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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Carlos Navas

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O paulistano Carlos Navas chegou à música de maneira bastante inusitada. Começou como divulgador em 1986 e, posteriormente, agente e produtor de artistas como Tetê Espíndola e Alaíde Costa, ficando conhecido no meio artístico.

Em 1992, fez backing vocal para Alzira Espíndola numa apresentação onde a cantora estava praticamente afônica. A partir daí, desenvolveu trabalhos em jingles e coros, além de participações esparsas em shows de Tetê, Alzira e Luli & Lucina em várias cidades. Em 1996, monta o espetáculo “Canções e Momentos” que apresenta em diversos espaços paulistanos, chamando a atenção do público e da imprensa que o saúda como uma revelação. Tenor, com um timbre vocal bastante singular e extensão incomum, foi convidado pelo selo Dabliú para registrar em disco o êxito que vinha acumulando nos palcos.

Seu primeiro CD, “Pouco pra Mim” (Dabliú), chegou ao mercado em 1997. Produzido por Mario Manga e batizado pela canção inédita que recebeu de Lucina e Zélia Duncan, o álbum contou com as participações especiais de Tetê Espíndola, Alaíde Costa e Lady Zu e trouxe o melhor do repertório dos shows realizados até então, destacando temas inéditos de Hilton Raw, Arnaldo Black, Luli & Lucina, Alzira Espíndola, Alice Ruiz.

Lançado em 2000, seu segundo álbum solo também tem produção de Mário Manga e se chama “Sua Pessoa” (Dabliú), título de uma canção inédita de Péri. Também no início de 2000, Carlos monta, ao lado da consagrada atriz Clarisse Abujamra, o espetáculo “Por um Triz”, que mescla poesia e música. Em 25 de janeiro deste mesmo ano, ele é um dos solistas da “Sinfonia Paulistana”, ao lado de Claudya, Zé Luiz Mazziotti, Célia e da Banda Sinfônica São Paulo Essemble, durante evento oficial de aniversário da cidade. Nos primeiros meses de 2001, estreia o show “Cantando Elas”, no qual sua voz reverencia algumas das mais importantes compositoras brasileiras, com o qual viaja pelo Brasil.

Em 2003, lança seu terceiro álbum, “Tanto Silêncio”, pela gravadora Movieplay e começa a ministrar workshops e oficinas de percepção e consciência vocal que vêm despertando muito interesse. No ano seguinte, estreia o show “Clássicos e Canções”, ao lado de Alaíde Costa. Em junho de 2004, leva aos palcos “Na Arca de Noé”, seu primeiro espetáculo musical infantil, onde relê as canções que Vinícius de Moraes fez para as crianças, registradas em dois discos e especiais de TV dos anos 80. O sucesso deste projeto resulta no CD e Show “Algumas Canções da Arca…” (Movieplay/2004), seu quarto álbum e primeiro voltado ao público infantil.

Em 2006, é o intérprete do CD independente “Pássaro Passará – A Lira em Tom Maior”, com poemas de Sueli Batista musicados por Lucina e Alzira Espíndola.

Convidado pelo jornalista Thiago Marques Luiz, participa do álbum “Maysa – Esta Chama que Não vai Passar” (Biscoito Fino) e interpreta justamente “Resposta”, composição da artista que contém a frase de onde foi tirado o título do CD, chamando, mais uma vez, a atenção da crítica.

Em maio, lança seu sexto disco, “Quando o Samba Acabou” – Dedicado a Mario Reis, (Lua Music/2007), onde reverencia este grande ícone da canção brasileira, que influenciou gerações, recebendo elogios unânimes da imprensa especializada. O repertório, lançado por Mario Reis, traz pérolas de Sinhô, Lamartine Babo e Noel Rosa, entre outros, além da participação de Tetê Espíndola em “Joujoux e Balangandans”.

“Canções de Faz de Conta”, seu sétimo álbum e segundo de temática infantil, chega ao mercado em setembro (2007) também pela Lua Music. A obra de Chico Buarque para crianças está aqui realçada através de leitura de “História de Uma Gata”, “Hollywood”, “Rebichada” e “Passaredo”. O disco tem as luxuosas participações de Vânia Bastos e Bibi Ferreira.

