Mestrinho é neto do tocador de oito baixos, Manezinho do Carira, e filho do sanfoneiro, Erivaldo de Carira. Sua irmã Thaís Nogueira é cantora e seu irmão mais velho Erivaldinho é sanfoneiro.
Com o DNA musical tão presente em sua vida, aos 6 anos de idade já tocava sanfona e aos 12 anos começou a se apresentar em turnês de bandas da região onde morava. Desde pequeno foi influenciado pela música de Dominguinhos, Sivuca, Oswaldinho do acordeon, Hermeto Pascoal, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Elba Ramalho, entre outros.
Aos 17 anos, Mestrinho e Thaís Nogueira se mudaram de Aracaju para São Paulo e criaram o Trio Juriti. Juntos participaram de festivais e se destacaram pela composição da música autoral “Mais um dia sem te ver”. Ainda nesse trio gravaram dois álbuns chamados “Forró irresistível” e “Cara a Cara” que contaram com a participação dos emboladores Caju e Castanha e com a produção do compositor João Silva, um dos maiores parceiros de Luiz Gonzaga.
Já teve a honra de dividir o palco com vários artistas consagrados como: Dominguinhos, Gilberto Gil, Hermeto Pascoal, Elba Ramalho, Rosa Passos, Antônio Barros e Cecéu, Zélia Duncan, Geraldo Azevedo, Jorge Aragão, Gabriel o Pensador, Paula Toller, Luciana Mello, Diogo Nogueira, Toni Garrido, Margareth Menezes, Elza Soares, Benito di Paula, Duani Martins, Mariana Aydar, Zeca Baleiro, Thiago Espirito Santo, Sandro Haick, Ney Conceição entre outros.
Mestrinho acompanhou Dominguinhos em diversos shows pelo Brasil, inclusive participando da última apresentação em Exu (PE), cidade natal de Luiz Gonzaga; trabalhou com Elba Ramalho por três anos, incluindo sua participação no CD “Vambora lá dançar” onde se apresentou em turnês nacionais e internacionais (Alemanha); com Gilberto Gil fez turnês em festivais de jazz na Europa, Israel e Uruguai, e participou do lançamento do novo álbum do músico chamado “Gilbertos Samba” e que acaba de virar DVD; participou também do CD de Jair Rodrigues “Samba Mesmo Vol. 2”, e além de gravações, Mestrinho também trabalha como produtor musical e arranjador em obras de outros artistas.
Em setembro de 2014 lançou o primeiro disco solo intitulado “Opinião” que conta com a participação do Gilberto Gil em “Superar” de autoria de Mestrinho, além da participação de sua irmã Thaís Nogueira em “Arte de quem se ama” do compositor Elton Moraes.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Mestrinho para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 04.06.2021:
Índice
Mestrinho: Nasci no dia 18.11.1988 em Itabaiana – SE. Registrado como Edivaldo Junior Alves de Oliveira.
Mestrinho: Meu pai, Erivaldo de Carira (Erivaldo Cícero de Oliveira), meu avô paterno, Seu Manezinho do Carira, sanfoneiro de oito baixos e meu irmão mais velho, Erivaldinho (Elizaldo Santos de Oliveira), todos são sanfoneiros. A música sempre esteve presente na minha vida desde que eu nasci.
Mestrinho: Sou autodidata e aprendi sozinho ouvindo minhas influências.
Mestrinho: Minhas primeiras influências foram meu pai Erivaldo de Carira, meu irmão Erivaldinho e Luiz Gonzaga. E quando eu tive acesso a música de Dominguinhos, ele se tornou minha maior influência. Também fui influenciado por Sivuca, Oswaldinho do Acordeon e Toninho Ferragutti. Hoje, além dos sanfoneiros, também sou influenciado por Gilberto Gil, Milton Nascimento, Hermeto Pascoal, Djavan, Elis Regina, Jackson do Pandeiro, Stevie Wonder, Michael Jackael, Chick Corea, Herbie Hancock, John Coltrane, entre tantos outros. Todas as influências que tive até hoje são importantes.
