Nanda Guedes
A cantora, compositora, violonista, acordeonista, percussionista cearense Nanda Guedes aos quatro anos de idade teve seu primeiro contato com a música por influência – ainda que indireta – de seu avô Geraldo Neves, que tocava violão e cantava serestas. Quando seu avô saia para trabalhar na roça de algodão, ela aproveitava para tocar o instrumento escondida. Com seis anos de idade foi morar em São Paulo com a família, e na igreja começou a tocar violão.
Nanda Guedes aos doze anos de idade formou sua primeira banda (Camanducaia) tocava violão e cantava, foi onde aflorou seu amor pelos ritmos brasileiros. Começou a tocar percussão com dezesseis anos, integrando a banda Dadivosas, o grupo teatral Lira dos Autos, Cia Brasílica entre outros. Em 2010 iniciou seus estudos ao Acordeon, esse que se tornou seu principal instrumento.
Agora com 13 anos de experiência dentro do mundo da música já tocou em vários estados do Brasil, como: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Brasília e Bahia, acompanhando as mais diversas bandas como Trio Ipanema, Raízes do Sertão, Trio Nordestino, Trupe Trupé e outros.
Nanda Guedes em janeiro de 2016, deu início ao seu primeiro projeto autoral, “Me leva que eu vou” o projeto tem como base o resgate de ritmos da cultura popular brasileira em uma mistura inusitada de maracatu, coco, ijexá, samba matuto, forró pé de serra, maculelê, rock entre outros. Busca uma base mais contemporânea unindo os acordes melodiosos da sanfona com a distorção pesada da guitarra e swing da percussão. Nanda Guedes traz aos palcos um show para se ouvir e dançar.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Nanda Guedes para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 23.11.2020:
Índice
Nanda Guedes: Nasci no dia 31.12.1989 em Iguatú – CE. Registrada como Fernanda Guedes Neves.
Nanda Guedes: Meu primeiro contato com a música foi através do meu avô Geraldo Neves que tocava Violão. Eu sempre quis tocar, mas ele não permitia, então minha avó Rocilda Lopes me dava o Violão quando ele saia para trabalhar na roça.
Nanda Guedes: Sou autodidata na música. Concluir o Ensino Médio.
Nanda Guedes: Sem dúvida o grande Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do pandeiro, Amelinha, Cátia de França, Anastácia, Alceu Valença. Hoje tenho Lenine, Chico César, Elba Ramalho, Khrystal, entre grandes nomes da música brasileira.
Nanda Guedes: Comecei em 2001, com 12 anos de idade em Osasco – SP. Formei minha primeira banda com amigos da escola. Através de uma atividade no Colégio que envolvia música, tivemos a ideia de montar uma banda, começou tudo aí.
Nanda Guedes: Lancei singles. Mas está para sair meu primeiro disco autoral.
Nanda Guedes: Música brasileira, Regional, Forró. Uma mistura sonora de tudo que existe na música popular brasileira. Eu adoro misturar ritmos.
Nanda Guedes: Sim.
Nanda Guedes: Não só o estudo de técnica vocal, mas estudar a música em si é de suma importância. O estudo traz segurança e profissionalismo para o artista.
Nanda Guedes: Elba Ramalho, Cátia de França, Anastácia, Maria Bethânia, Rita Benneditto, Elis Regina. Nossa são tantas, somos tão ricos de cantoras maravilhosas.
Nanda Guedes: Não tenho um processo concreto, as vezes vem do além a canção (risos). Eu simplesmente paro e deixo acontecer e nascer a canção.
Nanda Guedes: Eu geralmente crio música sozinha, não tenho parceiros fixos. Mas já escrevi com Gé de José, Fabio Maganha, Léo Braga.
Nanda Guedes: O pró é poder exercer sua identidade sem ninguém ditando regras ao seu som. A contra partida é que é um longo caminho solitário carregados de muitas dificuldades. Todos sabemos que as portas geralmente estão sempre fechadas para o artista independente.
Nanda Guedes: Minha estratégia maior é levar a alegria, levar minha verdade. Ver as pessoas curtindo e se divertindo comigo é minha maior estratégia.
Nanda Guedes: Hoje minha preocupação é gerar conteúdo digital, principalmente nessa nova era em que tudo se concentra na internet, redes sociais e plataformas digitais.
Nanda Guedes: Temos que olhar a internet como um meio que leva o trabalho musical para mais pessoas. É prático e rápido. Mas também é um meio que as coisas vêm e vão na velocidade da luz. Então você tem que estar sempre se reinventando para chamar atenção para seu trabalho. A internet também fornece muitas distrações.
Nanda Guedes: A vantagem é conseguir produzir conteúdo rápido, mas não substitui gravar em um estúdio bem equipado. Então se for fazer algo simples ajuda muito, mas um disco completo não me vejo fazendo em casa. Mas produzo muitas coisas em casa antes de levar para o estúdio.
