More Rock and Roll aonde você errou? »"/>More Rock and Roll aonde você errou? »" /> Rock and Roll aonde você errou? - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Rock and Roll aonde você errou?

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A década de 40 não foi fácil. As mazelas provocadas pela Segunda Guerra mundial provocaram na população momentos de incertezas e grandes assombros sociais. Os industrializados, somados a dor e alegria da guerra, fazia surgir no início de 1950, um novo estilo musical.

A orgia musical entre o country, o blues, o R&B e a música gospel americana, geraram o Rock’n’roll. O jovem rock’n’roll trazia a rebeldia e a audácia de uma juventude que rompia com um sistema aristocrata e militarista. Rompendo barreiras, cantava em prosa e versos a insensatez humana. Seu Groove, sua bateria acelerada e seus Crunner berrantes, foi uma afronta para os padrões da época. O “barulho” resultante da música, lembrava o rolar das pedras montanha abaixo. Ensurdecia os ouvidos mais conservados e gerava incômodo para quem não queria ouvir além da própria mente.

Sinto, com muito pesar dizer que; o rock após os anos, errou. Este jovem senhor com pouco mais de 60 anos se perdeu no compasso quaternário de sua própria história. Seria a ponderação pelas limitações da idade? Não, acho que não. O mundo mudou e o rock’n’roll; errante no retrocesso intelectual, oferecido pela grande mídia num controle social de massa, sofreu as sanções da indústria do entretenimento. Começou a falar para as massas, mas perdeu o poder de transformar massa.

O movimento parou e o rock errou. As pedras, que antes rolavam, pararam, e apenas o pó que delas sobrou, fez a cabeça da juventude transviada e de alguns rocks stars. O rock’n’roll imaginou que se inovando também se renovaria, mas não a mobilidade passou e o rock errou. O preço foi alto demais… Morre a irreverência do rebelde sem causa, mas nenhuma carta – ou e-mail, foram entregues aos missionários.

Hoje, temos a “Cidadania cibernética” desvairada. Discursos polarizados por uma geração que já foi “Coca Cola” e que atualmente só reclama; esquecendo que foram eles que criaram a geração mimimi da Nutella. Foi aí que o rock errou. O mundo está chato, a política é um saco, e falar de sentimentos é mostrar fraqueza, e o sexo, ah esse como sempre, sem franqueza.

Ao contrário do erro, temos graciosamente, o acerto… Existe o anseio do retorno. O saudosismo nunca esteve tão em alta. Ficamos preso em ideologias baratas e refletidas, jamais pensadas. É necessário retomar aos trilhos de uma geração. Chega de sorrir por uma falsa alegria, embora eu saiba que o lamento é mais cômodo do que enfrentar a dor gerada pela mudança. Empobrecimento educacional e redução cultural. O povo que desconhece seus direitos são amáveis e fáceis de manobrar. O “Gado” só vai para o abate quando preso em um quadrado, desconhece a imensidão do mundo que pode andar.

O rock’n’roll ganhou quando deixou o errou – Peço que respeitem a conjugação, por favor. Existe uma luz no fim do túnel, não tropece em seus passos e embarque neste vagão, já passou da hora de apresentar o velho com uma nova opinião.

*W.agão Paiva: Neuropsicopedagogo por formação, cantor, compositor, escritor e livre pensador.


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.