Cicinho Silva
Cicinho Silva diretor musical do espetáculo “Oh saudade” de Neide Gara-pé, um espetáculo lindo.
Entrou no mundo da música aos 11 anos de idade com os ensinamentos do pai Luiz de Nazaré, tocando instrumentos de percussão. Com 15 anos iniciou seus estudos de Acordeon. Seu primeiro professor foi seu pai, sanfoneiro, cantor e apresentador. Em 2000 entrou para o Conservatório Orestes Sinatra (antigo Conservatório Francisco Braga) e teve aulas com a maestrina Claudia Sinatra, Clécio Cavalcante. Em 2003, no quinto ano de estudo, transferiu-se para o Conservatório CNCM – Centro Nacional de Cultura Musical, tendo aulas com o professor Roberto Bueno. Em 2006 ingressou na Universidade Livre de Música (Centro Tom Jobim) onde se formou acordeonista em 2008 com o professor Gabriel Levy. Pela Universidade tocou com a Orquestra Popular Tom Jobim por um ano sob a regência do maestro Paulo Tiné. No mesmo ano teve aulas com grandes nomes no Acordeon como a concertista e professora Regina Weissmann no Conservatório RW, o acordeonista Toninho Ferragutti. Em 2010, iniciou-se nas aulas com grande músico considerado um dos melhores acordeonistas do Brasil e do mundo Oswaldinho do Acordeon, com quem segue tendo aulas desde então.
Estudou Harmonia na ULM com Julio Cesar Figueiredo, também com o guitarrista Mozart Mello, e com o grande pianista de Jazz Wilson Curia e aulas com a pianista e arranjadora Debora Gurgel.
Em 2016 iniciou estudo de música erudita e técnicas com maestro e acordeonista italiano Emanuelli Rastelli. Em 2017estudou Harmonia e Arranjo com a grande pianista Débora Gurgel. Em 2020 se formou em Harmonia, Improvisação, Teoria musical e Acordeon em EAD pela Faculdade Federal do Rio Grande do Norte (FestivalFimuca).
Cicinho Silva já tocou e toca com vários artistas são: Trio Xamego, Banda Rastapé, Anastácia, a Rainha do Forró, Oswaldinho do Acordeon, Otaviano Costa, Trio Alvorada, Banda Forrueiros, Edson Duarte, Mestre Marrom, Trio nordestino, Bastião, Fi Bueno, Zeca Baleiro, Tião Carvalho, Quinteto Violado, etc.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Cicinho Silva para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa 08.04.2021:
Índice
Cicinho Silva: Nasci no dia 03.01.1985 em São Paulo – SP. Registrado como Cícero Luiz Severino da Silva.
Cicinho Silva: Meu primeiro contato com a música com certeza foi ainda na barriga da minha mãe Cícera Maria da Silva (risos), pois minha família é de músicos, meu pai Luiz Severino da Silva, era sanfoneiro, foi fundador da Praça do Forró no bairro de São Miguel Paulista, era organizador de eventos. E sempre tinha músicos na minha casa e eu desde criança estive no meio de ensaios e shows. Mas o primeiro contato com um instrumento foi aos 7 anos de idade, meu pai, também conhecido como Luiz de Nazaré me dava a sanfona e pedia para eu mexer, eu não sabia nada, mas ficava apertando as teclas e movimentando o fole (risos).
Cicinho Silva: Cursei o ensino médio e comecei um curso na Faculdade, mas não dei continuidade. Na música tenho formação clássica e popular, me formei no Conservatório Orestes Sinatra, foi a minha primeira formação, depois na ULM – Universidade Livre de Música (Centro Musical Tom Jobim) Acordeon Popular. E desde então, venho estudando com grandes mestres da música.
Cicinho Silva: Minhas influências sempre foram dentro do gênero do Forró Pé de Serra, Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Sivuca, Oswaldinho do Acordeon, Trio Nordestino, Anastácia, e vários outros. Hoje ainda tenho esses mestres como referência, mas devido ter mais conhecimento musical e a internet ajuda a divulgar com mais facilidade, informações, escuto de tudo, música clássica, Bach, Mozart, Choppin, Jazz, Joe Pass, Oscar Peterson, Charlie Park, ART Van Damme, Richard Galliano, Franck Marocco, música cubana, tango, gosto de tudo e todos esses estilos são influências, não tem ninguém que eu já estudei ou escutei que tenha deixado de ser referência.
Cicinho Silva: Minha carreira começou em 1998 aos 13 anos de idade, em um show que meu pai Luiz de Nazaré estava tocando, em uma Praça Pública era um show da Secretaria de Cultura, estava lotado, e ele me chamou no palco, me apresentou e pediu para eu pegar a sanfona e tocar uma música, dali em diante não parei mais.