Mestrinho: Quando tinha 12 anos de idade (2000) comecei a tocar em bandas da minha região nordeste.
Mestrinho: São quatro álbuns lançados: “Opinião” (2014), “É Tempo Pra Viver” (2018), “Grito de Amor” (2019) e “Solitude” (2021). Também tenho 4 álbuns de duo – um com Hamilton de Holanda, um com Nicolas Krassik, um com Lulinha Alencar e um com Sandro Haick.
Músicas que chamaram atenção: “Obra”, “Além do céu e mar”, “Aperto de mão”, “Arribação”, “Chamego bom”, “Entre nós”, “Imprevisivelmente”, “Melhor do amor”, “Opinião”, “Pra sempre Dominguinhos”, “Que o melhor é te amar”, “Se queres entender o amor”, “Superar”.
Mestrinho: Venho do Forró, minha raiz, mas transito por outros gêneros como: Jazz, samba, Bossa Nova, R&B e etc.
Mestrinho: Não.
Mestrinho: Considero bastante importante, porém, confesso que não tenho disciplina para isso. Busco ter algum dia. Sei que preciso cuidar da minha voz, que é o meu segundo instrumento.
Mestrinho: Elis Regina, Elba Ramalho, Alcione, Mariene de Castro, Esperanza Spalding, Jessie J., Marinês, Leny Andrade, Gilberto Gil, Djavan, Milton Nascimento, Dominguinhos, Dani Black, entre outros.
Mestrinho: Existem várias formas. As vezes a melodia vem primeiro e depois coloco a letra. As vezes a letra vem primeiro e depois coloco melodia. E outras vezes dou play no gravador e saio tocando e cantando despretensiosamente – assim também nasce música.
Mestrinho: Já compus música com: Elton Moraes, Dani Black, Climério Ferreira, Saulo Fernandes, Ivete Sangalo, Tato Falamansa, Bruna Moraes e João Silva.
Mestrinho: Acredito que só eu tenha gravado as minhas próprias músicas. Não tenho o costume de mostrar para outros artistas minhas composições – acredito que seja por timidez.
Mestrinho: Pró: liberdade. Contra: falta de incentivo financeiro.
Mestrinho: Fora dos palcos: Faço arranjos em casa e penso nos cenários de acordo com a proposta musical. Ensaios com a banda. Reuniões para discutir ideias e futuras propostas. Dentro do palco: Fazer o melhor que existe dentro de nós, trazendo alegria e muita diversão, independentemente da quantidade de público e de aceitação.
Mestrinho: Invisto uma porcentagem do que ganho em uma conta designada para a minha carreira.
Mestrinho: A internet ajuda na divulgação da minha música, promove a proximidade com as pessoas que admiram meu trabalho e também facilita a troca com outros artistas. A internet também me possibilidade ter acesso a novas influências e inúmeros trabalhos que surgem para mim através do meu engajamento. A internet prejudica artistas apenas pelo lado da intolerância. Facilmente uma opinião se torna motivo de cyber bullying e ódio.
Mestrinho: A vantagem, principalmente na atual situação pandêmica que nos encontramos, é que podemos fazer gravações à distância sem sair de casa e podemos fazer pré produções para futuros trabalhos. A desvantagem é não ter uma sala apropriada acusticamente – é preciso muito dinheiro para isso.
Mestrinho: Dedico-me bastante, estudo muito e respeito a música ao máximo. Não vejo como competição, faço, pois, amo e me desenvolvo como posso. Quem vem comigo é porque gosta do que eu faço e do que eu sou.