Seu oitavo CD “Tecido” é lançado em 2010 pela Lua Music, com as participações especiais de Lady Zu e Clarisse Abujamra e temas de Edu Krieger, Itamar Assumpção, Mario Gil, Paulo Cesar Pinheiro Paulo Padilha, Fred Martins e Alzira Espíndola, entre outros. Em setembro do mesmo ano, estreia o espetáculo “Junte tudo o que é seu…” – Canções de Custódio Mesquita e Voz e Piano, que se torna seu nono disco, lançado em janeiro de 2011.

Em 2012, estreia o espetáculo teatral “Wilde Meets Porter”, ao lado do ator Ando Camargo, sob orientação de Cassio Scapin. Em 2013, lança seu primeiro DVD, ENSAIO, registro de sua participação no programa homônimo, criador e dirigido por Fernando Faro na TV Cultura.

Idealiza e produz o álbum “Nazareth Revisitado”, centrado na obra de Ernesto Nazareth, com interpretações do consagrado pianista João Carlos Assis Brasil, do qual participa, ao lado de Alaíde Costa. O trio tem apresentações gravadas em São Paulo e Rio de Janeiro para especial televisivo.

Em junho de 2014, estreia em concorrida apresentação vespertina na Praça Cívica do Memorial da América Latina (SP) o show “Todo Sentimento”, em voz e piano, apenas com canções de Chico Buarque, com ótima receptividade da imprensa e do público.

Em 2015, lança o álbum acústico “Crimes de Amor”, seu décimo álbum, com sonoridade concebida a partir de timbres de violões e contrabaixos, com as participações especiais de Filó Machado, Jane Duboc, Lady Zu. No repertório, temas de Fátima Guedes, Claudio Nucci, Tunai, Sergio Natureza, Alzira Espíndola, Anelis Assumpção, Lucina e Dorival Caymmi, entre outros.

Realiza apresentações em duo com João Carlos Assis Brasil mesclando as obras de Nazareth e Custódio Mesquita por várias capitais brasileiras.

Em 2016, lança seu primeiro single exclusivamente nas plataformas digitais com a releitura, em voz e piano, de “O Chamado”, parceria de Marina Lima e Giovanni Bizzotto, hit da artista nos anos 1990. No ano seguinte, é convidado pelo músico Guga Stroeter para o ser o vocalista do espetáculo que reverencia os 30 anos do quinteto de Jazz Nouvelle Cuisine, que se notabilizou nos anos 1980 e 90. Os espetáculos são extremamente bem recebidos na capital paulistana e resultam na gravação de uma demo com quatro músicas, como “Embraceable You”, dos irmãos Gershwin, e “Nada Além”, de Custódio Mesquita e Mario Lago.

Sua discografia: Pouco pra Mim (Dabliú/1997). Sua Pessoa (Dabliú/ 2000). Tanto Silêncio (Movieplay/2003). Algumas Canções da Arca…. (Movieplay/2004). Pássaro Passará (Independente/2006). Quando o Samba Acabou – Dedicado a Mario Reis (Lua Music/2007). Canções de Faz de Conta (Lua Music/2007). Tecido (Lua Music/2010). Junte tudo que é Seu… – Canções de Custódio Mesquita em Voz e Piano (Independente/Tratore/2011). DVD Ensaio (Independente/Tratore/2013) Crimes de Amor (Independente/Tratore/2015/2017). O Chamado (Single Digital/Independente/Tratore 2016). All of You – Canções de Cole Porter em Voz e Piano (Independente/Tratore/2022).

Segue abaixo entrevista exclusiva com Carlos Navas para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa  em 28.09.2022:

01) RitmoMelodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Carlos Navas: Eu nasci no dia 28 dezembro de 1968 em São Paulo.

02) RM: Conte como foi o seu primeiro contato com a música.