Cicinho Silva: Eu já gravei com muitos artistas, mas não gravei um álbum meu ainda, mas já dei início em fevereiro de 2021, com participações de músicos maravilhosos do cenário brasileiro. Está sendo um álbum de música instrumental brasileira, com muitas influências, como Baião, Ciranda, Maracatu, Forró, Samba.
Cicinho Silva: Sou músico brasileiros, porque o músico por mais que tenha um estilo, ele sempre está aprendendo e se preparando para as diversidades musicais que pode encontrar. Eu toco muito e gosto de Forró Pé de Serra, porém sempre estou gravando e tocando de tudo. Desde o Forró ao Rock, Reggae, Bolero, Jazz, e por aí vai. Sou bem eclético. Gosto de todos estilos, sempre toco de tudo.
Cicinho Silva: Nunca estudei canto (técnica vocal).
Cicinho Silva: Não estudo técnica vocal, mas por estuda música a muitos anos, vejo que o canto é importante para aguçar a percepção, melhorar a afinação, não só da voz, mas do ouvido. É importante estudar técnica vocal para melhora a interpretação na hora de executar uma música.
Cicinho Silva: Gosto muito de Anastácia, Marinês a rainha do XAXADO, Carmélia Alves a rainha do Baião, Clara Nunes, Alcione, Nara Leão, Elizeth Cardoso, Ivete Sangalo, Cláudia Leite, Ella Fitzgerald, Nina Simone, Mirian Makeba, Claudette Soares, Elba ramalho, Nana Caymmi e várias outras.
Cicinho Silva: Não tenho um processo para compor. Tenho músicas instrumentais e cantadas, e todas saíram na hora. Eu pego o instrumento estou praticando e no meio das improvisações vai nascendo melodias e surgindo as composições.
Cicinho Silva: Tenho poucos parceiros. Sou novo no ramo de composição, mas tenho parceiros como: Neide Gara-pé, Digo Ferreira, Luiz Santos.
Cicinho Silva: Tenho música que já foi gravado pelo maravilhoso Oswaldinho do Acordeon no CD da cantora Neide Gara-pé, outra gravada pelo formidável: Toninho Ferragutti e Mestrinho no CD do Trio Alvorada. E me sinto muito honra do por ter esses grandes acordeonistas executando em CD uma música minha.
Cicinho Silva: Os prós em desenvolver uma carreira musical independente é que você faz da maneira que sabe que irá te agradar. E vai cuidar de cada detalhe da sua maneira. Os contras é que fica cansativo, ter que cuidar de tudo. Tocar, gravar, compor e ainda ter que divulgar, ter reuniões para fechar contratos, shows. Ter um produtor ou empresário ajuda também (risos).
Cicinho Silva: Meu planejamento começa pelo público que vai escutar e dançar. Eu penso em tocar ou gravar para agradar quem dança. Vejo se está em um andamento bom a música, se o arranjo é comercial, cantável para quem vai escutar. Penso bastante em quem a música vai alcançar e como alcançar. E a divulgação por redes sociais, plataformas ajuda bastante.
Cicinho Silva: Como uma ação empreendedora, eu escuto muito o que está sendo tocado no circuito musical que convivo. Eu, vejo como estão fazendo para divulgar, se é mídia sociais, por mensagens. Além de divulgar pelos meios de comunicação que existem. E também acredito na maneira antiga, que é o artista falar com cada pessoa e ir conquistando um a um. E essas pessoas conquistadas irão propagar seu trabalho com certeza.
Cicinho Silva: A internet ajuda muito, principalmente artistas de pequeno porte e que não tem empresário. Através da internet pode fazer uma boa divulgação, ganhar mais fãs para seu trabalho. Não acho que a internet prejudique uma carreira a não ser que o artista não saiba usá-la de maneira correta.
Cicinho Silva: A vantagem é poder fazer um álbum com baixo custo e poder divulgar o trabalho sem depender de grande produção executiva. Em home estúdios já vi sair muito álbuns bons. Mas com um estúdio profissional e grande você tem mais recursos. A desvantagem é que muitos que tem home estúdio, não tem um curso técnico ou universitário para operar com destreza um programa de gravação e usufrui de toda tecnologia do sistema para poder ter um trabalho com altíssima qualidade. Mas acredito que a cada dia músicos que tem home estúdio estão se aprimorando até chegar a um nível profissional de um técnico formado de um estúdio grande.
Cicinho Silva: Para ter um álbum diferenciado e poder ganhar espaço no mercado o planejamento começa desde a gravação da guia de voz, fazer um bom arranjo. E pensar em quem vai dançar, escutar e se pôr no lugar desses ouvintes. Pensar antes de finalizar o álbum qual o nicho que você tem e quer alcançar. Na conclusão do álbum pensar bem na estratégia de divulgação. Pedir para amigos e fãs divulgar, publicar seu trabalho.
