Maria Dapaz por Serginho Massa 1
A cantora e compositora pernambucana Maria Dapaz é “Uma voz que apaixona e o talento que encanta”, comenta Ney Vidal.
Em 2011 recebeu homenagem da Universidade Rural de Pernambuco parabenizando-a por seu talento reconhecido internacionalmente, por sua carreira consolidada e a indicação ao Grammy Latino 2004 com o CD – “Vida de Viajante” ou “Luiz Gonzaga na voz de Maria Dapaz”.
Torna-se a primeira intérprete pernambucana a dedicar um disco inteiro à obra de Luiz Gonzaga. Em 2005 é intérprete do projeto “Gonzaga Sinfônico” com a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo no teatro Sérgio Cardoso. Dapaz morou na Europa seis anos, dividindo seu tempo entre shows, viagens, gravações, composições e divulgação.
É uma artista de muitas qualidades. Seja como autora, instrumentista ou como intérprete, ela tem a sua marca própria e um bom-gosto inquestionável. Carismática, Maria Dapaz se destaca pela bela voz potente e afinada. Com seu canto sincero, sua voz marcante e muita sensibilidade, ela mostra toda a beleza de um repertório bem brasileiro.
Como compositora, ficou conhecida no Brasil inteiro com a música em parceria com Nino, “Brincar de Ser Feliz” nas vozes de Chitãozinho & Xororó, tema da novela Pedra sobre Pedra. A dupla também gravou outras músicas de Dapaz em parceria com Nino: “Bailão de Peão; “Na Aba do Meu Chapéu”; “Loira Gelada” e “Meu Café da Manhã”.
Tem composições gravadas por Martinho da Vila, Agnaldo Raiol, Ray Conniff, Dominguinhos, Elba Ramalho, Zezé de Camargo, Leandro e Leonardo, Roberta Miranda…
Hoje tem 16 discos gravados e grande experiência em palcos nacionais e internacionais. Sua paixão pela música se manifestou muito cedo, tornando-se profissional em Sertânia – PB como cantora no grupo de baile “Marajoara” em que aprimorou o ofício de cantar. E São Paulo gravou o seu primeiro LP – “Pássaro Carente”, pela gravadora Copacabana em 1980.
No período em que morou na Suíça, lançou três discos, se apresentou para plateias exigentes em importantes palcos da Europa, como “A Velha Ópera” de Frankfurt, Breminale, Festival de Nürenberg e Festival de Música de Berlim Oriental na Alemanha, Festival de Montreux na Suíça, Printemps de Bourges na França com as manchetes: “A voz de fogo vindo do Brasil” e “Um continente inteiro na voz”.
Em 2009 reeditou CD – “Meu Lugar” 10 anos depois de lançado nacionalmente no Programa do Jô da TV Globo. CD esse que marcou a carreira da artista. Em 2009/2010 Abriu o projeto Nossa Língua Nossa Música no CCBB do Rio de Janeiro/2009 e Brasília/2010 onde dividiu o palco com Joana Amendoeira (Portugal) Nancy Vieira (Cabo Verde) e Rosa Madeira (Ilha da Madeira).
Em 2011 Maria Dapaz focou a sua agenda no Nordeste se apresentando em grandes palcos nas cidades pernambucanas de Gravatá, Arcoverde, Pesqueira, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Carnaíba, Tabira, Recife encerrando o ano com show de Réveillon na praia de Candeias em Jaboatão dos Guararapes. Em 2012 em Portugal, representa o Brasil na festa da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) em fevereiro na Aula Magna de Lisboa e no Casino de Estoril.
No Brasil, Maria Dapaz foca o ano em homenagem especial ao “Rei do Baião” Luiz Gonzaga, com o (re) lançamento do CD – “Vida de Viajante” (Atração Fonográfica) em edição especial Centenário Luiz Gonzaga mostrando o que tem de mais verdadeiro no legado musical deixado por ele.
