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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Banda RED

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A banda RED é composta por três cantores: Rogério Granja, Elton Lú, David Silva que se conheceram na ULM – Universidade livre de música – Tom Jobim, se uniram e formaram uma banda que busca uma nova interpretação da música popular brasileira, resgatando o entusiasmo causado pelos grandes compositores e cantores da música nacional.

A banda RED tem influências da música negra americana, adaptada ao melhor da MPB pop fazendo do romantismo e do swing, a sua marca.  São três talentos, três estilos em um mesmo sonho, passando uma mensagem de coisas boas para o mundo. O primeiro CD – RED, lançado pela Arlequim com quatorze canções; doze inéditas e duas regravações: Papel Machê (João Bosco/Capinan) e “O telefone tocou novamente” (Jorge Bem Jor).

Duas músicas “Viver” e “Só você” estão na trilha sonora da novela “Olhos D’água” da Rede Bandeirantes. E “Só você”, no seriado “Alô pai” da mesma emissora. A Red foi indicada ao prêmio Tim de música 2005, na categoria de melhor grupo de canção popular, juntamente com 14 Bis e Roupa Nova.

Em 2009 a RED lança o segundo CD – “Todas as tribos”, uma produção independente, arranjos modernos, muito balanço, com todas as influências, gostos musicais e a mais pura verdade dos integrantes. O CD com quatorze canções próprias, arranjo e produção da banda RED, juntamente com Rodrigo Nunes. Das 14 músicas, 13 são inéditas. E a regravação da música “Beth”, do primeiro CD da banda.

Em setembro de 2010 a RED abriu os dois shows da cantora americana Lauryn Hill no Brasil. No dia 06/09/2010, no CitiBank Hall, no Rio de Janeiro, e 07/09, no Credcard Hall, em São PauloLauryn apareceu como destaque interpretando Rita Watson na segunda parte do filme Sister Act (com Whoopi Goldberg) e fez parte do trio musical The Fugees com Wyclef Jean e Pras Michel.

A música mais conhecida deles é Killing Me Softly uma regravação de um sucesso na década de 70 de Roberta Flack. Seu primeiro disco solo, The Miseducation of Lauryn Hill (1998), reinou nas paradas americanas durante quase todo o ano de seu lançamento. Além disso, garantiu a Hill onze indicações no prêmio Grammy de 1999, feito jamais alcançado por uma cantora.

Hill levou cinco, entre eles o de Álbum do Ano e Melhor Cantora do Ano. O disco, uma mistura de rap, soul, reggae e rhythm & blues, também rendeu uma turnê ao lado dos rappers de Outkast. A RED abrir os shows dessa DIVA corou os 10 anos da banda.

Segue abaixo a entrevista exclusiva com os membros da banda RED para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistados por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 01.05.2012:

01) RM: Quando e como surgiu a banda RED? Qual o significado do nome da banda?

Banda RED – A RED surgiu em 1999 no dia 26 de novembro em São Paulo; através das vozes e sonhos dos cantores Rogério Granja, Elton Lú e David Silva. E o significado do nome são as primeiras letras dos nomes dos três cantores: R (Rogério); E (Elton) e D (David) e a palavra vermelho em inglês.

Começamos a fazer Voz e Violão perto da ULM – Universidade Livre de Música na época que estudamos lá, no bairro Bom Retiro, em um lugar chamado “Bistrô da Sara”.

Com o tempo começamos a compor juntos e sentimos que tínhamos que mostrar isso para o mundo. Foi a partir daí que nasceu a ideia de trabalharmos juntos de verdade, em que nasceu a RED. Os três cantores nasceram em São PauloRogério Granja no dia 27/06; Elton Lú no dia 18/08 e David Silva no dia 13/08.

02) RM: Como foi o primeiro contato com a música dos membros da RED? E fale de suas experiências musicais?

Rogério Granja: O meu primeiro contato com a música foi graças ao incentivo do meu avô. Ele me ensinou a apreciar a boa música da Velha Guarda, muita Bossa Nova (João Gilberto, Tom Jobim, Ronaldo Bôscoli, Roberto Menescal, Jonny AlfDjavan, Guilherme Arantes, Tim Maia e Cassiano.

Além de Beatles, Bee Gees, Michael Jackson, etc. Participei de um grupo de samba chamado “Inspiração”, como vocalista e tocava cavaquinho, depois fui cantar MPB com o “Nível Nove”, integrei o “For Exportation”, uma banda de baile. E também fiz alguns trabalhos como backing vocals em shows e gravações em estúdios. Muita amizade e afinidade musical: isso me levou a querer fazer parte do RED e levar este trabalho a sério.

