Cassiano Andrade
o hit nacional “Sal na Pele” da novela Segundo Sol, foi composto por Cassiano Andrare, O artista sempre teve a música presente em sua vida. Filho de radialista, cantar sempre foi parte de sua diversão. Entrou cedo para o mundo da música, ao estudar violão.
Autodidata, logo se encontrou no instrumento com habilidade e personalidade. Compor se tornou uma rotina natural, influenciado pela música brasileira e mundial.
São diversas composições em variados estilos, algumas gravadas por nomes como Alcione, Ivete Sangalo, Zeca Pagodinho, Xande de Pilares, Arlindo Cruz, Arlindinho, Jamz, além de parcerias com artistas nacionais como Jorge Vercillo, Max Viana, Rodrigo Suricato, Fred Camacho, e outros.
Apresentou-se no Canecão, Scala, Mistura Fina, Vinícius Bar e outras casas no Rio de Janeiro e no Brasil. Abriu shows de grandes nomes como Lulu Santos, Roupa Nova, Leoni, Pepeu Gomes, Ed Motta, e outros.
Seu primeiro CD, “Sem Maquiagem” (2011), traz um extrato do ecletismo do artista e compositor. O segundo CD, “Mil Maneiras (de falar de amor)” (2016), o consolida na nova cena. “Deveria Ser”, do segundo CD, foi tema de final de ano da rádio MPB FM (RJ), figurando no top 10 durante três meses.
“Vai chegar”, do mesmo CD, toca na programação de rádios do Rio de Janeiro, como a Transamérica FM e Roquette Pinto. Em 2018 teve cinco composições na novela “Segundo Sol” (TV Globo), inédito na dramaturgia brasileira, dentre elas o hit nacional “Sal na Pele” e a linda balada melódica “Porto de Abraçar”. Recentemente lançou pelas plataformas digitais o single “O melhor que aconteceu”.
Em um novo momento na carreira, estreou no circuito dos Festivais de Música participando do Festival Antense da Canção, onde se sagrou campeão, além de conquistar os prêmios de melhor intérprete e melhor canção com a composição “Um Palhaço”. “Gratidão, satisfação, confiança no caminho. O tamanho, minha vista não alcança, pelo menos, ainda”, confessa Cassiano Andrade.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Cassiano Andrade para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 20.09.2019:
Índice
Cassiano Andrade: Nasci no dia 02.07.1977, no Rio de Janeiro – RJ.
Cassiano Andrade: A família conta que eu cantava “afinadinho” a canção “Foi Deus Quem Fez Você” (Luiz Ramalho) interpretado pela Amelinha, com dois anos de idade. Minha casa sempre respirou música, sempre se ouviu muita música. Mas o primeiro contato provavelmente foram os discos e as trilhas de novela que minha mãe assistia.
Cassiano Andrade: Sou autodidata apesar de ter feito umas poucas aulas de Violão e Técnica Vocal. Na área acadêmica abandonei a Faculdade de Análise de Sistema que não tem absolutamente nada a ver comigo (risos).
Cassiano Andrade: Eu tenho uma mistura meio eclética nas influências originais que vão de Legião Urbana, Lulu Santos, Raul Seixas a Djavan, João Bosco, Caetano Veloso, Gilberto Gil. Mas o primeiro que me emocionou e trouxe estímulo para compor foi Tom Jobim. Riquíssimo.
Cassiano Andrade: Com 17 anos de idade tive minha primeira banda e fiz minhas primeiras apresentações. Não sabia usar o microfone, tinha “medo” dele. Logo depois, com 18 anos, fiz a primeira apresentação em “Barzinho”. Chamava-se Bar e Restaurante Boulevard, também conhecido como “Bar do Bigode”, no bairro de Vila Isabel. Foi sucesso de público e me empolguei. Tracei a vida inteira entre os shows autorais, o ato de compor e as apresentações em “Barzinhos”.
