compositor ainda foi zeloso em dividir o disco em lados A e B, em que o primeiro transborda sensibilidade e leveza e o segundo transpira intensidade e vigor.
No repertório, além da belíssima faixa-título – que abre caminho para o deleite do álbum –, estão compiladas canções marcantes como “Perdoa”, “Alma” e “Eu Mesmo”, todas de sua autoria, e as parcerias “Pequenas Coisas”, com Dani Black, “De repente”, com Bruna Caram e Lucas Caram, e “Tanto a dizer”, com Pedro Altério, que assina a produção musical com Paulo. Pedro Altério também empresta seu talento nas guitarras do disco (o músico inclusive acompanhará Paulo no show de lançamento, no Tom Jazz), junto com seu companheiro do grupo 5 a seco, Tó Brandileone.
Cercado por amigos e família – como o conceito do álbum sugere –, Paulo desponta na música brasileira respaldado por artistas da nova e da velha guarda. O trabalho deixa, em suas doze faixas, a impressão de não estarmos diante de um compositor comum. Em “Esfera” é possível identificar o cuidado para que sua verve pop seja também atemporal, longe de modismos e fórmulas radiofônicas banais. Mas não se engane. Paulo Novaes é, sim, pra tocar no rádio. E também pra levar consigo – e ser um alento – para os próximos anos.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Paulo Novaes para a www.ritmomelodia.mus.br , entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 27.02.2017:
Índice
Paulo Novaes : Nasci no dia 28/02/1993 em São Paulo – SP.
Paulo Novaes: O primeiro contato com a musica veio de berço. Meu pai (Juca Novaes) é compositor vindo de uma família de músicos, a família Novaes. Minha avó, Maria Piedade foi rainha do IV Centenário da Rádio Nacional, mas largou a carreira para ter oito filhos. Todos cantam e tocam um ou mais instrumentos. A minha tia Maída Novaes é a criadora do grupo Trovadores Urbanos, onde eu dei meus primeiros passos na musica com seis anos de idade, como cantor do grupo Trovadores Mirins, fazendo serenatas nas janelas da cidade de São Paulo.
Paulo Novaes: Estou finalizando o curso de Jornalismo na PUC/SP. Na música, na maior parte da vida fui autodidata. Minha tia Lucila Novaes, que também é cantora e educadora musical, me ensinou Violão, mas eu gostei tanto que bastaram poucas aulas pra que ela me dissesse que eu deveria procurar outro professor, que na verdade eu nunca procurei (risos). Com 18 anos de idade fiz um intercambio para Vancouver – Canadá, para estudar inglês e acabei fazendo alguns meses de um curso de guitarra no conservatório Tom Lee, em Vancouver. Depois ainda fiz alguns meses de aula com o violonista Ulisses Rocha.
Paulo Novaes: As grandes influências do passado são minha própria família, dentro de casa, já que meu pai e meus tios eram compositores, e tinham muitos amigos compositores. Acredito que tudo que eu ouvi na vida serviu de influência, e referência na hora de compor. Por isso, não acredito que nenhuma influência deixe de ter importância.
Paulo Novaes: Aos seis anos de idade, no grupo Trovadores Mirins, fazendo serenatas nas janelas de São Paulo.
Paulo Novaes : Lancei meu primeiro disco – “Esfera” em 2016. A banda do disco é a mesma que me acompanhou a vida inteira com Gabriel Altério na bateria, Igor Pimenta no baixo, Bruno Piazza nos teclados e Pedro Altério na bateria. Participações especiais do Dani Black e Bruna Caram. A música “Perdoa” creio que foi a que mais entrou no gosto do público. No pelotão de trás vem “Alma”, “Pequenas Coisas” e “De Repente”.
Paulo Novaes : Música Pop contemporânea.
Paulo Novaes : Fiz aula de coral durante a infância, até uns 13 anos de idade. Depois disso fiz alguns cursos, mas nada muito permanente.
Paulo Novaes : Essencial. É o instrumento de trabalho, tem que haver um cuidado imenso.
Paulo Novaes : Elis Regina, Djavan, Gilberto Gil, Milton Nascimento.