Carlos Navas: Minha avó materna Dona Lourdes Mendes, que partiu para outro plano há alguns meses. Eu Passei os primeiros anos de vida em casa dela, aqui em São Paulo. Era cuiabana, muito alegre, adorava música. Lembro-me dela tocando tango no acordeom. Esta é a minha primeira lembrança musical. Meu contato com a música foi como público e como divulgador, pré-assessoria de imprensa da grande cantora Claudya, em 1986, aos 17 anos de idade. Posteriormente, passei a produzir shows e me tornei agente de grandes artistas, como Tetê e Alzira Espíndola, Alaíde Costa e Luli & Lucina.

03) RM: Qual a sua formação musical e acadêmica fora música?

Carlos Navas: Eu me formei em Comunicação Social, habilitação jornalismo e tive uma atuação pequena em jornais e programas de TV. Estudei percepção vocal com Alzira Espíndola e canto lírico com Claudia Mocchi. Também fiz sessões de fonoaudiologia por um ano, quando já tinha gravado meu primeiro CD em 1997. Sempre observei muito. Sou basicamente intuitivo, mas considero o suporte técnico essencial. Há alguns anos, ministro uma oficina e workshop chamado “A voz e o autoconhecimento sob o estímulo Musical” por várias partes do Brasil, onde partilho esta vivência.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente? Quais deixaram de ter importância?

Carlos Navas: Nenhuma influência deixa de ser importante. Tem a ver com o que você percebe e descobre, mas, sobretudo, naquilo que te leva de encontro à sua própria personalidade. Ouvi muita musica pop, disco, no final dos anos 70 e inicio dos anos 80. Percebo que Alaíde Costa, Tetê Espíndola, Jane Duboc, Kim Carnes   me influenciaram muito. Alaíde pela forma como divide, Tetê pelo inusitado e pela extensão. Cauby Peixoto me ajudou a explorar meus graves e Zé Renato sempre foi um ídolo vocal. George Michael é um artista pop por quem sou apaixonado. Longinquamente, me percebi um modesto discípulo de Mario Reis, a quem reverenciei no CD – Quando o Samba Acabou em 2007. São muitas ….

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?

Carlos Navas: Ainda na Faculdade, atuei com divulgação e produção/agenciamento de cantoras. Em 1992, começaram canjas eventuais em shows de Alzira Espíndola, Tetê Espíndola e Luli & Lucina. Elas perceberam que eu seria um artista. Em 1995 resolvi que faria um show, que estreou em 1996. No ano seguinte, lancei meu primeiro CD – Pouco pra Mim (Dabliú Discos).

06) RM: Quantos discos lançados?

Carlos Navas: São onze Álbuns e um DVD, além de participações especiais. Os três primeiros dedicados á interpretação de autores contemporâneos, objetivo retomado no CD – Tecido em 2010. Há dois infantis e dois temáticos, além de um projeto especial, mais dedicado ao mercado mato-grossense. Tive o prazer de gravar com músicos maravilhosos. Todos os que tocam nos CDs são maravilhosos. Não vou citar nomes, pois todos são amigos e especiais, independente de serem mais ou menos conhecidos. E também os duetos com Lady Zu, Alaíde Costa, Tetê Espíndola, Alzira Espíndola, Vânia Bastos e Bibi Ferreira.

DISCOGRAFIA: Em 2022, lancei o álbum – “All of You – Canções de Cole Porter em Voz e Piano”. O single “O CHAMADO” (2016). O álbum – “Crimes de Amor” (2015), sou conhecido por minha versatilidade que me permite transitar por vários segmentos musicais, lancei meu décimo álbum, em que apresento um repertório contemporâneo em arranjos completamente acústicos, calcados em sonoridades e timbres de violões e contrabaixos e participações especiais de Filó Machado, Jane Duboc, Lady Zu. No repertório, músicas de Fátima Guedes, Claudio Nucci, Tunai, Sergio Natureza, Alzira Espíndola. 

O DVD – Ensaio (2013), registro de minha participação no programa homônimo, criador e dirigido por Fernando Faro na TV Cultura. O álbum – “Junte tudo que é seu” (2011), são canções de Custódio Mesquita em Voz e Piano, dedicado a um dos mais importantes autores brasileiros, cujo centenário de nascimento foi completado em 2010. Faço um passeio delicado através desta obra sensível e refinada que influenciou mestres como Tom Jobim. São parcerias do homenageado com Sadi Cabral, Evaldo Rui, Mário Lago, Noel Rosa e Orestes Barbosa.