Em São Paulo abre as comemorações do Centenário de Gonzagão, durante todo o mês de março, na Galeria Olido da famosa Avenida São João com o projeto “Baião da Quarta” e faz temporada de três dias em novembro no Teatro do CEU Zilda Arns/Osasco
Em Recife abre as comemorações do Centenário no Conservatório Pernambucano de Música – “Cestas de Música”. Participa do projeto “Recife Canta Gonzaga” na praça do Arsenal. Apresenta seu show acústico “A minha vida de viajante” no Manhattan.
Em Pernambuco apresentou seu show em homenagem ao Luiz Gonzaga nas cidades de Vitória de Santo Antão, Afogados da Ingazeira, Caruaru, Caetés, Sirinhaém, Sertânia, Recife. 2013 Lançou o seu 15º CD – “Outro Baião” – Uma explosão de brasilidade. Gravado no Recife com 14 músicas assinadas por Maria Dapaz e parceiros.
Trabalho focado na difusão de uma música que se espelha na riqueza de um povo, ressaltando a beleza da sua história, seus cânticos, seus sonhos, tristezas e alegrias. Agindo também como uma forma de auxílio em todo o processo de preservação de uma linguagem musical.
Shows juninos em Pernambuco: Gravatá, Arcoverde, Caruaru, Afogados da Ingazeira, Timbaúba, Recife e divulgação na Festa Nacional da Música, o maior encontro da música em Canela – RS. Em 2014 ano de destaque do CD – “Outro Baião”, selecionado para o 25º Prêmio da Música Brasileira no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Categoria Melhor Cantora. Ganhou o Troféu Acinpe (Associação Cantores e Intérpretes de Pernambuco) levando o Prêmio da Crítica.
Em 2015 um ano de homenagem Maria Dapaz lança o CD – “A Arte de Amália Rodrigues por Maria Dapaz e Mahatma Costa” pela gravadora Atração e que foi gravado ao vivo no teatro Santa Isabel de Recife. Num emocionante recital, Maria Dapaz homenageia Amália Rodrigues com uma nova interpretação, dando um sotaque brasileiro ao repertório imortalizado por essa diva da música portuguesa, que completaria 95 anos.
Num formato acústico, Maria Dapaz (violão e voz) e Mahatma Costa (acordeom) criaram arranjos mais suaves, ressaltando as influências da música cigana e moura, dando uma nova cor e mais leveza a esse gênero musical dramático e teatral na sua origem. Projeto especial com a produção de Jocelyne Aymon, suíça, radicada no Brasil.
Maria Dapaz, com a sua voz firme como metal e suave como veludo, apresenta uma versão inédita e original de “Estranha Forma de Vida”, “Ai Mouraria”, “Coimbra”, “Só nós Dois”, “Amêndoa Amarga” e “Hortelã Mourisca”. O acompanhamento do acordeonista internacional Mahatma Costa impressiona desde a abertura do disco. CD pré-selecionado para o 27º Prêmio da Música Brasileira/Rio.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Maria Dapaz para a www.ritmomelodia.mus.br , entrevistada por Por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 01.11.2017:
Índice
Maria Dapaz: Nasci no dia 25 de março de 1959 em Jaboatão dos Guararapes/PE, mas cresci em Afogados da Ingazeira – PE no sertão de Pernambuco onde recebi em 2011 o titulo de cidadã Afogadense em 2009, me considero Afogadense, a família da minha mãe é de lá.
Maria Dapaz: Nasci para cantar, pois a música faz parte da minha vida desde que me entendo por gente. Minha mãe me ninava cantando as músicas “Juazeiro”, “Assum Preto” e “Sala de Reboco” de Luiz Gonzaga. Canto essas músicas em show até hoje. Aprendi muito sobre música ouvindo a Rádio Pajeú de Afogados da Ingazeira que tocava todo tipo de música, por isso até hoje sou eclética, gosto de música boa, com letra consistente.
