Donizete Batista
O cantor, compositor pernambucano Donizete Batista, começou sua carreira nos anos 80 quando participou de vários festivais de música regional e fazendo jingles políticos.
Em seguida dedicou-se ao legislativo municipal, voltando a compor em 2001 fazendo parcerias com Flávio Leandro, e sendo gravado pelo o mesmo parceiro e por nomes como: Trio Virgulino, Nádia Maia, Sanfonéia, entre outros. Realizando um crescente trabalho de composições, sempre comprometido com a raiz e a essência da música Nordestina, particularmente com o Forró, sua veia artística pronuncia-se e aflora a todo instante, suas composições retratam e revelam os anseios e sentimento do povo sertanejo, dosadas de maneira equilibrada e com a preocupação em manter viva a nossa cultura e firme no propósito de levantar a bandeira e conservar o forró nosso de cada dia.
Seguidor de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos e outros grandes nomes, Donizete Batista já tem bastante experiência de palco e de público com um domínio incrível e com uma presença marcante. Seu repertório é composto com músicas de sua autoria e também de grandes nomes da música nordestina e brasileira. Artista versátil, mostra seu talento numa voz inconfundível e interpretações do melhor Forró autêntico.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Donizete Batista para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 13.08.2021:
Índice
Donizete Batista: Eu nasci no dia 30 de maio de 1964 em Parnamirim – PE.
Donizete Batista: Meu primeiro contato com a música, foi em meados de 78 em um projeto chamado Mobral Teca. Era um projeto ambulante que os músicos se apresentavam em caminhão todo equipado de som. Eu fui convidado a participar, era adolescente e já gostava de cantar.
Donizete Batista: A minha formação musical foi na escola da vida. A minha formação acadêmica é em Pedagogia.
Donizete Batista: As influências do passado dentro do meu estilo musical, não poderia deixar de ser Trio Nordestino, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Jorge de Altinho, etc. Atuais, Flávio Leandro, Flávio José, entre outros. Ninguém deixou de ter importância, todos permaneceram como influências musicais.
Donizete Batista: Posso dizer que a carreira profissional começou mesmo pra valer, em 2009. Eu já tinha músicas gravadas por muitos artistas, tinha participado de vários festivais de música, já havia ido a São Paulo para gravar um disco em 1989, mas para me dedicar cem por cento a música só em 2009 quando gravei meu primeiro CD. E isso foi fruto do incentivo da minha mulher que dizia sempre vá gravar um CD, você fica só dando músicas aos outros (risos).
Donizete Batista: Tenho seis CDS gravados e aguardando o sétimo. Em 2009 o primeiro CD – “Tá tudo bem”. Em 2010 o segundo CD – “A vida é massa”. Em 2012 o terceiro CD – “Meu sertão”. Em 2013 o quarto CD – “Ao Vivo”. Em 2015 o quinto CD – “Vida Simples”. Em 2017 o sexto CD – “Nos braços do nordeste”.
Donizete Batista: Defino meu estilo musical como o autêntico Forró.
Donizete Batista: Não.
Donizete Batista: É importante demais, porque você aprende todo macete de como cantar. Meu cuidado com a voz não é muito. Apenas quando estou numa sequência de shows que procuro evitar gelados, comer maçãs e evito toma refrigerantes no dia a dia.
Donizete Batista: Admiro muita gente, Flávio José, Flávio Leandro, Jorge de Altinho, Alcymar Monteiro, Elba Ramalho, meu amigo Assisão e muitos outros.
Donizete Batista: É repentino, as vezes estou fazendo algo ou viajando e a melodia me vem à cabeça, aí tenho que no mínimo fazer um rascunho para depois terminar. Mas normalmente faço na hora letra e melodia. A não ser quando é uma parceria, que nesse caso mando o “rascunho” para meu parceiro musical.
Donizete Batista: Flávio Leandro, Elmo Oliveira, Bosco Carvalho, Gileno Menezes, estou fazendo uma canção agora com o poeta Gonzaga Neto e outros amigos.
Donizete Batista: Flávio Leandro, Nádia Maia, Trio Virgulino, Trio juazeiro, Sinfonéia, entre outros.
Donizete Batista: O bom é que você é dono do seu próprio nariz, faz do seu jeito. O ruim é não ter uma pessoa fazendo para você e correndo por você.
Donizete Batista: Fora do palco, procuro me manter em contato sempre com gente do meio da comunicação e promotores festas, pessoas influentes, etc. No palco procuro ser o mais profissional possível, mas sempre na minha simplicidade.
Donizete Batista: Para falar a verdade, não tenho feito muito isso não. Minhas ações tem sido poucas.
Donizete Batista: A internet é uma importante ferramenta para divulgarmos e para expandirmos nossos trabalhos. Permitindo que fiquemos em nossa cidade, em nossas casas e ainda assim mantermos conectados com o mundo. O ruim é que ficamos também muito exposto e todo mundo que faz músicas ruins tem o mesmo acesso que nós.
