More Allan Canon »"/>More Allan Canon »" /> Allan Canon - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Allan Canon

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O músico, cantor, compositor paulista Allan Canon, nascido em 1982, em São Bernardo do Campo, filho de Odivan Bezerra e Roseane Cabral, viveu sua infância em meio a redemocratização do Brasil, “Diretas Já”, Cruzeiros, Cruzados, Cazuza, Madonna, dentre invernos frios, mas recheados de muita música.

Os discos em vinil, que seu pai ouvia de Mercedes Sosa, João Bosco, Tom Jobim, Elis Regina, dentre outros, embalaram sua infância. Seu pai Odivan como violonista e amante de MPB e Bossa Nova, observava a tendência de seu filho para a música, percebendo sua voz já afinada e sua rítmica aguçada. Allan Canon já arriscava compor, como uma brincadeira de criança. Aos 7 anos de idade, iniciou aulas de Piano, e pela primeira vez, teve contato com a música de forma acadêmica! Aos 10 anos em 1992, aprendeu tocar Violão, e compôs sua primeira música, que mais tarde ganhou o nome “Inocência”.

Aos 15 anos, entrou na Escola de Música Vivo Som, em São Bernardo do Campo – SP, e estudou Canto Erudito e Popular. Fez oficinas de Canto Coral e Artes Cênicas, se aprimorou mais tarde no Conservatório EMESP (ULM) em São Paulo e, na Escola de Música de Piracicaba – SP. Do ano 2000 para cá, Allan Canon junto a seu pai Odivan Bezerra ao Violão, experimentou diversos palcos: Projetos Culturais, Eventos Corporativos, TVs, Teatros, Bares e Restaurantes, Festivais, Saraus, etc. Cantando MPB, Bossa Nova, Samba, Pop, músicas internacionais, etc.

Em 25 de maio de 2015, lançou seu primeiro álbum oficial, com composições própria, intitulado “Afro-Indígena”, que também dá nome a uma das canções. São 11 faixas que o apresenta ao público mostrando sua identidade musical. As músicas têm uma identidade Brasileira, percussões e vozes que remetem a música indígena e afro com toques modernos e tecnológicos, junto a belos sons de instrumentos acústicos. Suas letras, falam de amor, mitos e reflexões existenciais!

Show do álbum “Afro-Indígena” no dia 17/09/2016 em comemoração aos 70 anos do SESC, em Paulo Afonso – BA. Quinta na Praça no dia 19/01/2017 em sua 6ª edição. Realização TV São Francisco (Globo) e Prefeitura de Paulo Afonso – BA. Copa Vela (Som na Concha) no dia 11/09/2016 – Praça das Mangueiras em Paulo Afonso – BA. Forquilha Town Festival no dia 15/04/2017 – Abertura do show Orbita Mobili em Paulo Afonso – BA. BondJazz Festival no dia 07/08/2016 – Participação com o grupo Percussiclando no palco principal, e show no palco alternativo Kombi do Jazz (Rota de Fuga). Show Americana Canta o Rei, um tributo a Roberto Carlos. Show realizado no Tetro Municipal na cidade de Americana – SP. Show Relíquias, especial com clássicos da MPB, show realizado no espaço CIVI em Americana – SP. Show “Stop” A destruição do Mundo, no Teatro Caetano de Campos, São Paulo – SP, em 12 de janeiro de 2003, com participação especial de Osmar Barutti (Tecladista do Sexteto do Jô Soares) e Joelma. Participou de dois Festivais de Música de Americanta, 2006 e 2007 e do Festival de Canção Inédita de Tangará da Serra em Mato Grosso. Festival de Música da Gravadora EMEGE. 

De 2000 até 2021, cantou em bares, restaurantes, casamentos e eventos corporativos em: São Paulo – SP, São Bernardo – SP, Santo André – SP, Campinas – SP, Piracicaba – SP, Americana – SP, Nova Odessa – SP, Santa Bárbara – SP, Vinhedo – SP, Paulo Afonso – BA, Pão de Açúcar – AL, Olha D’água das Flores – AL, São José da Tapera – AL. Em eventos e casamentos com o grupo Vivo Som de São Bernardo do Campo – SP, e grupos MusicandoCom e HP Musical de Americana – SP.

De 8 de fevereiro, 9 de agosto, 13 setembro e 11 de outubro de 2003 participou do Programa Raul Gil. E do Programa Ídolos, primeiro Ídolos do SBT, em 2006. Ficando entre os 20 melhores de São Paulo de mais de 4000 inscritos. Participou das primeiras eliminatórias do Programa Pop Stars do SBT. Participou do “Ó” Super Positivo, quadro “Jogo da Caixa”, Canal 13 Bandeirantes. Programa exibido em 04.09.2000.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Allan Canon para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 03.12.2021:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Allan Canon: Nasci no dia 10 de julho de 1982 em São Bernardo do Campo – SP.  Registrado como Allan de Oliveira Silva.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Allan Canon: Meu pai Odivan Bezerra da Silva é violonista e cantor, então tenho contato com música desde criança.