Maria Dapaz: Sou 100% autodidata. Aprendi a tocar violão olhando os músicos tocando quando era crooner do “Marajoara”. Com 12 anos de idade, ganhei um Violão e fui descobrindo acordes, cantando, me acompanhando e fui desenvolvendo. Faço isso até hoje. Aprendi muito no Marajoara.
Maria Dapaz: São várias fases. Comecei muito cedo e fui descobrindo aos poucos vários artistas que chamaram minha atenção. Clara Nunes foi a maior. Achava ela carismática e gosto do jeito dela interpretar. Eu queria ser Clara Nunes e imitava mesmo, mas com o tempo eu fui descobrindo e desenvolvendo meu jeito de interpretar.
Até hoje ouço e canto alguma música de Clara nos meus shows. É um momento mágico, pois ela é muito amada e todo mundo canta com certa saudade dela. Tenho muitos LPs dela. Luiz Gonzaga também faz parte da minha vida musical, pelos mesmos motivos. Ele é único, canta e emociona. Ele aflorou na minha vida bem mais tarde, na realidade foi quando estava na Suíça, longe de casa, que as lembranças das canções de ninar da minha mãe vieram mais fortes.
Guardo uma coleção de tudo que se refere à Gonzaga, LPs, CDs, entrevistas etc. Merecedes Sosa me marcou muito pelas mesmas qualidades que citei. Eu cantava “Gracias a la Vida” e outras canções do repertório dela. Marcou uma época da minha vida e da vida de muitos. Ela é poderosa. Tenho uma coleção também de LPs. E Amália Rodrigues. Ela veio cedo, pois minha tia tinha um LP dela e eu não cansava de ouvir e cantar junto, claro… Assisti um show de Amália em 1990 na Suíça, foi demais. Nenhum deles deixou de ter importância. Todos fazem parte da minha vida e estão presentes sempre, sempre.
Maria Dapaz: Adolescente, formei um grupo com colegas músicos em Afogados da Ingazeira, depois fui convidada pelo “Marajoara” de Sertânia – PE, conjunto de baile famosíssimo na região, mas também em estados vizinhos (Bahia, Ceará, Paraíba, etc). Viajei muito, muito mesmo com esse conjunto. Foi aí que aprendi tudo sobre profissionalismo. Era sério mesmo, ensaio, figurino, hora para chegar etc. Com 15 anos de idade já era profissional e vivia de música. Nunca mais parei.
Maria Dapaz: Até hoje são 16 álbuns (CDs e LPs) no Brasil e na Europa. Ah! São muitos músicos. Nem dá para citar todos, muita coisa… Gravei em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Recife e na Suíça. Eu lanço um trabalho novo a cada dois ou três anos, mais ou menos, mas só gravo um disco quando tenho algo novo que me interessa registrar.
Não me preocupe com o perfil ou em seguir uma linha. Sou intérprete, sou compositora. Às vezes é a intérprete que fala mais alto, às vezes a compositora. Vou indo seguindo as minhas vontades, assim sei que vou fazer com prazer e dedicação. O meu público vai sentir essa verdade e curtir. Tem sido assim até hoje. Em 1999, lancei meu primeiro disco independente “Meu Lugar” produzido pela suíça Jocelyne Aymon, produtora de 11 discos meus.
São seis composições minhas e seis músicas do repertório de Luiz Gonzaga. Arranjos do baiano Bira Marques, sanfona de Dominguinhos. Queria uma sonoridade diferente e Bira Marques entendeu muito bem. Colocou piano, cello, harmônica, moringa, pandeiro… Foi um divisor de água na minha carreira. A música que se destacou e que canto até hoje é “Meu Amor, Meu Amorzinho” composição minha em parceria com Jotta Moreno. Mas todas as músicas do disco tocam até hoje. São clássicos.
E virou projeto da Banda Sinfônica de São Paulo “Gonzaga Sinfônico” em 2005 apresentado no Teatro Sérgio Cardoso. Estreei com a Banda Sinfônica. Foi maravilhoso. Sucesso total. Eu gravei o CD – “Vida de Viajante” ou “Luiz Gonzaga na Voz de Maria Dapaz” em 2003 com Dominguinhos e Oswaldinho do Acordeon tocando sanfona. Imagina a minha felicidade.
