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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Banda Capim Santo

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A banda Capim Santo é a primeira banda de reggae do bairro de Peixinhos, Olinda – PE foi idealizada pelo baterista Cleidson Ferreira.

Na década de 1990 esse bairro passou a ser conhecido como um grande celeiro cultural do estado de Pernambuco, berço da cultura afro-brasileira, rico de música e arte, famoso por revelar inúmeros artistas de nível mundial, como: Banda Nação Zumbi, Chico Science, Mundo livre, Sheik Tosado, dentre outros.

Em 2006, nasce a banda Capim Santo, com a proposta de expressar suas ideias e valores, sempre clamando por uma conscientização humana. Suas músicas abordam temas do cotidiano urbano que tratam o amor, espiritualidade, lutar pela igualdade social, paz e enriquecimento cultural, assim, buscando através da música solta um brado por uma sociedade mais justa.

A formação da banda Capim Santo é: Luiz Carlos (vocal), Cleidson Ferreira (bateria), Everaldo Andrade (percussão), Victor Max (baixo), Parro Melo (saxofone), Everton Rodrigues (trombone), Hallan Martins (trompete), Manoel Santos (teclado), Breno Pessoa (guitarra solo). Cada integrante possui suas influências particulares, dando ao som uma proposta inovadora do gênero “reggae” para o mundo, Blues, Jazz, Rock, MPB, POP e ritmos africanos são atribuídos a autenticidade do projeto. A Capim Santo fez apresentações importantes nos 12 anos de existência: Festival Cena Peixinhos, dividindo palco com Nação Zumbi, Banda Eddie, Tribo de Jah, Mundo livre S/A.

Em 2009 a banda Capim Santo lançou o primeiro EP – “Essência da vida” de forma independente no estúdio de um amigo no bairro Casa Amarela – Recife – PE, são cinco músicas. Em 2012 o lançou o EP – “Chá de ideias”, gravados por um projeto da Faculdade AESO com os alunos que cursava produção fonográfica. Foi um momento muito especial da banda. Em 2015 fizeram uma gravação independente de um show ao vivo, com tema “Zumbi o Rei dos Palmares”, gravaram um álbum com 17 músicas em Olinda – PE. Em 2020 lançaram através de um live o álbum “A terra que alimenta a vida”, com nove faixas, com participações especiais de Zé Brown (Faces do Subúrbio), Toca Ogam (Nação Zumbi) e Beto Ortis (Sanfoneiro renomado de Pernambuco).

A Capim Santo traz consigo uma extensa bagagem musical e experiencial adquirida em seus 15 anos de vida dentro da cena reggae pernambucana. São várias as influências que norteiam a sonoridade da banda e as principais: The congos, Israel Vibration, Groundation, Bob Marley, Kultiration, Dezarie, Don Carlos, Gilberto Gil, Tribo de Jah, Paralamas do Sucesso, Leões de Israel e uma vasta gama de artistas do cenário reggae nacional e internacional. A Capim Santo faz uma apresentação repleta de novidades, com músicas autorais e baladas já conhecidas do público que curte o Reggae.

Luiz Carlos, um olindense morando do bairro de Peixinhos conhecido também como Ciço. Tem formação técnica de: Roadie, direção de palco, gestão de carreira. É artista plástico, Cenógrafo, Músico, Compositor, cantor, intérprete, produtor de eventos.

Trabalhou em diversos festivais de música e artístico-culturais dentro e fora do de Pernambuco. Luiz, já atuou como educador social na sua comunidade. Integrante na idealização de festivais, tais como: Festival Natora Independente, Cena PEIXINHOS, Cine arte curta peixinhos. Amante da cultura, ele acredita que cultura e cidadania caminham juntas, transformam pessoas e salvam vidas.

