Flávia Lima
Flávia Lima é natural de Juiz de Fora onde passou a maior parte de sua vida. Formou-se em Educação Física, atividade que exerceu por mais de 30 anos concomitantemente com o trabalho de administrar uma cafeteria de que era sócia.
A música faz parte de sua vida desde a infância, o irmão mais velho tinha uma banda e a mãe promovia shows em Juiz de Fora de artistas como Ângela Ro Ro e a dupla Luli e Lucinha (hoje conhecida como Lucina Carvalho). Assim ela cresceu ouvindo muita música e participando dos bastidores de vários eventos musicais. Mas foi na capoeira, por volta de 1979, que ela começou a tocar instrumentos de percussão.
Logo encantou-se com o pandeiro, mas só a partir de 2008, após conhecer seu atual companheiro que é violonista, cantor e compositor é que passou a se envolver com a música de maneira mais efetiva fazendo aulas de teoria musical, pandeiro, prática de conjunto, entre outras. Atualmente, ela se dedica ao aprendizado de instrumentos de percussão e de canto.
A partir de 2010 começou a acompanhar músicos e grupos musicais como percussionista em shows e eventos. Em 2015 participou da gravação do CD – “Quebra o Coco” de Andréia Lira e em 2017 da gravação do DVD – “Capoeira Meia Lua”. Em 2018 fez uma participação especial em um show de Lucina Carvalho.
Recentemente, ao participar da oficina dos “Sons Curativos” ministrada pela cantora/compositora Lucina Carvalho, descobriu que era capaz de compor mesmo sem saber tocar instrumentos melódicos ou harmônicos. Em 2019 se classificou em primeiro lugar na segunda batalha do Festival da Canção Microfone Aberto promovido pela Rádio Facom UFJF com a música Ilusão de Ser Alguém, ficando em terceiro lugar na final do Festival.
Um dos fatores de grande influência nas letras de suas composições é a ligação com a natureza. Por muitos anos ela se dedicou à prática de atividades que propiciavam um contato direto com a natureza como trekking, rafting, canyoning e escalada em rocha, fazendo travessias como a de Petrópolis /Teresópolis, dando a volta na Ilha Grande, escalando montanhas como Dedo de Deus, Pão de Açúcar, Corcovado entre outras. Para ela essas são atividades que induzem à meditação e reflexão, em especial, as que envolvem um certo grau de risco.
Hoje, dois anos após começar a compor, Flávia Lima tem mais de 25 composições e acaba de gravar seu primeiro EP – “Apenas ser” cujo lançamento está marcado para fevereiro de 2020 juntamente com o vídeo clipe da música que dá nome ao mesmo – “Apenas Ser”.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Flávia Lima para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 14.02.2020:
Índice
Flávia Lima: Nasci no dia 11 de setembro de 1960 em Juiz de Fora, MG.
Flávia Lima: A música faz parte da minha vida desde a infância, mas foi por volta 1978, quando comecei a praticar capoeira, que tive contato com instrumentos de percussão e de pronto encantei-me com o pandeiro.
Flávia Lima: Sou formada em Educação Física com Pós-Graduação em Treinamento Desportivo. No que se refere à música, em 2008 me matriculei na Escola de Arte Pró-música de Juiz de Fora – MG e comecei a fazer aulas de Teoria Musical, Pandeiro, Prática de conjunto e a participar de oficinas de Choro. Atualmente faço aulas de canto, de percepção rítmica aplicada ao Cajon e de Percussão.
Flávia Lima: Já curti de quase tudo um pouco: Música clássica, Rock, Pop, Heavy metal, MPB, Samba, Choro, Bossa Nova, entre outros estilos. De uma maneira ou de outra, todos foram importantes e deixaram suas influências e isto não se perde.
Flávia Lima: O meu envolvimento com a música de uma maneira mais engajada aconteceu por volta de 2010 quando comecei a receber convites de músicos locais para tocar como percursionista. Quanto a começar a compor já foi algo mais recente, final de 2017. Com o incentivo de familiares e amigos para que eu compartilhasse minhas composições, lançar um EP se tornou um projeto após a aposentadoria.
Flávia Lima: Em 2020 lancei meu primeiro EP – “Apenas ser” com quatro músicas de minha autoria que apresentam ritmos diferentes: “Apenas ser”, “Ilusão de ser alguém”, “Saber pra quê”, “Criatura Criador”. Participaram desse projeto meus amigos e parceiros Márcio Duarte e Luciana d’Ávila e o percussionista Álvaro Moutinho. O lançamento do EP foi dia 7 de fevereiro de 2020.
Flávia Lima: Embora eu tenha composto um maior número de sambas, sinto não ter um estilo definido.