E esse CD foi indicado ao Grammy Latino em 2004 nas categorias “Melhor Cantora e Melhor CD de Raízes Brasileiras”. Eu tenho muito orgulho desse disco, é antológico e cheio de emoção. A música que tocou muito foi “Tei Tei no Arraiá” de Onildo Almeida. Primeiro lugar no São João de 2003 na rádio Jornal de Recife. Em Recife, em 2013 gravei “Outro Baião” CD autoral com 14 composições minhas com meus parceiros mais frequentes.
Foi selecionado para o 25º Prêmio da Música no Rio de Janeiro na categoria “Melhor Cantora”. A música “Aconteceu” em parceria com Fátima Marcolino marcou. Em 2015, lancei “A Arte de Amália Rodrigues por Maria Dapaz e Mahatma Costa”. Um show gravado ao vivo no Teatro Santa Isabel de Recife. Uma homenagem aos 1995 anos de Amália. Convidei Mahatma, pois ele é um acordeonista incrível, já trabalha comigo desde 2012.
Ele não conhecia muito sobre Amália e é o que eu queria, pois assim criamos arranjos diferentes, com cores brasileiras. O resultado foi tão bom que lançamos o CD. Só nós dois no palco, voz, violão e acordeom. Adoro esse disco. Também foi pré-selecionado para o Prêmio da Música na categoria “Melhor Álbum MPB”. Vou apontar “Foi Deus” e “Estranha Forma de Vida”, mas todas as faixas são únicas.
Maria Dapaz: Sou eclética puxando para o romântico. A música é minha paixão e isso aflora no meu canto.
Maria Dapaz: Não. Eu ouço grandes cantores e cantoras nacionais e internacionais. Aprendo ouvindo. Acho que aprendi (risos).
Maria Dapaz: Aprendendo a usar bem a voz é importante para não cansar, não desafinar, não ficar rouca. Enfim para aproveitar 100% da voz. Cuidar da voz é tão importante quanto cuidar do corpo. É um conjunto. Tem que ter leveza.
Maria Dapaz: Clara Nunes, Luiz Gonzaga, Mercedes Sosa, Amália Rodrigues, Edith Piaf, Elvis Presley. São vozes inconfundíveis.
Maria Dapaz: Não tenho um processo só. Gosto de compor de dia. Às vezes vem uma inspiração que não dá para explicar, aí tenho que largar tudo e colocar no papel, uso lápis e papel. Pode ser em qualquer lugar. Já fiz música dentro do carro ou em baixo do chuveiro. Às vezes pego o violão, brinco e sai uma melodia. Às vezes vem letra e melodia de uma vez. Tenho vários parceiros musicais. Gosto muito de colocar melodia numa letra desde que a letra me inspire. Senão, não consigo. De vez em quando ouço uma frase que me inspira e desenvolvo o tema. Raramente escrevo apenas a letra e peço para meu parceiro colocar a música.
Maria Dapaz: Jotta Moreno, Nino, Xico Bizerra.
Maria Dapaz: Nossa! Muita gente. Vou falar dos mais conhecidos. Chitãozinho e Xororó, Martinho da Vila, Agnaldo Raiol, Roberta Miranda, Dominguinhos, Elba Ramalho, Sandy & Junior, João Paulo & Daniel, Nalva Aguiar, Ray Conniff, Zezé de Camargo & Luciano, Leandro & Leonardo, Nilton Cézar, Wanderley Cardoso.
Maria Dapaz: Gravei com várias gravadoras: Copacabana, Continental, Brasidisc. Se a gravadora investe no artista e tem poder de fogo, você tem um apoio bastante interessante, na divulgação, liberação de músicas nas editoras, fabricação etc.
