Patrícia Verardo
A cantora, compositora e violonista mineira Patrícia Verardo, iniciou a sua carreira musical no final da década de oitenta em Ribeirão Preto (SP), tocando em grupos musicais e casas noturnas.
Graduou-se em violão pela UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto. Em 1994 retornou a Minas Gerais, radicando-se em Belo Horizonte. Graduou-se em Canto e pós graduou-se em Educação Musical pela UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais. Ainda em Belo Horizonte cantou no Coro do Palácio das Artes durante cinco anos. Fez shows em Tiradentes, Sabará, Mariana e Belo Horizonte.
Gravou dois CDs independentes com composições de sua autoria. Em um deles contou com a participação do músico Paulinho Pedra Azul. Em 2005 retornou a Ribeirão Preto. Realizou um show musical no Teatro Municipal e participou de programas de TV, como o “Papo com o Doutor Sócrates”. Participou da gravação do CD de compositores de Ribeirão Preto – A cidade e canção, tocando no show de lançamento do disco no Teatro Pedro II. Hoje é professora de música, continua fazendo shows e participando de eventos musicais.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Patrícia Verardo para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 29.06.2018:
Índice
Patrícia Verardo: Nasci no dia 22.09.1974 em São João Nepomuceno (MG).
Patrícia Verardo: Eu tinha sete anos de idade, tocava o Violão de minha irmã mais velha, usando seu caderno em que ela anotava músicas que aprendia.
Patrícia Verardo: Toda minha formação musical, inclusive acadêmica é dentro da área musical. Violão pela UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto. Graduada em Canto e pós-graduada em Educação Musical pela UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais.
Patrícia Verardo: No passado: Música Mineira (Clube da Esquina), Bossa Nova, MPB. No presente comecei a me interessar por música erudita e continuo ouvindo MPB. Nenhuma delas deixou de ter importância para mim.
Patrícia Verardo: Em Ribeirão Preto (SP), no final da década de 80. Tocando em casas noturnas.
Patrícia Verardo: Dois CDs lançados. O primeiro em 2000. Neste CD, tive a felicidade de contar com a participação especial do grande músico Paulinho Pedra Azul. Porém, a mesma felicidade não aconteceu com o resultado “técnico de estúdio”… Ou seja, em algumas músicas, minha voz não ficou boa. Pois eu não tinha nenhuma experiência de Estúdio, e não fui orientada corretamente quanto ao uso correto de minha voz. Em 2005, já no segundo CD tomei as rédeas da direção musical. Neste, usei gravações feitas em Estúdio Musical, mas também algumas ao vivo, com músicas autorais inéditas. Então, eu me senti bem mais realizada, pois musicalmente já estava mais experiente e madura.
Patrícia Verardo: Sou eclética. Não me sinto à vontade para definir um Estilo Musical em minhas músicas. Componho, toco e canto minhas canções com AMOR e VERDADE. Componho desde músicas românticas com três acordes básicos, até Bossa Nova, recheada de Acordes Dissonantes…
Patrícia Verardo: Sim.
Patrícia Verardo: O estudo da Técnica Vocal nos dá mais recursos para explorar nossa voz. Os cuidados deverão sempre tê-los, para não danificar as cordas vocais, zelando por este lindo dom que Deus nos deu.
Patrícia Verardo: Marisa Monte, Marina Machado, Rita Ribeiro e outras.
Patrícia Verardo: Bem natural. Vem-me uma melodia na cabeça junto com a letra. Pego meu violão e a canção vai surgindo.
Patrícia Verardo: Ainda não tive nenhum parceiro para compor.
Patrícia Verardo: Infelizmente, ninguém ainda gravou uma canção minha. Este é um de meus sonhos (risos).
Patrícia Verardo: A dificuldade é de lançar com maior amplitude nosso trabalho, sendo Músico Independente. Por outro lado, não temos a obrigação de prejudicar a originalidade de nossa música, em propósitos puramente comerciais.