Mestrinho: Acredito que o Forró seja um gênero que, infelizmente, tem seus altos e baixos, mas que já se tornou uma identidade da nossa música brasileira, assim como o Samba e a Bossa Nova. Jamais morrerá! Vários artistas maravilhosos se revelaram, como: Mariana Aydar, Trio Dona Zefa, minha irmã Thais Nogueira, Cezzinha, Lucy Alves e, não posso deixar de citar o meu trabalho junto com a banda que me acompanha, de tantos músicos artistas maravilhosos. São eles: Elton Moraes, Michael Pipoquinha, Léo Rodrigues, Cainã Cavalcante, Vini Vim.
Mestrinho: Hamilton de Holanda, Yamandu Costa, Hermeto Pascoal, Gilberto Gil, entre outros.
Mestrinho: Uma delas foi fazer show de portaria, com expectativa de que iria lotar, e receber apenas 10 pessoas (risos).
Mestrinho: O que me deixa mais feliz é receber mensagens de fãs dizendo que minha música tocou o coração deles e os ajudou em momentos difíceis. O que me deixa mais triste é a ansiedade que eu mesmo me coloco algumas vezes, por querer estar em algum patamar maior do que estou. Tenho trabalhado isso e me tranquilizado em relação ao meu lugar na música.
Mestrinho: O movimento do “Forró Universitário” foi muito importante para colocar o Forró em evidência de novo e agregar novos públicos.
Mestrinho: “Falamansa”, “Rastapé”, “Bicho de Pé”.
Mestrinho: Quando alguma das minhas músicas estourarem, ela tocarão nas rádios. Acredito que quem manda é o público.
Mestrinho: Muito trabalho, dedicação, estudo e amar muito o que faz.
Mestrinho: Pró: Festival de Música é como uma vitrine para os artistas e bandas. Gosto muito. Contra: Festivais que colocam a música como competição.
Mestrinho: Sim. Festivais servem também como vitrines para artistas.
Mestrinho: Acredito que falta na cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira ser mais eclética. A mídia acaba tocando só um tipo de música: “o que o povo quer ouvir”, porém, o povo quer ouvir o que a mídia toca. A grande mídia poderia trazer um leque maior para o povo, uma vez que nossa cultura é tão rica e variada.
Mestrinho: São grandes incentivadores da cultura brasileira. Sou muito grato por todas as oportunidades que tive de tocar nessas instituições: SESC, SESI Itaú e Caixa Cultural, etc.
Mestrinho: Eu gosto muito e me identifico com o Forró das bandas das antigas. Sobre o “Forró Estilizado” como vocês trazem, acredito muito em livre arbítrio musical e acho que cada um deve ter liberdade para realizar o que existe dentro de seus corações.
Mestrinho: Acabei de lançar um álbum instrumental chamado “Solitude” e tenho em mente a ideia de lançar um novo álbum de forró em breve.
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Playlist Solitude: https://www.youtube.com/watch?v=kxs2fk5o8Ag&list=OLAK5uy_mlHlbj8ftkkoanpvCu8CDDAEFAhq-OScQ
Playlist Grito de Amor: https://www.youtube.com/watch?v=h5ycnqc-0gE&list=OLAK5uy_ns5-iRRAlGB_tTJdZYtkVmEY05rumkcm8
Playlist É tempo pra viver: https://www.youtube.com/watch?v=t7Uz6LAEFcM&list=OLAK5uy_lpWT8jkzN2f7KnTokbpCtghqEnpPo54dY
Playlist Tocante: https://www.youtube.com/watch?v=XfWvAw-j3hM&list=OLAK5uy_k5ID4gyJHgODdifap5BUR-ct9cJAIbvGk
Playlist Opinião: https://www.youtube.com/watch?v=961risRHutU&list=OLAK5uy_mQNBz-G9GVLuzX49fkkNUOEXrxYlPWTW4
Mestrinho – Live 18/04/2020: https://www.youtube.com/watch?v=WVdwmciLnk0
Mestrinho, Thaís Nogueira e Scurinho Zabumbada | Trio Juriti no Canto da Ema: https://www.youtube.com/watch?v=1kn_CgMzScQ
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