Senão, ela atrapalha, pois você não tem independência para divulgar seu trabalho e ela de certa forma impõe um repertório que nem sempre identifica o artista. Hoje não existe mais gravadora então. Eu preferi ser independente em 1999. Escolhi o repertório, o arranjador, os músicos, o técnico, o estúdio enfim. Liberdade é a palavra certa. E comecei a vender discos mesmo.
Mais de dez mil cópias, para um independente é muito.Aí, senti necessidade de ter uma parceria com uma gravadora para a distribuição e venda dos discos. Escolhi a gravadora Atração. Estamos trabalhando junto desde 2003, quando lancei o CD – “Vida de Viajante”.
Tá ótimo. A Atração até produziu o disco “Ô Abre Alas” com as melhores marchinhas de carnaval de todos os tempos. Só escolhi o repertório. Lindo disco, bem arranjado, bem produzido, bem divulgado.
Maria Dapaz: Eu tenho apoio da gravadora Atração que cuida de tudo o que é digital. Minhas músicas estão em todas as plataformas digitais. E tenho a minha produtora Jocelyne Aymon que cuida da produção e divulgação de shows.
Ao longo dessa minha trajetória musical eu conheci muita gente do meio artístico com quem mantive contato. Até hoje esse pessoal me acompanha e me apoia. Também, devo dizer que nem tudo que a gente planeja acontece. As melhores coisas que aconteceram na minha vida não foram planejadas, mesmo. Elas são consequência de uma sequência de ações. A gente planta e colhe. Vejo dessa forma.
Maria Dapaz: Vou seguindo, minha carreira já está desenvolvida. Eu sempre lanço um trabalho novo com muito cuidado. Na escolha do repertório, na parte gráfica, encarte detalhado etc. Música é cultura. A partir daí faço a divulgação básica. Sempre aparece uma novidade.
Maria Dapaz: É um meio poderoso. Podemos colocar na rede o que a gente acha importante, facilita muito. Mas todo mundo pode usar, isso quer dizer que a quantidade de informações é tanto, que se torna mais difícil de destacar. A “concorrência” é enorme e os meios não são iguais. Naturalmente o pessoal apela e aí a qualidade some. De fato o meio disponível é diferente, mas a dificuldade continua a mesma. Tem que trabalhar…
Maria Dapaz: Eu gosto de gravar em estúdio com profissionais. O home estúdio facilitou por um tempo. A tecnologia é ótima, mas falta material humano, gente profissional. A qualidade fica a desejar. Agora, eu uso a tecnologia para fazer pré-produção de disco em casa, é ótimo, prático, ganha tempo. Uso para gravar minhas músicas e mandar para outros artistas. Facilita demais.
Maria Dapaz: É verdade, gravar um disco é fácil, mas se não tiver um público não adianta. Isso se constrói ao longo da carreira. Eu tenho uma trajetória bastante interessante. Meu público é fiel, exigente e agora com as redes sociais os fãs ficam mais próximos e tendem a fazer críticas bastante construtivas.
Isso me ajuda a entender o que eles querem; o que eles pensam; o que agrada etc. Eu sei exatamente o que o povo quer de mim e faço uma divulgação direcionada. Os programas de TVs nos quais me apresentam são direcionados ao meu público. São os meus fãs que divulgam e me divulgam através das redes sociais. É legal.
Maria Dapaz: Não sei como opinar sobre isso. Quem tem um trabalho consistente fica e o resto é passageiro. Basta olhar um pouco atrás. Nem me lembro de quem já sumiu. Difícil dizer, há público para todos.
Maria Dapaz: Dominguinhos. Tinha tudo isso e mais um pouco. Ele participou de vários discos meus e sempre foi um exemplo. Ele me emocionou muito.
Maria Dapaz: Na Alemanha, quando nos esquecemos da roupa de show. Tivemos que sair correndo de taxi, faltando 15 min para as lojas fecharem. Conseguimos, mas foi um estresse e tanto. Até conseguir explicar o que queríamos.