Elton Lú: O meu contato com a música foi aos quatro anos de idade através do meu pai que era musico. Tive influências da Jovem Guarda, Cassiano, Hyldon, Tim Maia, Martinho da Vila, de sambistas da Velha Guarda da Portela e de talentos mais atuais como o Ed Motta. Como vocalista, já participei das bandas como a “Pega Leve”, de samba e pagode, a “Olaria”, cantando MPB e Bossa Nova e a “Kontratempo”.

Toda a vez que entro em um estúdio ou estou compondo, tenho uma emoção nova, diferente. Às vezes estou em casa ou no meio do trânsito e me vem uma melodia na cabeça.

Ligo na hora para a caixa postal do meu celular para não perder a ideia e procuro logo o David e o Rogério. Com a RED, meu objetivo é levar informação, alegria e música pro Brasil e pro mundo!

David Silva: Eu respiro música desde que nasci. Quando tinha um ano de idade, meu pai e uns amigos fizeram um show em minha homenagem. Minhas maiores influências na música foram Tom Jobim, Djavan, Cassiano, Tim Maia, Ed Motta, Ivan Lins, Cartola e Noel Rosa.

Além de grandes nomes da Black Music, como Marvin Gaye, Steve Wonder, Aretha Franklin e Michael Jackson, entre outros.

Participei como vocalista da banda “Nova Era”, de samba e da “Olaria” de MPB Bossa Nova, como vocalista e violonista. Apesar de já tocar e cantar a algum tempo, a cada novo show, em cada novo palco que piso a experiência é nova, como se fosse a primeira vez, eu aprendo muito com isso.

O estilo da RED é uma fusão de influências. É uma mistura de Bossa Nova com Samba e Black Music.

03) RM: Qual a formação musical dos membros da RED?

Banda RED: Os cantores são formados em Canto Popular pela ULM – Universidade Livre de Música – Tom Jobim no período de 1997 a 2000.

04) RM: Quais as influencias musicais dos membros da RED?

Rogério Granja: As minhas influências vão de Tom Jobim, Cartola, Djavan, Rosa Passos, Gonzaguinha, Tim Maia, Cassiano, Jorge Vercillo, Elis Regina, Bee Gees, Michael Jackson, Ana Carolina, Ivan Lins, Chico Buarque, etc.

Elton: As minhas influências vão de Cassiano, Hyldon, Tim Maia, Ed Motta, Djavan, Velha guarda da Portela, toda a turma da Bossa Nova, Stevie Wonder, Michael Jackson, etc.

David: As minhas influências vão de Tom Jobim, Djavan, Cassiano, Ed Motta, Ivan Lins, Noel Rosa, Marvin Gaye, Stevie Wonder, Areta Franklin, Michael Jackson, etc.

05) RM: Quantos CDs lançados pela banda RED?

Banda RED: Lançamos dois CDs. O primeiro intitulado RED saiu pela gravadora Arlequim. São doze canções próprias e duas releitura, Papel Machê (João Bosco e Capinan) e O Telefone tocou novamente (Jorge Bem Jor).

E foi arranjado pelo maestro Cido Bianchi, e o perfil do CD vem da mistura da MPB moderna com um toque da black music, com musicas dançantes e muito romantismo.

A música “Beth” foi muito pedida e seu clip foi executado por um período na MTV em um programa de novidades e bandas em Ascensão. A música “Viver” foi trilha de uma novela da rede Bandeirantes, chamada “Olhos d’água” e a música “Só você” de um seriado chamado “Alô pai” da mesma emissora.

Com esse CD fomos indicados em 2005 ao prêmio TIM de Música, na categoria melhor grupo de canção popular, junto com Roupa Nova e 14 Bis. E consideramos esta indicação como uma das maiores expressões da nossa carreira.

O segundo CD – Todas as tribos, lançado em produção independente, com arranjos, produção nossa e em parceria com o produtor Rodrigo Nunes. E composições próprias e uma música do compositor e cantor André Ribeiro chamada “Girassol”.

Como diz o título do CD colocamos vários ritmos misturados a muito groove e influencias diversas das nossas composições, sempre com a nossa verdade, pois queríamos expressar uma ideia sem preconceitos nem barreiras, com muita liberdade em que não houvesse rótulos para o CD.