Paulo Novaes : Sou compositor, acima de tudo. Compor para mim é praticamente uma terapia. Eu componho para mim mesmo, para resolver os próprios problemas, para esclarecer as próprias ideias. O processo acaba sendo natural de acordo com o que acontece na minha vida.
Paulo Novaes : Pedro Altério, Bruna Caram, Dani Black e Barbara Rodrix,
Paulo Novaes : O lado bom é a liberdade de fazer o que você quiser, em sua totalidade. Na carreira independente você decide tudo, e acredito que seja menos “moldado” do que o trabalho nas gravadoras, que sempre já tem vários pontos predeterminados. Por outro lado é muito difícil conseguir recursos financeiros atuando de forma independente, já que a concorrência é muito maior.
Paulo Novaes : Hoje a internet é à base de tudo praticamente. Tudo vai pra internet. Ela ajuda muito, mas ao mesmo tempo os artistas viraram escravos dessa ferramenta. Eu tenho muitos projetos em mente de pensar em alguma maneira de ir contra isso e voltar à comunicação cara a cara, que é bem mais verdadeira.
Paulo Novaes : A produção se torna mais fácil, mas ao mesmo tempo são lançadas coisas com menos qualidade. Mais quantidade e menos qualidade. Pode sair desde algo genial até algo que não seja bom.
Paulo Novaes: Não procuro ser diferente. Faço minha música com muita verdade e, como eu disse, pra mim mesmo. As pessoas gostarem é um reflexo dessa sinceridade, dessa verdade.
Paulo Novaes: Nas duas últimas décadas acredito que nomes como Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante, tanto nos Los Hermanos quanto nas respectivas carreiras solo. Isso sem falar as aparições recentes que eu perderia um tempo falando: O Terno, Dani Black, 5 a seco entre outros. Mas realmente acredito que nas ultimas décadas teve um vácuo, poucas coisas geniais surgiram. Acredito que estamos vivendo um ótimo momento, com muita gente boa no mundo inteiro.
Paulo Novaes: Paul Maccartney e Caetano Veloso.
Paulo Novaes: Recentemente fiz um show em Lisboa – Portugal, e acabou a luz no meio do show. A plateia continuou cantando e, o que poderia ser um desastre, acabou se tornando um momento incrível. Depois a luz voltou e o show continuou normalmente (risos).
Paulo Novaes : Nada é triste, apenas a falta de reconhecimento da profissão.
Paulo Novaes: Existem varias cenas na verdade. São Paulo é uma cidade onde muita coisa acontece. Eu faço parte de uma fatia de uma cena geral, mas cada uma num lugar diferente.
Paulo Novaes: Dani Black, 5 a seco, Barbara Rodrix, O Terno, Paulo Monarco, Tó Brandileone, Pedro Viáfora, Nina Oliveira, Jota Pê, Bruna Caram, Bruna Moraes, entre outros. Tem bastante gente boa.
Paulo Novaes: Espero que sim (risos).
Paulo Novaes: Faça com verdade e amor.
Paulo Novaes: O que me incomoda nos Festivais de Música é a competição que existe. Acho que não é saudável. Ao mesmo tempo os encontros que acontecem são muito bacanas.
Paulo Novaes: Para um público muito pequeno sim, mas a grande alcance não. Ainda tem muita gente boa rodando em Festivais de Música, mas isso não tem reflexo efetivo no trabalho.
Paulo Novaes : Luiza Possi, Duda Brack, Bruna Caram, Pedro Altério e Bruno Piazza, Barbara Rodrix, Juca Chuquer, Juca Novaes, Lucila Novaes.
Paulo Novaes: Acredito que a mídia digital seja bastante democrática. Já a televisiva e radiofônica são pouco democráticas, e só dão espaço para poucos artistas, que na maioria das vezes são sempre os mesmos.
Paulo Novaes: Estou iniciando a produção do meu segundo disco, que devo lançar no inicio de 2018.
Paulo Novaes: contato@paulonovaes.mus.br | https://www.facebook.com/paulonovaess
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