Cassiano Andrade: São dois CDs gravados. O “Sem Maquiagem” em 2011 em que participaram Rodrigo Suricato, Fred Camacho, Beto Filho, Cássio Acioli, Cadu Mazzoni, Eduardo Guedes, Pedro Ivo, Julius Brito (produtor), Stanley Netto, Sidney Sohn Jr., Carlos Mequetrefe, Manuela Moura, Carol Moura, Suyanne Oliveira e Luana Oliveira. Em 2017 lancei o “Mil Maneiras (de falar de amor)” onde participaram Rodrigo Tavares (produtor), Marco Vasconcellos, Lancaster, João Viana, Rodrigo Suricato (participação especial e violão), Eron Lima, José Arimateia, Zé Carlos Bigorna, Marlon Sette e Thiago Martins. Além da banda Jamz (participação especial).
Cassiano Andrade: Não defino. Se levarmos o Spotify como referência, seria difícil classificar como POP, apesar de eu achar bem POP. Por outro lado, acho que MPB é uma sigla ingrata, já que toda música que não é clássica é popular. Às vezes uso MPopB.
Mas se considerarmos a onda “good vibes” de Melim, Tiago Iorg, Vítor Kley, com sonoridades por onde também passeio, eu chamo de “good vibes”. Pra mim, essencialmente, quero pensar mais como Gilberto Gil que cantou do rock ao baião, do samba ao reggae, passeando por todos os sons de forma eclética, mas com personalidade fincada. Então acho que não me prendo a estilo. Talvez à estética.
Cassiano Andrade: Sim. Mas pretendo estudar mais.
Cassiano Andrade: Apesar de não ter feito ainda um estudo profundo em relação ao meu instrumento de trabalho (A VOZ), é de total importância que se faça. Não sou exemplo nesse sentido, mas como sei que nunca é tarde pra se acertar, quando se tem consciência, prometo mudar esses hábitos o mais rápido possível.
Cassiano Andrade: Elis Regina, Tina Turner, Djavan, Stevie Wonder. Na real são inúmeros.
Cassiano Andrade: Eu sempre digo que um compositor precisa estar em eterno estado de inspiração. Que significa nada menos do que compor sempre. As ideias melódicas, harmônicas, rítmicas e de letra vêm da vivência (as que vivemos e as que nos relatam). Então não há regra pra eu compor. Começo pela letra, às vezes pela harmonia, às vezes pela melodia e às vezes inspirado num ritmo. Deixo fluir as vivências.
Cassiano Andrade: Fred Camacho é meu maior parceiro. Assim como sou o maior parceiro dele. Mas tenho outros com quem adoro compor. Novos grandes parceiros, por exemplo, como Jorge Vercillo, Max Viana, Rodrigo Suricato.
Cassiano Andrade: Além de artistas que estão na batalha do começo de carreira, tenho a honra de ter sido gravado por Alcione, Arlindo Cruz e Arlindinho, Jamz, Ivete Sangalo, Xande de Pilares e Zeca Pagodinho.
Cassiano Andrade: Hoje, como prol, temos a facilidade de subir as músicas pras plataformas digitais e redes sociais, anulando assim os “atravessadores”. Por outro lado, esses “atravessadores” ainda têm meios de fazer as músicas alcançarem mais pessoas. No final, acaba ainda ficando na mão do investimento. E isso tanto é prol quanto contra.
Cassiano Andrade: Dentro do palco gosto mais dos acontecimentos momentâneos. Improvisos e maneiras de se desvencilhar dos apuros. Mas traçando um roteiro e ensaiando pra ter um chão pros improvisos. Fora do palco, ainda penso que é um momento de aprendizado com as novas formas de divulgação. Mas cada vez mais focado na grande rede, pois é universal e acessível.
Cassiano Andrade: Muito menos do que eu gostaria. Estou com vários planejamentos que colocarei em prática em redes sociais. Considero compor e cantar a própria composição por aí uma ação empreendedora.
Cassiano Andrade: A internet só ajuda, exceto quando os algoritmos dão aquela “censurada”.
Cassiano Andrade: É necessário conhecimento de técnicas de gravação pra se usar um home estúdio para produções profissionais. Porém, para ideias iniciais e para mais ideias de criação, considero vital ter. Mas ainda gosto de levar para o processo ser feito por profissionais.