O álbum “Tecido” (2010), meu oitavo álbum, uma delicada reflexão sobre a questão do relacionamento humano, através de canções de autores contemporâneos e expressivos.

O álbum “Canções de faz de conta” (2007), meu segundo projeto infantil traz obras de Chico Buarque. Participações Especiais de Bibi Ferreira e Vânia Bastos.

O álbum “Quando o samba acabou” (2007), meu elogiado álbum que reverencio o cantor Mario Reis, ícone do canto popular dos anos 1920 e 1930.

O álbum “A música de Dolores Duran” (2007), faço uma participação especial cantando “Idéias Erradas” (Dolores Duran/ Ribamar), álbum produzido por Thiago Marques Luiz – Lua Music.

O álbum Maysa – Esta chama não vai passar (2007), faço uma participação especial cantando “Resposta” (Maysa), álbum produzido por Thiago Marques Luiz – Biscoito Fino.

O álbum “Pássaro Passará” – A lira com tom maior (2006), um projeto especial lançado em 2006 com poesias de Sueli Batista musicadas por Lucina e Alzira Espíndola. Participações de Tetê Espíndola e Clarisse Abujamra.

O álbum “Algumas canções da arca…” (2004), eu com dezessete anos de carreira, com nove álbuns lançados e um espaço expressivo conquistado no panorama da canção brasileira contemporânea resolvo me aventurar pelas notas da música infantil. Seria natural que o público o recebesse com estranheza, se não conhecesse meu ecletismo, coleciono shows temáticos e especiais que me permitem passear pelas várias vertentes da arte musical. O álbum “Tanto silêncio” (2003). O álbum “Sua Pessoa” (2000).

O álbum “Pouco pra mim” (1997), o meu primeiro álbum lançado pela Dabliú Discos. Teve produção de Mario Manga e contou com as participações especiais de Tetê Espíndola, Lady Zu e Alaíde Costa. A canção inédita que batizou o álbum foi um presente de Lucina e Zélia Duncan.

08) RM: Como você define o seu estilo musical?

Carlos Navas: Sou um intérprete e meu trabalho tem estas três vertentes: os autores contemporâneos, as canções infantis e aquilo que veio antes.

09) RM: Você estudou técnica vocal?

Carlos Navas: Sim, estudei percepção vocal com Alzira Espíndola e canto lírico com Claudia Mocchi.

10) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Carlos Navas: É bem importante. A voz é um instrumento e precisa de suporte técnico.

11) RM: Como você se define como cantor / intérprete?

Carlos Navas: Felizmente, consegui ser eu mesmo e venho batalhando há 18 anos para que esta digital atinja um público cada vez maior. Tenho orgulho do que conquistei e não me frustro pelo que não aconteceu ainda. Vivo da música que faço, sou um artista do palco e canto o que quero e sinto, eclético, sincero, sensível.

12) RM: Quais os cantores e cantoras que você admira?

Carlos Navas: Uma lista imensa. Já citei as minhas influências. Mas direi que Kim Carnes é minha cantora pop preferida e que tenho verdadeira paixão por Elizeth Cardoso.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Carlos Navas: Não é uma escolha. É uma forma de existir e resistir. Sempre fui independente, mesmo gravando em gravadoras. O mercado musical é outro hoje em dia e se transforma sempre. Não priorizo estratégias de mercado. Batalho para realizar aquilo em que acredito. Os prós e contras já são bastante conhecidos. Vivemos em um país de dimensões continentais e somos eternamente pedintes, mas ter personalidade própria é algo que dinheiro nenhum compra.

14) RM: Como você analisa o cenário musical brasileiro? Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Carlos Navas: Seria extremamente arrogante dizer que algum colega meu regrediu. Quem sou eu para julgar o trabalho de alguém que acredita no que faz? Vou citar alguns cantores, masculinos, que gosto, por vivermos em um país de cantoras, mas é importante lembrar que em cada canto do Brasil, há gente cantando bem. Adoro Bruno Morais, Rubi, Paulo Neto, Filipe Catto, João Pinheiro, Rubens Kurin, Renato Braz, Marcos Sacramento, Mateus Sartori e outros que já estavam aqui bem antes de mim. Considero Tim Bernardes, Dani Black, Duda Brack, Paulo Netto grandes artistas.

15) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado, etc)?

Carlos Navas: Viver é risco. Em 26 anos de carreira, tudo citado na pergunta já aconteceu. Recentemente, fui me apresentar num Teatro bastante importante e tive problemas com os técnicos de som. Entrei no palco e o som não funcionava. Era um show infantil. Cantei cinco músicas no gogó e feri bastante minha prega vocal. Mas fiz o show. Eu me produzo, divulgo, vendo, dirijo e articulo. Portanto, até a hora de entrar no palco, estou fazendo um pouco de tudo. Ser artista é saber lidar com o improviso e, acima de tudo, acreditar na força do recado que você tem pra passar.

16) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Carlos Navas: Ser canal de algo muito maior que nossa vã compreensão. Triste: A manipulação do que chega ao grande público através da mídia popular é criminoso, o jabá, as máfias e esquemas, os espaços comprados, a falta de respeito à arte e um desgoverno atual que quer nos dizimar. E a resistência que produtores e parte deste público têm de ouvir o que não conhecem, é lamentável, mas prefiro prestar atenção em quem tem curiosidade, sensibilidade e ousadia.  Estes são nossos grandes aliados.

17) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Carlos Navas: Uma carreira requer um conceito ou será apenas entretenimento.

18) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Carlos Navas: Estudar muito, não só música. Potencializar meu público.

19) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Carlos Navas: A internet ajuda e dialoga diretamente com quem te acompanha. A dispersão em qualquer área da vida é prejudicial.

20) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Carlos Navas: O home estúdio facilita e viabiliza, mas, como sempre, inclusive na era em que não havia recursos desta natureza, tem coisa ruim sendo feita.

21) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Carlos Navas: Eu apenas sou eu mesmo e me mantenho fiel ao que sinto.

22) RM: Como é seu processo de compor?

Carlos Navas: Não sou compositor.

23) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Carlos Navas: Sim, existe, mas requer dedicação. É um sacerdócio.

24) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?

Carlos Navas: Improvisar é exercer a liberdade, mas sempre reverenciando a música e não fazendo exibicionismo pra perpetuar vaidade e arrogância.

25) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Carlos Navas: Sim, existe improvisação e existe estudo de improvisação.

26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Carlos Navas: Depende dos métodos. A grande escola é a personalidade.

27) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?

Carlos Navas: Todo estudo é necessário.

28) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Carlos Navas: Minhas músicas tocam nas rádios segmentadas. O jabá foi inventado pela indústria do disco, quase acabou com ela e se perpetuou. Gostaria que o público se conscientizasse por que alguns tocam muito e outros tão pouco. Tudo mudou e este tipo de referência não procede mais. Vá ver um show lotado de Mônica Salmaso, Fabiana Cozza, Renato Braz, entre outros. E eles tocam nas rádios popularescas?

29) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Carlos Navas: Olhe se no espelho e sinta se é realmente o que mais lhe importa na vida.

30) RM: Festival de Música revela novos talentos?

Carlos Navas: Certamente, mas há Festivais e Festivais de música…

31) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Carlos Navas: O nível da imprensa caiu demais. A grande mídia, infelizmente, propaga o efêmero, a quantidade de likes, a desarte.

32) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Carlos Navas: São espaços essenciais. Sou privilegiado por, volta e meia, fazer parte deles como artista e como plateia.

22) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Carlos Navas: Olhe se no espelho e sinta se é realmente o que mais lhe importa na vida. Só siga se for o mais importante em sua vida. Não é fácil, mas é lindo ter alguém te ouvindo por que você lhe toca a alma e coração.

30) RM: Quais os seus projetos futuros?

Carlos Navas: Seguir sendo quem eu sou, faço muitos projetos simultâneos.

31) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Carlos Navas: http://www.carlosnavas.com.br | [email protected]  | (11) 99196 – 4836 

Canal Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC8Uwi6DkRp5gwHdZ0DszWcQ 

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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.