Cicinho Silva: O cenário do Forró ainda é algo muito cultural. Já teve um período na grande mídia, mas voltou a ser cultural mesmo as vezes tocando em uma rádio ou aparecendo em um programa de TV. As pessoas ainda olham o Forró como algo regional cultural. Nos últimos 20 anos surgiram grupos formidáveis como Falamansa, Trio Virgulino, Rastapé, Circuladô de Fulô e outros. O Forró no geral está ganhando sempre espaço nos Estados e nos países, mas perdeu espaço na grande mídia que tinha quando surgiu Falamansa, Rastapé, devido ter surgido outros estilos com poder empresarial maior. Mas o Forró está firme e forte e aos poucos ganha mais espaço. Mas essas bandas que surgiram a 20 anos perderam força na grande mídia em geral. Em um show levam público, enche o local, mas quase que de maneira particular de divulgação, usando as redes sociais e a grande maioria são os fãs das bandas que fazem a divulgação boca a boca e arrastando amigos para o show. Diferente de outros estilos que estão na grande mídia, estão com força e divulgam, nas rádios, TV e alcançam um público muito maior.
Cicinho Silva: Anastácia, a rainha do Forró, uma pessoa admirável. Uma grande artista, é humilde e sempre está de bom humor. O Mestrinho, um grande sanfoneiro, Oswaldinho do Acordeon, Toninho Ferragutti, Neide Gara-pé. São artistas que conheço e são super profissionais.
Cicinho Silva: As situações mais inusitadas é quando chove e o público não chega no evento (risos), aí o contratante já quer diminuir o cachê, e aí a carreta várias coisas. Outra situação inusitada é quando cai a energia e o espaço não tem gerador de energia; muitas vezes já toquei de maneira acústica devido acontecer esse fato (risos).
Cicinho Silva: Deixa-me muito feliz ver o público cantar, dançar quando estou tocando e olhar e ver nos olhos deles a alegria de estarem ali no show. E me deixa triste quando acontece imprevistos, como atraso para começar o show, quando o instrumento para no meio do show, já aconteceu de queimar a elétrica do instrumento durante o show.
Cicinho Silva: Foi uma explosão maravilhosa, devido esse movimento surgiram várias bandas, artistas. O forró se propagou mais. Artistas antigos que estavam esquecidos pelo público voltaram as atividades e estão no mercado até hoje com força total.
Cicinho Silva: Bicho de Pé, Rastapé, Bando de Maria, Circuladô de Fulô, Falamansa, Forrueiros e outros.
Cicinho Silva: Eu acho difícil músicas tocarem na rádio sem pagar o jabá. Em rádio pequena até pode ser possível. Em emissora grande, acredito que não toquem sem pagar o jabá, a não ser que o artista tenha muita amizade com algum produtor da rádio. E olhe lá!
Cicinho Silva: Vá em frente, é um trabalho lindo, digno de respeito como qualquer carreira. E faz muito bem para alma e saúde. A música é vida.
Cicinho Silva: Os prós de Festival de Música é que se faz uma boa divulgação e podemos conhecer artistas e bons músicos. O contra é que geralmente tem panelas, se o músico não souber socializar pode ao invés de alavancar a carreira, dificultar mais as coisas. E tem festivais que existem “os preferidos” do júri, isso é péssimo. Acredito que por ser festival, deveria ser julgado a competência e qualidade artística.
Cicinho Silva: Sim, muitos festivais lançam músicos maravilhosos.
Cicinho Silva: Muito defasado a cobertura feita pela grande mídia. Quando o assunto é doença, morte, política existe uma cobertura imensa. Mas quando se trata de cultura, música, arte em geral, a cobertura é bem feita nas coxas, fazem por cima para falar que estão divulgando algo. Mas as vezes tem show grande, tem festivais ótimos e a população não fica sabendo por falta de uma boa cobertura.
Cicinho Silva: O Sesc, Sesi, Itaú cultural, Caixa Cultural e outros espaços como esses, são a salvação de muitos artistas. Acho ótimo que existem esses espaços. Tem muita burocracia para entrar, mas existem e são ótimos.
Cicinho Silva: Acho que tudo é Forró, que cada estilo tem seu espaço. Musicalmente falando a levada é diferente, a maneira de cantar, harmonizar, os textos das composições são diferentes. Mas é tudo Forró e tem espaço para todos.
Cicinho Silva: Além de lançar o EP que comecei a gravar. E manter fazendo produção musical, arranjos para bandas, trios, artistas diversos, como venho fazendo. Abrir uma Escola especializada em Acordeon e manter dando aulas como faço. Também é estudar técnica de áudio para montar um estúdio futuramente. Mas sempre com minha sanfona no peito.
Cicinho Silva: cicinhoacord@gmail.com | https://web.facebook.com/cicinhoacord
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