03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Allan Canon: Sou exclusivamente músico. Fiz diversos cursos livre de música, violão, piano e canto. O mais recente foi o Curso de Canto Erudito na Escola de Música de Piracicaba – SP. Educação Musical, Aperfeiçoamentos e Workshops. Canto Popular e Erudito na EMPEM (Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst Mahle). Canto Popular, na EMESP – Tom Jobim (Escola de Música do Estado de São Paulo) antiga ULMUniversidade Livre de Música. Iniciei com aulas de piano aos 7 anos de idade e cantando com meu pai ao violão. Canto Lírico na escola de música Vivo Som, de 1997 a 1998 com a professora Solange, e de 1999 a 2000, Canto Popular com a professora Margaret Aquila. Canto Coral nas Oficinas de Arte com o professor André, de 1996 a 1998 e professora Isabel de 1999 a 2000.  Aulas de Teatro pelas Oficinas de Arte, de julho, 1996 a dezembro de 1998. Aulas de técnicas de piano e violão.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Allan Canon: Eu acho que minha principal influência, é meu pai Odivan Bezerra da Silva. Ele me ensinou o início de tudo com o violão e o canto, e também me ensinou a ouvir boa música, como MPB, Bossa Nova, etc… Acredito que todas as influências são válidas e nunca deixam de ter sua importância, elas somam.

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira profissional?

Allan Canon: No ano 2000, comecei a tocar em casamentos em São Bernardo do Campo – SP e em seguida, vim morar em Paulo Afonso na Bahia, acabei entrando na noite, cantando em bares e restaurantes.

06) RM: Quantos CDs lançados? 

Allan Canon: Em 25 de maio de 2015 lancei o álbum – “Afro-Indígena” – São 11 faixas que o apresenta ao público mostrando minha identidade musical. As músicas têm uma identidade Brasileira, percussões e vozes que remetem a música indígena e afro com toques modernos e tecnológicos, junto a belos sons de instrumentos acústicos. Minhas letras, falam de amor, mitos e reflexões existenciais. Eu terminei a gravação, mixagem, masterização em 2013 e lançado oficialmente em 2015. Patrocinado pelo Fundo de Assistência a Cultura de Americana.

07) RM: Como você define seu estilo musical? 

Allan Canon: MPB/Pop. Uma pequena mistura. Gosto de transitar entre os estilos.

08) RM: Você estudou técnica vocal? 

Allan Canon: Sim, fiz diversos curso livre de canto popular, canto erudito e canto coral.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Allan Canon: Eu acho muito importante, principalmente para manter a voz saudável e duradoura. Cantar de forma “errada”, sem os devidos cuidados, pode acarretar problemas nas pregas vocais, podendo causar até mesmo a perda definitiva da voz.

10) RM: Quais as cantoras(es) que você admira?

Allan Canon: Elis Regina e Milton Nascimento, esses são eternos pra mim.

11) RM: Como é o seu processo de compor? 

Allan Canon: Eu não costumo ter um ritual padronizado. Cada música acontece de forma individual, as vezes escrevo algum texto, sobre uma ideia que me inspirou, e depois coloco melodia. E as vezes, componho alguma melodia que vem como inspiração e depois acabo criando uma letra para ela. É sempre uma surpresa nova. Já peguei rascunhos que fiz em guardanapo como o início para uma nova canção.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Allan Canon: No momento, não tenho um parceiro. Mas estou namorando algumas parcerias para um futuro trabalho. Espero que em breve sairá alguma parceria bacana.

13) RM: Quem já gravou as suas músicas? 

Allan Canon: Por enquanto não tenho, mas também não vejo nenhum problema que outro artista grave minhas composições, aliás adoraria.

14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Allan Canon: O bom, é ter total liberdade para fazer as coisas exatamente como eu quero. O lado ruim é que muitas vezes fazer tudo sozinho é muito trabalho, e como diz o velho ditado, duas cabeças pensam melhor que uma só.

15) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira? 

Allan Canon: A internet é uma ferramenta que até o momento só tem me ajudado. Acho um ambiente extremamente democrático, é possível divulgar meu trabalho de uma forma muita ampla, atingir pessoas do mundo todo de forma gratuita ou a baixo custo financeiro.

16) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Allan Canon: Esse é outro aspecto da modernidade, que acho que só traz benefícios para nós que somos artistas independentes. Poder produzir nossa música, totalmente em “casa”, na hora que queremos, sem limite de tempo, e com custo baixíssimo, é muito bom.

17) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical? 

Allan Canon: Eu busco sempre ser o mais original possível, quanto mais honesto poderemos chegar de forma plena aos consumidores da nossa arte. Estou sempre atento, aprendendo e ouvindo o máximo e mais variado possível número de músicas e artistas. Acho que outras artes, também ajudam a manter a mente fresca e pronta para produzir músicas mais originais.

18) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Allan Canon: Gosto muito do trio As Bahias e a Cozinha Mineira (As Baías), Lineker, Igor Gnomo. Acho que são trabalhos ímpares e muito profissionais.

19) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc.)?

Allan Canon: Tudo citado na pergunta aconteceu aos montes (risos). Uma vez, eu iria apresentar após o show de um artista famoso, a organização atrasou a verificação de segurança e os bombeiros não liberavam nosso palco, a gente não tinha camarim, ficamos mais de 6 horas esperando e no fim não apresentamos o show. Várias vezes fiquei meses e meses para conseguir receber o cachê. Teve um show, que me deram um microfone que fedia carniça, era impossível cantar. Dentre diversas outras coisas, histórias para quase escrever um livro (risos).

20) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical? 

Allan Canon: Cantar é o que mais amo fazer na vida, isso sempre me deixa muito feliz, e quando o público reconhece, é maravilhoso. O mais triste, é a cultura, como um todo, ainda ser tão desvalorizada em nosso país.

21) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios? 

Allan Canon: Eu acredito que sim. As pessoas que gostam do meu trabalho, sempre perguntam por isso.

22) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical? 

Allan Canon: É preciso ter muito amor e acreditar na sua arte. Buscar sempre se aprimorar e se atualizar, tanto musicalmente como com as novas tecnologias e tendências.

23) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira? 

Allan Canon: Eu fico muito triste, pois a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira é quase nula. Vejo muitos trabalhos maravilhosos pelo meu caminho que são desconhecidos. A grande mídia acaba beneficiando um pequeno grupo de artistas dentro de três ou quatro estilos musicais, e nossa música é um leque imenso de estilos e deveria ser mais explorado.

24) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical? 

Allan Canon: Eu acho extraordinário. Graças a essas iniciativas, muitos artistas maravilhosos, mantem a música boa viva. Eu sempre me surpreendo com os novos artistas que acabo conhecendo, e se não fossem essas iniciativas, talvez jamais chegariam até a gente.

25) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileira. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas e quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Allan Canon: Eu vejo que a cena da Música Popular brasileira, se mantêm firme e forte, mas de uma forma mais independente, não está mais na grande mídia como era antes. Vejo muitos artistas produzindo muita música de qualidade. Tenho gostado muito do trabalho de As Bahias e A Cozinha Mineira, Liniker, Igor Gnomo, Johnny Hooker, 2de1, entre muitos outros. Acho que existem fazes em que estamos mais consistentes e outras nem tanto. Todos os artistas passam por essas fases.

26) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Allan Canon: Eu acho que deve existir alguma facilidade para a música definida geneticamente, mas também acho que o mais importante são a força de vontade, os estudos, o treinamento, etc. Qualquer pessoa pode ser músico, em graus técnicos diferentes, tem que querer, e se for com muita paixão, vai dar certo com certeza.

27) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?

Allan Canon: O improviso é uma forma incrível de expressão musical. Você pegar toda sua bagagem de conhecimento e experiência, e de uma forma muito livre ir criando toda a estrutura musical de acordo com o que você sente naquele momento. É mágico.

28) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Allan Canon: Eu acho que a improvisação existe de fato, mas não deixa de ser uma expressão de todo o acumulado de aprendizados e experiências que o artista traz em sua bagagem.

29) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Allan Canon: Eu acredito que a utilização de métodos, são algo muito particular. Para alguns músicos pode funcionar muito bem, enquanto para outros pode atrapalhar. Eu procuro encontrar metodologias, para os mais variados objetivos, de acordo com a minhas necessidades. Já abandonei certos métodos, que sentia não estarem somando em nada para minha música.

30) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?

Allan Canon: Até hoje, tudo que conheci sobre Estudos de Harmonia Musical, só somaram e abriram minha mente. Eu acredito, que qualquer método e estudo pode ser positivo para a formação de um bom músico. Eu me preocupo em não ficar engessado, procuro não deixar que minha musicalidade fique muito mecânica por conta de métodos e estudos. Acredito que é mais importante o que nós como músicos faremos com a metodologia, do que o oposto.

31) RM: Quais os seus projetos futuros?

Allan Canon: Atualmente, estou em processo de composição, pretendo gravar um novo álbum em 2022.

32) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Allan Canon: Para Shows: (75) 9.9713 – 0379 (WhatsApp) | [email protected] |[email protected] | www.allancanoncantor.wixsite.com/canon

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Canal: https://www.youtube.com/c/AllanCanon 

Eu, Ser, Você – Allan Canon: https://www.youtube.com/watch?v=KR1Mg_HBXYQ 

Álbum Afro-indígena – 2013: https://www.youtube.com/watch?v=AFyoUG_kW7w&list=PLEfSG7V8qjTC9SNI02QcUaRN13XUI3jGw 

Melaninaemsi (feat. Allan Canon) – Papo de Irmão: https://www.youtube.com/watch?v=34j2owOj95k&t=7s


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.