Nanda Guedes: Eu não sei se sou tão diferente assim, mas eu me vejo com uma cabeça mais aberta em relação a outros trabalhos que vejo. Acho que temos que estar sempre abertos para se renovar. Claro que dentro da música popular e principalmente o Forró que é um patrimônio brasileiro, temos que respeitar suas origens, mas não podemos parar no tempo sem nos renovar. Eu gosto de trazer o orgânico, porém com uma pitada de música contemporânea. Acho que as pessoas precisam vivenciar a música e se identificar com ela, e para isso precisamos viver o agora.
Nanda Guedes: O Forró é um ritmo atemporal, que as pessoas gostam e se identificam. Porém creio que ainda vivemos muito o que ele foi no passado e não estamos dando um futuro para o Forró. As bandas ainda tocam as mesmas músicas de décadas atrás, algumas pertinentes, mas muitas mesmo não falam de como vivemos hoje. Acho que para as pessoas se identificarem com algo, aquilo tem que ser relacionado ao seu cotidiano e a sua vida, sinto falta de o Forró ser feito para as pessoas de agora. Bandas como “Ó do forró”, “Dois Dobrado”, fazem esse trabalho de escrever letras que as pessoas se identificam e que trazem o hoje. Elba Ramalho é uma mulher que se reinventa e sempre nos traz coisas incríveis em seus álbuns.
Nanda Guedes: Eu não me identifico com o som que essas bandas fazem. Respeito o conceito que eles têm, mas não gosto e não me identifico.
Nanda Guedes: Foi um movimento incrível. As bandas vieram com um repertório autoral, falando de coisas que os jovens da época se identificavam, sem preconceitos e com uma proposta despretensiosa que deu muito certo. Acho que falta isso hoje, óbvio que são cenários diferentes, mas podemos aprender muito com esse movimento do “Forró Universitário”.
Nanda Guedes: Acho que todos (risos). Falamansa, Caiana, Bicho de pé, Forróçacana. Adorava todos e muitos outros.
Nanda Guedes: Acho que a Elba Ramalho, pois foi uma artista que nunca parou, está sempre lançando muitas músicas gravando discos incríveis, um melhor que o outro. É muito difícil manter um padrão tão alto durante tanto tempo. Lenine também é outro que faz isso com maestria.
Nanda Guedes: Todas essas coisas citadas na pergunta já aconteceram comigo. Desde falta de equipamento até não receber o cachê. Ou ser desrespeitada por ser mulher. Isso aconteceu tantas vezes e creio que seja o que mais me incomoda até hoje. Eu com a sanfona no peito, alguém pergunta “Onde está o sanfoneiro?” ou ” Você toca como um homem”. Não sei de o que leva as pessoas acharem que isso é um elogio.
Nanda Guedes: O que me deixa triste é falta de reconhecimento, e principalmente ver outros gêneros dominando um mercado musical, enquanto a música brasileira fica à míngua. O que me deixa feliz sem dúvida alguma é ver as pessoas curtindo meu som, ouvindo e cantando minhas músicas. Não existe prazer maior.
Nanda Guedes: Acho difícil, mas temos que ter fé que vai acontecer algum dia minha música tocar nas rádios sem precisar pagar o jabá.
Nanda Guedes: Seja perseverante. Acredite em você e seja grato a todos que o ajuda a trilhar seu caminho musical.
Nanda Guedes: Festivais de Música são sempre bem vindos, eu não tenho nada contra Festivais. Eu acho que deveríamos ter mais (risos). É um momento de conhecimento e confraternização, nos Festivais podemos conhecer muita gente e muita gente pode conhecer nossas músicas, eu adoro.
Nanda Guedes: Com certeza, sempre revelaram. As vezes as pessoas que não estão muito atentas, mas os festivais sempre trazem grandes surpresas.
Nanda Guedes: Aos ritmos tradicionais, regionais e de cultura popular é como se para a grande mídia nem existisse, por que ninguém tem acesso a esse tipo de música através da grande mídia. A grande mídia brasileira só registra a música de massa, nossas verdadeiras raízes são completamente esquecidas pela grande mídia.
Nanda Guedes: São os únicos espaços que podemos levar a verdadeira música brasileira. São espaços culturais e que garantem o acesso a música regional e de cultura popular, as grandes casas de shows não tocam música regional e popular brasileira.
Nanda Guedes: Lançar meu disco e alguns clipes junto com ele. Poder circular esse Brasil inteiro.
Nanda Guedes: (11) 95196 – 0876 / nandaguedes.music@gmail.com / https://web.facebook.com/nanda.guedes2 / www.instagram.com/nandaguedesoficial
Canal: https://www.youtube.com/channel/UC4fJ_0vv2RDRAIS-jLl8apw
Nanda Guedes – Me Leva Que Eu Vou (Clipe): https://www.youtube.com/watch?v=fSDxfmtdmQo
Nanda Guedes | Metrópolis TV Cultura: https://www.youtube.com/watch?v=PRXQOXlVt04
Nanda Guedes – Desilusão (Anastácia/Dominguinhos): https://www.youtube.com/watch?v=70PN5mg9gME
Nanda Guedes & Dan Santos – Relampiano: https://www.youtube.com/watch?v=fOcq6xV6Dgo
Nanda Guedes e Banda – Show na integra – Festival Caravelas da Cultura: https://www.youtube.com/watch?v=TnBaUYyFM9Y
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