Lucas Ghetti
O cantor, compositor e violonista mineiro Lucas Ghetti é apaixonado por cinema e música.
Lucas Ghetti na trilha de sua vida, os compassos vão de Djavan a Adriana Calcanhotto, mas não pode negar diversas influências do Rock e do Jazz norte americano. Sua prática como filmaker o levou a se encantar por trilhas sonoras de filmes e músicas experimentais levando-o aperfeiçoando de uma visão tanto estética quanto sonora: música é respiração e silêncio.
Em seu trabalho como músico, Lucas experimenta a fina bossa do cancioneiro nacional a fim de mostrar sua pesquisa por composições que são pops desde os tempos de ouro da vanguarda nacional.
Segue abaixo entrevista com Lucas Ghetti para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 07.09.2020:
Índice
Lucas Ghetti: Eu nasci no dia 26 de março de 1996 em Além Paraíba – MG. Registrado como Lucas Gouvêa Ghetti.
Lucas Ghetti: Com certeza desde a barriga da minha mãe a música já fazia parte da minha vida. Na minha família a música sempre foi presente e indispensável, minha mãe diz que eu só dormia ouvindo as músicas do álbum “Equilibrio Distante” do Renato Russo. Quando comecei a andar e falar eu costumava ir sozinho até o nosso velho toca discos e colocar o LP – “The Wall” do Pink Floyd e transformava qualquer objeto na minha guitarra imaginária. Comecei a aprender violão quando tinha apenas 7 anos de idade por influência do meu primo Breno Gouvêa, que é um grande músico, compositor.
Lucas Ghetti: Estudei até o Ensino Médio em Além Paraíba – MG e em 2014 fui para o Rio de Janeiro cursar Cinema, que ainda não terminei. Minha formação musical se limita ao violão básico que aprendi ainda criança e às aulas de guitarra do querido cantor, compositor e amigo Marco Antonio Bouquard. Estudei por pouco tempo com Moa Fernandes, que é um querido amigo e grande guitarrista. Continuo sempre estudando e aprendendo por conta própria e sempre progredindo.
Lucas Ghetti: Eu sempre fui muito influenciado por diversos artistas, bandas de diferentes vertentes e gêneros. Na minha família eu tive a oportunidade de crescer ouvindo e conhecendo tanto a MPB quando o Rock. Dentro da MPB eu posso citar nomes como Djavan, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Zeca Baleiro, O Rappa, que talvez seja a minha maior influência, entre muitos outros grandes nomes.
Sobre deixar de ter importância, eu não encaro muito assim, acho que tudo que eu já ouvi ou ouço me influencia até hoje. Todos são responsáveis pelo músico que sou.
Lucas Ghetti: A primeira vez que eu tive a ideia de me apresentar para público eu tinha meus 12, 13 anos de idade. Sugeri a um grande amigo, Pedro Henrique Rezende, que tentássemos fazer um show em algum Bar, qualquer Bar, o importante era tocar. Pedro topou, entrou em contato com outro amigo, o Higor Soffe, que tinha um Cajon e tocava muito bem. Assim começamos o nosso projeto que batizamos de “Soul Acústica”. Eu e Pedro dividíamos os vocais e tocávamos Violão, e o Higor no Cajon. Eram bons tempos, nos divertíamos demais.
Lucas Ghetti: Nunca lancei um álbum, tenho um projeto bem encaminhado para um EP, mas o momento de isolamento social nessa pandemia do novo corona vírus atrasou os planos. Meu trabalho registrado se limita a vídeos de covers no meu canal do youtube.
Lucas Ghetti: Eu me defino como intérprete de MPB/Pop Rock
Lucas Ghetti: Nunca, cantar foi uma coisa natural, que comecei a fazer depois de mais velho.
Lucas Ghetti: Acredito que seja de fato muito importante. Existem momentos em que me faz falta uma técnica. Os cuidados com a voz são essenciais! Existem cantores que acham que são máquinas e que não tem limites.
Lucas Ghetti: São muitos, mas cito: Seu Jorge, Dani Black, Djavan, Caetano Veloso, me espelho muito no Marcelo Falcão, Zélia Duncan sempre foi uma voz que me chamou a atenção, Robert Cray (sem mencionar a guitarra fantástica), Eddie Vedder, Dallas Green, John Mayer, Amy Winehouse, Aretha Franklin…
Lucas Ghetti: Acho que composição não tem “processo”, é algo que vem do nada as vezes, é só deixar fluir.
Lucas Ghetti: Como sou intérprete, eu tenho pouquíssimas composições, a única que eu e minha autocrítica respeitamos foi uma canção em parceria com Breno Gouvêa.
Lucas Ghetti: Acho que o grande “prol” é a liberdade, e a independência no sentido de ver o trabalho e se orgulhar de algo que fez “sozinho”. Quando digo “sozinho” me refiro à ausência de uma gravadora com contrato e tudo mais. “Contra” é a falta de um produtor musical com mais experiencia que artista ou uma gravadora ou investidor que é mais engajado no mercado musical que pode te ajudar a atingir o público mais rápido por conta de contatos e de ter um nome com peso.