Outro na Suíça, um festival ao ar livre em Berna. Caiu uma chuva daquela e faltou luz… Adeus som, luz etc. Todo mundo se refugiou debaixo de uma tenda enorme, acenderam tochas e fiz o show acústico assim mesmo. Era voz, violão e percussão. Deu certinho. Foi maravilhoso, pois o povo prestou uma atenção danada e cantei por quase duas horas. Inesquecível. Tem que ter jogo de cintura.
Maria Dapaz: Mais feliz quando estou em cima do palco cantando para uma plateia que curte o show. É bom demais. Mais triste: São os nãos profissionais que a gente encontra no caminho.
Maria Dapaz: Moro em Embu das Artes – SP. Essa cidade está focada em artes plásticas e a música não é prioridade.
Maria Dapaz: Não conheço.
Maria Dapaz: Algumas já tocam faz tempo. O povo pede. Mas tocar para virar “chicletinho”, só mesmo pagando o jabá. Nada mudou.
Maria Dapaz: Seja você mesmo e não desista.
Maria Dapaz: Tem artistas que vivem de Festivais de Música. Não é o meu caso. Não curto muito. Já participei, já ganhei como intérprete e com uma composição minha nos anos 80. Houve uma época em que os Festivais de Música eram poderosos, hoje não mais. Os tempos são outros.
Maria Dapaz: Para quem está começando acho que pode ser uma janela.
Maria Dapaz: A mídia precisa do Ibope para faturar e vai atrás do que proporciona esse Ibope até que passa a moda e aí a mídia vai atrás de outra. É o que a gente vê.
Maria Dapaz: Acho ótimo, eu não diria aberto, há um filtro. Para o público bom. São preços populares.
Maria Dapaz: Não posso dizer, não sigo esse caminho. Acho que pode ser uma boa opção sim, tem que se apresentar em algum lugar.
Maria Dapaz: Tem música ao vivo, principalmente nos finais de semana por conta da conhecida feira de artes. Mas, nada que alavanque uma carreira.
Maria Dapaz: Acho que só tem prós. Posso falar por mim, pois morei na Suíça durante quase seis anos, também me apresentei em teatros na França, Alemanha e Portugal. Foi bom demais, gravei três discos, viajei muito, aprendi outra língua e isso é muito importante para o desenvolvimento de uma pessoa.
Conheci muitos artistas de renome, muita gente diferente com quem tenho contato até hoje. Ouvi muita música diferente, inglesa, africana, clássica, francesa, claro. Cresci muito durante esses anos. O artista é formador de opinião e tem que ser aberto a outras experiências. Tem que ter conhecimento, saber tudo da sua profissão. Na hora de dar entrevista tem que saber das coisas. Eu me preocupo muito com isso.
Maria Dapaz: Sim, é verdade. O Nino me chamou para compor um forró e deu sertanejo. Tinha acabado de voltar da Suíça com muitas informações musicais de diversos gêneros e isso aparece na música “Brincar de Ser Feliz”, gravada por Chitãozinho & Xororó.
Tem uma influência cigana, uma sonoridade bem diferente de tudo que os sertanejos gravavam. De uns anos pra cá, eu coloquei essa música no meu repertório. Fico impressionadíssima com a reação do público. O Brasil inteiro canta essa música. Estourou em 1992…
Maria Dapaz: Somos amigos. Ele está na Paraíba. E eu me dediquei mais a minha carreira de cantora. A gente se fala pelo facebook, mas compor mesmo faz tempo que não criamos música nova. A vida passa e as coisas mudam de lugar. Tudo em seu tempo.
Maria Dapaz: A gente se encontra ocasionalmente em festas de música. Estou sempre em contato com o Tiãozinho, o irmão da dupla que trabalha com eles. Gravei com a família inteira, claro que temos bons contatos. São pessoas maravilhosas.