Flávia Lima: Desde que surgiu a vontade de eu mesma interpretar as minhas composições, comecei a fazer aulas de canto. Nunca havia pensado em cantar até então e confesso que estou gostando, é como diz o ditado: “quem canta seus males espanta”.
Flávia Lima: Fundamental para quem canta e no meu caso em particular faz toda a diferença, sem estes quesitos não teria coragem e nem condições de cantar.
Flavia Lima: Elis Regina, Gal Costa, Maria Bethânia, Zélia Duncan, Clara Nunes, Loreena McKennitt, apenas para citar algumas pois a lista é muito grande.
Flávia Lima: Como não toco nenhum instrumento melódico ou harmônico, eu nunca havia imaginado que seria capaz de compor, foi algo que aconteceu de maneira espontânea e assim continua, sem um processo determinado. Acredito que somos apenas um canal através do qual a música se manifesta.
Flávia Lima: Atualmente, tenho apenas duas músicas em parceria, uma com meu companheiro João Célio e outra com o amigo e parceiro Márcio Duarte que é quem faz as harmonias das músicas que componho, salvo algumas exceções. Quem sabe no futuro surjam mais parcerias, seria muito bom.
Flávia Lima: Até o momento, ninguém.
Flávia Lima: Uma carreira independente te permite ter liberdade para decidir como e quando fazer. A desvantagem é ter que se envolver com as várias questões que fazem parte do planejamento de uma carreira musical sem um suporte mais amplo.
Flávia Lima: Dedicação, organização e divulgação.
Flávia Lima: Nenhuma. No meu entender uma ação para ser considerada empreendedora deve preencher determinados requisitos e não seria este o meu caso.
Flávia Lima: A internet é hoje uma das principais ferramentas de divulgação e a mais acessível, sendo de grande ajuda.
Flávia Lima: Acredito que para muitos o home estúdio seja uma ótima opção para gravar músicas e, assim, poder divulgar o trabalho. É possível encontrar excelentes produções feitas em home estúdio.
Flávia Lima: Por não estar em busca de sucesso não me preocupo com a concorrência ou em me destacar. Fico feliz de poder compartilhar minhas composições, fruto de momentos de criação e reflexão e se de alguma maneira elas tocarem a alguém isso já basta.
Flávia Lima: A música brasileira é muito rica e diversa apresentando um cenário muito amplo e variado de acordo com os diferentes segmentos sócio/culturais. Temos muitas coisas boas e também ruins. Nomes como Lenine, Zeca Baleiro, Mar’tnália, Maria Rita, Maria Gadú se revelaram ao longo dessas últimas décadas. São muitos que ainda permanecem de forma consistente no cenário musical e outros não, mas isso não significa que regrediram.
Flávia Lima: Djavan, Paulinho da Viola, Chico Buarque, Zélia Duncan entre outros.
22) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?
Flávia Lima: Nunca passei por nenhuma dessas situações.
Flávia Lima: Fico feliz de compartilhar o que faço e triste quando há falta de compromisso com quem trabalho.
Flávia Lima: Temos um cenário musical muito rico e que só vem aumentando. Juiz de Fora – MG abriga músicos de excelente qualidade. É uma cidade que apresenta ótimos espaços culturais e contamos também com muitos projetos ligados a música que acontecem durante todo o ano dando oportunidade para muitos que estão começando.
Flávia Lima: São muitas as opções em Juiz de Fora – MG: Mamão, Dudu Lima, Caetano Brasil, Eminencia Parda, Onze:20, Roger Rezende, Thiago Miranda, Lúdica Música, Laura Jannuzzi, Tata Chama & As Inflamáveis, Uiara Leigo, Luciana d’Avila.
Flávia Lima: Difícil dizer se minhas músicas tocarão nas rádios sem pagar o jabá.
Flávia Lima: Siga sua intuição e nunca desista.
Flávia Lima: Não tenho nada contra. Os Festivais de Música são uma vitrine para compositores, músicos e interpretes e acredito que mesmo que eles não tenham mais a projeção de anos atrás ainda são importantes.
Flávia Lima: Sim.
Flávia Lima: Tendenciosa, a grande mídia atua de acordo com os interesses do capital.
Flávia Lima: São muito importantes.
Flávia Lima: Sim, mas em Juiz de Fora – MG deixa muito a desejar quanto a valorização do profissional da música.
Flávia Lima: Divulgar meu trabalho e gravar o próximo EP e vídeo clipe.
Flávia Lima: (32) 98840 – 5894 | flavialimareflexoes@gmail.com
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|Vídeo clipe de “Apenas Ser”: https://youtu.be/ftFDLEP_A54
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