Patrícia Verardo: Ser verdadeira com minha música e com meu público.
Patrícia Verardo: Vendo meus CDs em meus shows e divulgo meu trabalho via internet. Infelizmente não tenho uma ação empreendedora.
Patrícia Verardo: Por enquanto tem só ajudado
Patrícia Verardo: A praticidade. Porém é muito importante uma boa qualidade sonora.
Patrícia Verardo: Não tenho a preocupação de me “diferenciar”.
Patrícia Verardo: Últimas duas décadas: Vander Lee, Marcelo Camelo. E para mim, os grandes nomes de nossa música, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Djavan, Ednardo, etc. Tiveram sim seu momento mais relevante dentro do cenário musical. Porém, para mim, nenhum destes nomes regrediu.
Patrícia Verardo: Ednardo de Souza.
Patrícia Verardo: Várias situações. Muitas vezes, quando em tocava em bares, acontecia de não ter um equipamento de som adequado. Som ruim, falta de retorno… E com relação a cantadas, eu muitas vezes me sentia constrangida.
Patrícia Verardo: Entristece-me viver num país onde a maioria das pessoas não conhece o valor real que possui a Música. Deixa-me feliz quando alguém se emociona com a minha música.
Patrícia Verardo: Ribeirão Preto possui grandes músicos. Mas a grande mídia, inclusive à noite, abre espaço para os estilos da moda.
Patrícia Verardo: Banda “Os outros”, Bia Mestriner, Cantor e violonista: Alessandro Machado e Dimi Zumque, Ritmo: Gera Machado e Sudu Lizi.
Patrícia Verardo: Algumas músicas minhas tem refrão muito fortes. Acredito que tocariam até em novela da TV Globo (risos).
Patrícia Verardo: Fazer um PLANEJAMENTO DE SUA CARREIRA. Tomar bastante cuidado no momento de escolher o seu diretor musical quando for gravar em estúdio.
Patrícia Verardo: Alguns Festivais de Música contam com situações e decisões já armadas e manipuladas.
Patrícia Verardo: Não.
Patrícia Verardo: É voltada para interesses totalmente comerciais.
Patrícia Verardo: Acho muito importante.
Patrícia Verardo: Mais para os músicos que tocam estilos musicais da moda. Para MPB falta espaço…
Patrícia Verardo: Raphael Rabello, Garoto, Geraldo Vianna, Juarez Moreira.
Patrícia Verardo: Bach, Mozart, Rossini, Bellini, Villa Lobos.
Patrícia Verardo: Chico Buarque, Djavan, Zeca Baleiro, Vander Lee, Paulinho Pedra Azul, Beto Guedes, Fernando Brant, Caetano Veloso, Flávio Venturini, João Bosco, Guilharme Arantes, Ednardo, Belchior, Zé Ramalho.
Patrícia Verardo: Edu Lobo, Roberto Menescal, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Carlos Lyra, Nara leão, Marcos Valle, Baden Powell.
Patrícia Verardo: No meu curso de Especialização em Educação Musical, defendi como Monografia um livro de Violão para crianças. Durante três anos fiz estágio em escolas de Musicalização. Foi quando percebi que os instrumentos usados eram sempre Flauta, Teclado, Piano e Percussão.
Então comecei um extenso trabalho de chegar a casa e anotar as atividades de musicalização, porém transportando-as para seu uso com o instrumento Violão. Com o auxilio de minha orientadora Maria Betania Parizzi, organizei minhas preciosas anotações numa sequência didática, até se transformar em um método de violão para crianças a partir de sete anos de idade.
“O VIOLÃO, UMA ABORDAGEM LÚDICA”, este é o nome do método que uso até hoje com crianças em minhas aulas de música, depois de ser ele testado em escolas de respeitado nome dentro da educação musical.
Patrícia Verardo: Meu método “O VIOLÃO, UMA ABORDAGEM LÚDICA”, está registrado, porém não consegui patrocínio para editá-lo e colocá-lo à venda.