Segue abaixo entrevista com Luiz Carlos representando a banda Capim Santo para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 15.01.2020:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Nasci no dia 08.06.1978 em Olinda – PE. Registrado como Luiz Carlos da Silva.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Meu primeiro contato foi com 18 anos de idade na rua com amigos, brincado e fazendo roda de conversas. Depois conheci outros amigos que tocavam instrumentos musicais e tinham banda. Daí começou meu interesse pela arte e música foi criando gosto de aprender a toca Violão. Minha avó me levava para um grupo em que ela fazia arte e dança quando eu tinha uns 10 anos de idade. Eu tinha contato com todo tipo arte e música.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Eu nunca estudei em Escola de Música, sempre fui autodidata e muito curioso. Aprendi com amigos nas ruas tocando sempre por diversão. Tenho Curso Técnico de Patologia Clínica. Trabalhei muito tempo com auxiliar de cozinha e cozinheiro de grandes restaurantes. Eu trabalho com Festivais de Música, Direção de palco, Roadie, Produtora cultural.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: No passado sempre gostei muito de RAP, Rock, Reggae nacional. Minhas influências foram: Edson Gomes, Paralamas do Sucesso, Tribo de Jah, Legião Urbana, Racionas MC’s, RPM, Chico Science e Nação Zumbi, Lulu Santos, Biquíni Cavadão, Titãs, Engenheiros do Hawaii, Luiz Gonzaga, Reginaldo Rossi. Quais deixaram de ter importância: RPM, Lobão, Biquíni Cavadão, Legião Urbana, entre outros.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Eu comecei na música em 1999, trabalhando com amigos no apoio de palco como roadie, depois, daí comecei a aprender a toca Guitarra, Baixo, mas tudo ainda como amador. Depois fui convidado para tocar em banda de Rock com nome “Calibre Pesado. Em 2005 montei minha banda de reggae “Capim Santo” na qual toco e canto e foi quando tudo começou minha carreira musical.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Em 2009 a banda “Capim Santo” gravou o primeiro EP – “Essência da vida” de forma independente no estúdio de um amigo no bairro Casa Amarela – Recife – PE, são cinco músicas e duas músicas que ganharam destaque foram: “Menina do gueto”, “Essência da vida”. Em 2012 o EP – “Chá de ideias”, gravados por um projeto da Faculdade AESO com os alunos que cursava produção fonográfica. Foi um momento muito especial da banda, duas músicas de destaque foram: “Zumbi” e “Paz na terra”. Depois fizemos uma gravação independente de um show ao vivo, com tema “Zumbi o Rei dos Palmares”, em que gravamos em 2015 um álbum com 17 músicas em Olinda – PE. Em 2020 lançamos o álbum “A terra que alimenta a vida”, com nove faixas, com participações especiais de Zé Brown (Faces do Subúrbio), Toca Ogam (Nação Zumbi) e Beto Ortis (Sanfoneiro renomado de Pernambuco).

06) RM: Como você define seu estilo musical?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Reggae brasileiro.

07) RM: Você estudou técnica vocal?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Sim, mas tudo muito amador e na sorte, na força. As técnicas eu aprendo com dicas de amigos e antes de canta tomo água, relaxo, falo menos etc.

08) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: tem toda importância, mesmo eu não estudando muito as técnicas vocais, eu tenho a consciência que todo estudo pode ajudar e cuidados é sempre bom.

09) RM: Quais as cantoras(es) que você admira?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Bete Carvalho, Elis Regina, Lulu santos, Gabriel Pensador, Edson Gomes, Bob Marly, Martinho da vila.

10) RM: Como é seu processo de compor?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Quando estou em casa, sempre tento entrar no tema e começo a compor. Depender muito do meu dia e preciso de concentração. Eu lembro do tema de coisas do meu cotidiano e tudo depender do meu humor.

11) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Ainda não tenho parceiros musicais, mas boa parte dos meus temas vem do meu bairro e das pessoas que me contam histórias e momentos da vida.

12) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Carreira independente é complicado, mas também é gratificando por você ter uma forma de autonomia nas suas músicas, no público que você deseja alcançar. Por outro lado, seria bom ter um produtor, alguém para ajudar no trabalho e na carreira musical. Teríamos mais oportunidades tendo uma produtora ou produtor fazendo o nosso trabalho alavancar.

13) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Dentro do palco sempre respeitar as pessoas, os trabalhadores que fazem o espetáculo acontecer e sempre relaxar antes do show. Fora do palco é continuar respeitando tudo quer estar em sua volta, buscando sempre harmonia entre as famílias, os amigos e profissional da área musical.

14) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Busco sempre parcerias com outras pessoas, produtores de eventos de Festivais de Música fora e dentro de Pernambuco. É uma construção de muito tempo.

15) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: A internet só ajuda e me prejudica quase nada. Para um artista independente ter uma rede social ativa sempre abre mais oportunidades para mostra seu trabalho.

16) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: As vantagens são várias. Hoje temos nosso próprio estúdio, fazemos nossas gravações dentro de casa, não vejo desvantagens. Agora quem ainda não tem condições de ter um home estúdio é complicado. A tecnologia veio para ficar e só vai melhorar e abri mais oportunidades para quem não tem condições de grava em grandes estúdios.

17) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Hoje nós temos nosso próprio home estúdio, gravamos nossas próprias músicas autorais, esse é nossa diferença, buscamos estar atualizados e fazendo coisas novas.

18) RM: Como você analisa o cenário musical brasileiro. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Nosso cenário musical estar bastante complicado, as novas revelações musicais do Brasil não têm consistência nem qualidade. O mercado musical estar voltado para músicas descartável. Existem pessoas e cantores que mantém sua carreira firme e forte como: Seu Jorge, Ivete Sangalo, Nação Zumbi, Ponto de Equilíbrio.  Esses são os quem ainda tem um bom trabalho.   

19) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Edson Gomes, Ponto e equilíbrio, Tribo de Jah, Natiruts.

20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Já aconteceu tudo citado na pergunta, mas falta de condição técnica para show é mais recorrente. Eu tinha trocado o baixista da banda e no fim de um show troquei o nome dos baixistas. O cara que estava tocando o Baixo foi minha direção e tomou o microfone da minha mão e falou: “Agildo não porra, é Leo do Peixe”. Esse fato aconteceu em pleno carnaval de Olinda – PE e o público todo sorrindo com o acontecimento.

21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Cantar sempre me deixa feliz e eu sempre tento passa para o público um momento de paz e harmonia. O que me deixa triste é quando não posso contar com uma sonorização de qualidade ou não ter público para assistir ao show.

22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Sim existe. O dom é quando você nasce com um talento na linha da vida e você melhora o talento com tempo. Tem pessoas que nunca tocaram um instrumento nem tiveram uma referência, mas já tem talento, sensibilidade musical e rapidamente aprende a toca ou cantar com facilidade.

23) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Vamos ter que trabalhar muito, com ou sem jabá precisamos de mudar ainda muitas coisas. A luta é muito grande para abri espaço e bastante articulação para ter música tocando em rádio de grande audiência.

24) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Boa sorte, cuidado, estude, seja profissional.

25) RM: Quais os prós e contras do Festival de Música?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Prós: é quando as bandas ou os artistas conseguem toca e passar na curadoria. Contra: são as panelas que existe dentro dos Festival de Música, as cartas marcadas.

26) RM: Hoje os Festivais de Música revelam novos talentos? 

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Não. Os Festivais de Música ainda ajudam, mas não tem tanta importância e relevância.

27) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: A grande mídia só abre espaço para os grandes empresários ou as grandes empresas, que estão ligadas nas suas redes de articulações.  Precisamos de mais articulação nacional para ajuda os pequenos artistas que estão nessa batalha.

28) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Muito bom. É sempre bom ter vários editais. O grande problema são as articulações e esses editais que não contemplam muito as bandas ou artistas independentes.

29) RM: O circuito de Bar na cidade que você mora ainda é uma boa opção de trabalho para os músicos?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Não é uma boa opção. Em Recife – PE estar muito defasado já faz tempo, mas poderia melhorar para ajudar os músicos. Um plano nacional com empresas ajudaria muito abri maia espaços no mercado musical, Hotelaria, Bares e Restaurantes.

30) RM: Quais os seus projetos futuros?

Banda Capim Santo – Luiz Carlos: Gravar o novo CD. Cantar e compor muito e trabalhar. Eu estou organizando o Festival NaTora para banda independente em Recife – PE. O Festival de Reggae Olinda. Na sequência grava novos discos.

30) RM: Banda Capim Santo, Quais seus contatos para show e para os fãs? 

Contato – Luiz Carlos: (81) 98761 – 5798 | [email protected] | [email protected]

| https://web.facebook.com/luizcarlos.dasilva.123276

| https://web.facebook.com/bandacapimsanto

Canal: https://soundcloud.com/bandacapimsanto

Canal: https://www.youtube.com/channel/UCGhotAcpcFsSVR7Lcx3goqw

 

 


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.