Cassiano Andrade: Nada. Faço a música em que acredito. Pra mim, sucesso não tem fórmula. Então faço a música que acredito. Quando falamos de venda de um produto, preciso “comprar” pra me sentir bem pra “vender”.
Cassiano Andrade: A música sempre está em movimento. Buscando uma demanda de velhas novidades pra um público cada vez mais desatento por contingências da vida. Qualquer sonoridade que venha da raiz sempre terá o respaldo do seu gueto. Mercadologicamente, “qualquer música raiz” está lá no gueto nesse momento: Sertanejo, Axé music, Forró em suas vertentes, Rggae e até o Samba. Quem surgiu forte e consistente nesses segmentos de massa foram Luan Santana e Anitta. Dizer que alguém regrediu seria leviano. Arte não regride. Quem decide o que vai pra grande mídia são múltiplos fatores. Desde o público até ações de marketing.
Cassiano Andrade: Profissionalismo e qualidade artística num só Ser: Lenine.
Cassiano Andrade: TODAS as situações citadas na pergunta (risos).
Cassiano Andrade: O quero me deixa mais feliz é a surpresa de cada olhar perante a arte em geral, não só a música. E não só a de quem vê ou ouve, mas também de quem faz a sua obra artística. O que me deixa triste é a segmentação. Mas não sou eu quem vai lutar contra isso. Esse é o sistema.
Cassiano Andrade: O Rio de Janeiro é uma cena musical impressionantemente viva. Muito talento espalhado e por vezes se juntando. Uma beleza.
Cassiano Andrade: Complicado citar porque vai fica gente boa de fora. Mas veja alguns aí: Rik Oliveira, Rodrigo Suricato, Fred Camacho, Marcelinho Moreira, Roberta Malucelli, Twigg, Banda Fuze, Jamz, Tibi, Mansão Popular Brasileira (e todos os seus componentes), Fernanda Santanna (apesar de mineira vive aqui). Olha não falei nem 1% da quantidade de gente talentosa que tem no Rio de Janeiro.
Cassiano Andrade: Já passei pelas duas situações: de pagar para a minha música tocar na programação da rádio e de não precisar pagar.
Cassiano Andrade: Você vai apanhar, muito, toda hora, mas se você acredita, não importa a sua idade. Se tiver 90 anos e nada tiver acontecido e você ainda assim acreditar, não pare. Nunca desista. Eu mesmo já pensei em desistir uma boa centena de vezes. Mas não consigo porque acredito.
Cassiano Andrade: Um milhão de coisas podem melhorar. Desde a qualidade do som até a atenção do público (dependendo do lugar), mas não há desvantagem em haver um mecanismo em que se mostram músicas, onde se fomenta arte. Só é necessário ter cuidado com as vaidades. Em 2019 participei do Festival Antense da Canção – RJ, em que fui campeão e conquistei os prêmios de melhor intérprete e de melhor canção com “Um Palhaço”.
Cassiano Andrade: Não revela o tanto que deveria, mas ainda sai gente muito boa dos Festivais de Música.
Cassiano Andrade: Capenga, banguela e seletiva. Mas sou um otimista, então acredito numa mudança cultural gradativa no sentido de ser diferente do que está. Já enxergo pequenas melhoras.
Cassiano Andrade: Um espaço Vital, mas ainda pouco efetiva.
Cassiano Andrade: Nesse momento, não.
Cassiano Andrade: Vou lançar um DVD (já pronto), um single em parceria com um grande artista da cena nacional e gravar o terceiro álbum que encerra uma trilogia. Depois só pretendo gravar álbuns quando for possível conceituar dentro de um contexto artístico. Mas pretendendo sempre está produzindo novo single.
Cassiano Andrade: (21) 99973 – 9261 (para shows) | producao@cassianoandrade.com.br | http://www.cassianoandrade.com.br | https://www.facebook.com/cassianoandradeoficial | https://www.instagram.com/cassianoandrade | @cassianoandrade (no Instagram) | www.youtube.com/cassianoandrade
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