Maria Dapaz: Ele gravou uma música minha “Luz do Meu Luar” em parceira com Papacaça e fui ao lançamento do disco “Pai da Alegria” em São Paulo. Ele mandou me chamar antes do show começar quando soube que estava na plateia e me parabenizou pela música. Ele cantou lindamente. Fiquei muito feliz, Martinho é gente fina. Tinha encontrado com ele no Festival de Montreux na Suíça.
Maria Dapaz: Ele gravou uma música minha “Deixe eu Cuidar de Mim”, gravação maravilhosa, fiquei honrada pois era fã dele há muito tempo. Mas não tenho nenhum contato pessoal.
Maria Dapaz: Ah! Dominguinhos é Pernambucano que nem eu. A gente se encontrou muitas e muitas vezes. Sobretudo na época junina, pois tocamos muitas vezes no mesmo palco. E como ele participou de vários discos meus a gente tinha bastante contato mesmo. Fora isso, temos vários amigos em comum então a gente se encontrava em festa, aniversário. Sinto uma saudade enorme dele.
Maria Dapaz: A gente se encontra casualmente em Recife na época junina e no carnaval. Ela gravou uma música minha em parceria com Xico Bezerra, mas não tenho contato pessoal frequente.
Maria Dapaz: Conheci Zezé antes de ele ser famoso. Estávamos na batalha… Gravou “Bailão de Peão” juntamente com Chitãozinho & Xororó e Leandro & Leonardo no disco AMIGOS, música minha em parceria com Nino. Encontrei várias vezes com ele, mas só contato profissional.
Maria Dapaz: A gente se encontra nos palcos da vida. Ele fez um show na minha cidade, Afogados da Ingazeira, e eu estava na programação no mesmo dia. Só contato profissional. Ele é uma pessoa bacana, divertida, amiga.
Maria Dapaz: Conheço Roberta há muitos anos. Na batalha. Estava na Suíça quando ela estourou, fiquei feliz por ela. Quando cheguei eu a procurei e ela gravou “Vem pra Cá” música minha em parceria com Tivas Miguel. Eu não tenho muito contato.
Maria Dapaz: A gente tem várias músicas em parceria, mas o contato era mais intenso nos anos 90 mesmo. Ele gravou um disco, caiu na estrada e eu também. A gente se fala de vez em quando.
Maria Dapaz: Eu quero continuar gravando discos que me dão prazer. Não trabalho sob pressão. E viajar muito aqui e na Europa. É bom demais. Estou aberta às propostas da vida, sempre há surpresas boas. E gostaria de divulgar meu projeto mais recente “A Arte de Amália Rodrigues por Maria Dapaz e Mahatma Costa”: https://www.youtube.com/channel/UCt6IphSmbHRd0r2mNsDx-fQ | https://www.facebook.com/brasilfado
Confira alguns programas de TV em rede nacional exibido recentemente:
2015 TV Cultura São Paulo. Programa ENSAIO http://tvcultura.com.br/videos/46376_ensaio-maria-dapaz-17-05-15.html
2016 TV Gazeta São Paulo. Programa TODO SEU com Ronnie Von https://www.youtube.com/watch?v=_OM19t6AeiwVVV
2016 TV Cultura São Paulo. Programa SR BRASIL com Rolando Boldrin: https://www.youtube.com/watch?v=IlUg_J-N1iM https://www.youtube.com/watch?v=OqLsvwdvGTc
Maria Dapaz: (11) 99627 – 0936. Esse é o contato da minha produtora Jocelyne Aymon/Jo, pois eu não uso celular, acredite. | www.mariadapaz.com.br | jomaprodart@uol.com.br | www.youtube.com/user/mariadapaz | www.facebook.com/cantoramariadapaz | www.youtube.com/user/mariadapaz
*Faleceu no dia 27 de julho de 2018 em São Paulo. Ela estava internada no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) desde 20 de julho. De acordo com a companheira e produtora de Maria Dapaz, Jocelyne Aymon, a cantora foi diagnosticada com um câncer de pulmão agressivo e sem chances de cura em maio de 2018.
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Sidnei de Oliveira, teve seu primeiro contato com a música em casa – seu pai…
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