Donizete Batista: A vantagem é você ter como fazer música mais rápido, com acesso fácil, fazer ensaios por exemplo. O ruim é com todo mundo fazendo música em home estúdio, muitas vezes acontece que com esse fácil acesso as pessoas barateiam seus serviços e perdem em qualidade. Sem contar que atrapalham as vezes os grandes profissionais.
Donizete Batista: O que faço é justamente me manter mais autêntico, falando uma linguagem simples, mas sem perder a essência nem me desvirtuar.
Donizete Batista: O bom e velho Forró permanece com qualidade, ele tem sido atrapalhado e atropelado pelos falsos ritmos que se dizem forró. O que é por culpa da falta de sintonia e de irmandade dos artistas autênticos.
Donizete Batista: Flávio José, Jorge de Altinho, Alcymar Monteiro, Flávio Leandro, etc.
Donizete Batista: Temos muitas dessas situações, principalmente com relação a cachês. Mas uma situação que não me sai da cabeça, foi em um show em Ubaitaba – BA. Eu estava no meio do show, fazendo nosso bom Forró e aí parei, comecei a interagir com o público e disse: Olhem, eu sou forrozeiro, mas gosto também de cantar o nosso maluco beleza e cantei “Cowboy Fora da Lei”: “Mamãe não quero ser prefeito, pode ser que seja eleito…”. Quando terminei, um cara gritou lá no fundo! É mais bom mesmo é Luiz Gonzaga! Aí eu arrochei músicas do Gonzagão! (risos).
Donizete Batista: O que me deixa feliz é poder ouvir minha música tocando nas rádios e por gente de bem e gente que entende realmente da boa música gonzagueana. É poder constatar que entramos num universo de bons cantores de Forró. Agora o que mais me entristece é ver a falta de compromisso por parte de quem é responsável por fazer e promover a cultura, a exemplo dos governantes e secretários de cultura. É saber que a desonestidade é a principal bandeira de muita gente.
Donizete Batista: O “Forró Universitário” foi um movimento muito bom, estávamos num momento de esquecimento e o pessoal ressuscitou o Forró e levou para juventude, principalmente a paulistana.
Donizete Batista: Os grupos que mais me chamaram a atenção, por ironia do destino. O principal, foi Trio Virgulino, que já conhecia daqui de minha cidade e havia se mudado para São Paulo. E aí gostei de muitos outros, Falamansa, Bicho de Pé, etc.
Donizete Batista: Na verdade eu sei que são muitas as rádios que tocam as músicas estrangeiras de graça e querem cobrar jabá para tocar a nossa música, mas nunca me submeti a pagar o jabá. Tenho tido sorte de conhecer bons comunicadores e divulgares da nossa música e eles tem tocado minhas músicas nos seus programas. Graças a Deus!
Donizete Batista: Digo que não é fácil. Que é amargo e muitas vezes decepcionante, mas que não podemos desistir.
Donizete Batista: Antigamente os Festivais de música foram mais reveladores e mais atrativos. Hoje já quase não existem e os que existem são praticamente os televisivos e sem músicas inéditas, aí não acho interessante não.
Donizete Batista: Conheço poucos Festivais de Música. Mas pouco revela novos talentos.
Donizete Batista: A cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira é um desastre. Só tem cobertura para o que não presta. As besteiras ocupam quase tudo, sobra pouco espaço para o que é bom. Talvez porque alguns artistas não se submetem pagar o jabá.
Donizete Batista: Para falar a verdade eu nem sei analisar bem, porque nunca me abriram espaço. Mas se faz para alguém já é louvável. Pena que as vezes fazem mais para quem já é famoso.
Donizete Batista: As bandas de Forró dos anos 90, elas trouxeram uma boa contribuição para o Forró, principalmente com bons compositores. Depois elas foram se perdendo e chegamos as atuais que em nada contribuem. É uma porcaria e o pior é dizerem que são Forró, se não dissessem não haveria contestação. O mal é se auto intitularem como Forró atualmente. E o pior não podemos proibir, pois não definimos nunca o que realmente é Forró. Culpa do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e suas burocracias para reconhecer o Forró como Patrimônio Imaterial da Cultura.
Donizete Batista: Estamos aguardando passar esse momento difícil de pandemia do Covid-19, para lançar mais um EP e um clip com a participação dos amigos: Flávio Leandro e Joquinha Gonzaga.
Donizete Batista: (87) 99623 – 3392 | https://web.facebook.com/donizete.batista.52
| https://www.instagram.com/donizetebatistaforro
Canal: https://www.youtube.com/channel/UCGo-J-jrCgUlxTf3USi7hkw
Donizete Batista – “Meu Alimento” – (Clipe Oficial): https://www.youtube.com/watch?v=W71d-S2N9fU
PORQUE SERÁ? – DONIZETE BATISTA: https://www.youtube.com/watch?v=ETQLfrx9yW0
DUVIDO – DONIZETE BATISTA: https://www.youtube.com/watch?v=Muz0m98_P6Q
NOS BRAÇOS DO NORDESTE – DONIZETE BATISTA: https://www.youtube.com/watch?v=uKiRwgFeqZ0
BEIJO DE BOM DIA – DONIZETE BATISTA: https://www.youtube.com/watch?v=SoBJg0mlP3g
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