Lucas Ghetti: Minha carreira musical sempre girou ao redor de tocar e divulgar o trabalho, atingir as pessoas que se identificam com o gênero musical que atuo.
Lucas Ghetti: Sempre procuro investir em equipamento e na divulgação das apresentações.
Lucas Ghetti: A internet só ajuda, é o meio que uso para me divulgar e levar meu som ao público usando as redes sociais e o YouTube.
Lucas Ghetti: A vantagem é a facilidade, o menor custo, mas vira desvantagem quando a estrutura de um estúdio maior faz falta. Acho estrutura essencial, mas não sou contra home estúdio, acho a ideia maravilhosa aliás.
Lucas Ghetti: Eu sempre aposto todas as fichas na qualidade da obra, se é feito com carinho e amor vai se destacar, mais cedo ou mais tarde.
Lucas Ghetti: O atual cenário me deixa intrigado pelo fato da música popular brasileira, que sempre foi uma identidade brasileira, estar em baixa com relação ao mercado musical. Os bons artistas estão por aí, eles precisam de atenção e oportunidades, precisam ser ouvidos e entendidos. Sobre artistas revelação: Dani Black vem cada vez mais forte, mais maduro, com um trabalho consistente, lindo e bem produzido. Falar sobre quem regrediu é um assunto delicado, mas acho que o Marcelo Falcão após a saída da banda O Rappa ainda não conseguiu se acertar, “Viver (mais leve que o ar)” não é um disco ruim, mas me deixa com saudade do Marcelo Falcão vocalista da banda O Rappa.
Lucas Ghetti: O João Bosco sem dúvidas é um deles, acho que é um patamar acima de muita coisa, shows fantásticos, um monstro no palco, canta demais, toca demais. Um artista completo.
Lucas Ghetti: Às vezes acontecem esses tipos de situação citada na pergunta. Já passei mal tocando, já teve bêbado caindo em cima dos músicos da banda. Já teve caso de baixista não aparecer no show… São muitas histórias…
Lucas Ghetti: O que me deixa mais feliz é ter o retorno positivo do público. Já o que me deixa mais triste é saber das dificuldades de conseguir uma visualização de expressão, mas nunca desistiria disso.
Lucas Ghetti: O Dom Existe. Eu costumo dizer que dons precisam ser aprimorados. Alguém pode ter o dom para algo, mas se não for aprimorado o dom não é o bastante.
Lucas Ghetti: Improvisação musical é o que mais aguça o processo criativo de um músico.
Lucas Ghetti: Existe, porém não é qualquer músico que tem o conhecimento para executar, exige estudo, mas é algo que se aprende sentindo e fazendo.
Lucas Ghetti: Para mim só existem os “prós”. Métodos servem para organizar o conhecimento que você vai absorver. Os métodos são necessários para que o músico entenda as harmonias (acordes) e os tons para que ele seja bom na improvisação.
Lucas Ghetti: Eu defendo a ideia de que qualquer estudo é válido, quanto mais informação você absorve, mais você domina a música (ou qualquer outro assunto).
Lucas Ghetti: Porque não? Eu sempre acredito no meu potencial, se eu não acreditar quem vai?
Lucas Ghetti: Eu apoio, digo que se precisar de mim será um prazer ajudar. Nós músicos temos que nos ajudar, nos levar para frente, quando um vai, o outro também vai.
Lucas Ghetti: Festivais de música são uma maneira maravilhosa de conhecer novos talentos, apresentar seu trabalho e saber a opinião dos jurados é uma devolutiva muito importante e é muito emocionante. Ficar esperando para saber o resultado naquela tensão toda é maravilhoso.
Lucas Ghetti: Não como era antigamente, mas ainda existem essas revelações e continuam sendo relevantes.
Lucas Ghetti: É injusta a cobertura feita pela grande mídia, ninguém tem mais visibilidade que os artistas do Sertanejo Universitário e do FUNK. Não tenho nada contra esses gêneros, mas acho que não sobra espaço para os ouros gêneros na grande mídia.
Lucas Ghetti: Acho que é de grande ajuda, o músico precisa desse tipo de ajuda.
Lucas Ghetti: Em Além Paraíba – MG tocar em Bar não é uma boa opção, é muito difícil. Não pagam a ponto de o músico sobreviver com o cachê, mas ainda dá para ganhar um dinheiro para complementar a renda.
Lucas Ghetti: Pretendo lançar meu EP e tentar atingir mais e mais pessoas com o disco e com o meu trabalho com covers no youtube para quem sabe um dia projetar algo maior.
Lucas Ghetti: (21) 98743 – 2513 / lucasgghetti@hotmail.com
https://www.facebook.com/lucas.ghetti
Instagram: @lucas_ghetti
Canal: https://www.youtube.com/channel/UCdU-5htA8S_cI1O45u2nQkQ
Live Encontro – Lado B e Marco Antonio Bouquard: https://www.youtube.com/watch?v=j4IZWDT__0I
Cunhataiporã – Tetê Espindola: https://www.youtube.com/watch?v=XOUkXtW61RE
Ainda é Cedo – Legião Urbana: https://www.youtube.com/watch?v=U-aPvXsPWr0
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