Patrícia Verardo: O erudito é mais rígido com relação à postura de se sentar, postura das mãos, ao executar o violão. Exige sons “limpos”, é bem “tradicional”, digamos assim. Porém, acho importante estudá-lo e conhecer as suas técnicas na busca desta “clareza de sonoridade”. É uma “ESCOLA”, que, como por ela também passei e aprendi muita coisa importantíssima e crucial para minha formação como violonista. Indico para quem quer ser ótimo instrumentista. No Violão Popular, a maneira de se sentar não é tão rígida. Porém, também, possui as suas técnicas, que também não são fáceis.
Patrícia Verardo: São muiiiiiiiitas (risos). Mão esquerda (polpa dos dedos).Mão direita (antebraço apoiado na caixa do violão). Porém, a principal das “TÉCNICAS”(risos): TOCAR COM AMOR.
Patrícia Verardo: Di Giorgio e Giannini são as marcas que sempre indiquei para meus alunos. Mas hoje tem marcas muito boas.
Patrícia Verardo: Não virar muito as articulações entre a mão e o braço, para evitar tendinite.
Patrícia Verardo: Não ensinar o aluno primeiramente, antes de tudo, aprender a “OUVIR”.
Patrícia Verardo: A historia familiar, pais que sempre levaram música para seus filhos.
Patrícia Verardo: Criar na hora.
Patrícia Verardo: Depende de quem escreveu o método de Improvisação.
Patrícia Verardo: Os dois.
Patrícia Verardo: Acaba faltando algum conteúdo, que só se aprende com a prática, tocando mesmo.
Patrícia Verardo: Estudando com disciplina, praticando e TOCANDO.
Patrícia Verardo: Somos amigos. Entre 1996 a 1999 tínhamos mais contato quando eu morava no bairro Santo Antonio em Belo Horizonte.
Gostávamos de frequentar os mesmos lugares, por exemplo, o Cine Belas Artes, que havia um espaço para música ao vivo, aonde Geraldo Alvarenga se apresentava toda segunda-feira com seu grupo de Choro “Sarau Brasileiro”. Também tinha o “Bar e Café Arrumação”, na avenida Assis Chateaubriand , criado por Saulo Laranjeira aonde grandes músicos se encontravam. Como profissional : Paulinho Pedra Azul fez uma participação especial cantando em minha canção “Contos de Fada”. Também gravei “Um tempo que passou” de autoria dele em parceria com Geraldo Alvarenga e Marcelo Drummond.
Patrícia Verardo: Éramos amigos. Entre 1996 a 1996 aprendi muito com esta amizade. Um homem simples, sempre com um sorriso no rosto e uma pasta nas mãos com seu release e projeto musical. Participava de Festivais de Música onde já fazia sempre muito sucesso. Havia um lindo Bar na Avenida do Contorno, chamado “Boca de Pito”, que vendia charutos , cigarrilhas, etc, com música ao vivo.
Foi lá que conheci Vander Lee. Ele se apresentava na sexta-feira e eu no sábado. Muitas vezes ele me ligava dizendo: “Paty, dá para você tocar no meu lugar hoje ? pois não poderei ir ” (que saudade …). Grande compositor, grande músico, mas que “Virou Estrela ” muito cedo… Em 5 de agosto de 2016, eu já estava em Ribeirão Preto (SP), quando recebi a triste notícia do seu falecimento. A “ALMA NUA” , “No silencio da noite, perdeu a hora para ter tempo de encontrar a rima. Com direito a NUNCA PERDER O BRILHO, viver menino , morrer poeta…” Vander Lee.
Patrícia Verardo: Continuar fazendo shows, divulgando meu trabalho e estou trabalhando para que minhas canções sejam gravadas por cantores já consagrados.
Patrícia Verardo: (16) 99193 – 7479 | patriciaverardo4@gmail.com | facebook: Patrícia Verardo.
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