A música “Viver enfim” foi por muitas semanas a mais pedida em diversas rádios de Santa Catarina. E as mais pedidas pelos fãs giram entre “Está feito”, um samba rock com muito groove, “Samba na madrugada”, um dos maiores hits do CD, “A felicidade”, um reggae pop que tem uma mensagem linda, e “Filho da luta” que é um pop com muito balanço e uma letra muito atual que relata a vida das pessoas que vem para a cidade grande e a dificuldade que elas encontram.

Em setembro de 2010 tivemos o convite e abrimos o show da cantora norte americana Lauryn Hill no Rio de Janeiro (Citybank Hall) e em São Paulo (Credcard Hall) e essa oportunidade nos rendeu criticas positivas na mídia e foi uma das coisas mais expressivas da nossa carreira.

06) RM: Como vocês definem o estilo musical da RED?

Banda RED: Definimos a RED como MPB moderno, com influencias rítmicas e melódicas da nossa música brazuca com um toque da música negra  americana.

07) RM: Como é processo de compor as músicas dentro da banda?

Banda RED: Isso varia muito. Às vezes nos reunimos para compor, outras vezes alguém chega com algo já iniciado e terminamos juntos, ou estamos viajando e um começa a cantar algo que veio a mente, compramos a ideia e nasce mais uma canção, chega a ser até engraçado.

08) RM: Quais são os principais parceiros musicais?

Banda RED: Nós três compomos a maioria das canções juntos, mas também tem músicas do Rogério com o David, do Rogério com o Elton e do Elton com o David. No CD – Todas as tribos, temos parceria com outros compositores como, Bira Junior, Erick Chica, entre outros.

09) RM: Como vocês se definem como cantor/intérprete?

Banda RED: Nós temos muita versatilidade, pôr já termos cantado diversos estilos musicais no decorrer de nossas carreiras. Sentimos e vivemos intensamente o que fazemos. E o segredo do nosso cantar é expressarmos nossa verdade com muito sentimento e prazer no que fazemos. Costumo dizer que existem muitos cantores melhores e piores que a gente, mas ninguém é igual, porque todos somos únicos e cada um tem seu valor.

10) RM: Vocês continuam estudando técnica vocal?

Banda RED: Sim. Na época que estudamos na ULM. E até hoje estudamos (risos), pois você tem que estar sempre se reciclando e acompanhando  a evoluções da música.

11) RM: Quais os cantores e cantoras que vocês admira?

Banda RED: Admiramos muitos cantores e interpretes do mundo inteiro como: Marvin Gaye, Stevie Wonder, Tony Benett, Jonh Meyer, Erca Badu, Speranza Spalding, Djavan, Chico Buarque, Rosa Passos, Seu Jorge, Tom Jobim, Elis Regina, Tim Maia, Jorge Bem Jor, Dorival Caymmi, Benito Di Paula, Cartola, entre muito, mais muitos outros (risos).

12) RM: Na RED os três cantores são de alto nível. Não ter um cantor principal na banda foi um processo natural?

Banda RED: Como somos três cantores, exploramos cantar juntos nas canções, mas cantamos solo nos shows. E tentamos buscar o que temos de melhor de cada um e somar no conjunto que é o que vai fazer valer no objetivo final.

Sempre entendemos que cada um de nós tem o talento individual e sabíamos desde o começo que tínhamos dois caminhos, ou deixar o ego falar mais alto e consequentemente já teríamos sucumbido, ou como fizemos e pensamos até hoje, somar esses talentos em nome de um objetivo comum levando nosso som para o Brasil e para o mundo.

13) RM: Quais as vantagens e desvantagens de todos cantarem na banda?

Banda RED: As vantagens eu descrevi na pergunta anterior e as desvantagens poderiam haver se a gente não fosse tão verdadeiros uns com os outros, ou se como disse anteriormente, deixássemos o ego falar mais alto que o nosso próprio objetivo.

14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Banda RED: Na realidade a forma independente é só no nome, pois somos mais dependentes daquilo que move o mundo, o dinheiro (risos). A nossa caminhada é muito árdua quando não se tem alguém investindo no trabalho no sentido de divulgação, porque sabemos que a divulgação é essencial para que o trabalho evolua.

Então sem um empresário ou uma gravadora temos que fazer tudo, então tudo fica mais trabalhoso e com graus de dificuldades maiores. Mas ao mesmo tempo podemos realizar um trabalho com mais liberdade de criação por estar tudo girando em nossas mãos.

15) RM: Como vocês analisam o cenário musical brasileiro. Na opinião de vocês quais foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?

Banda RED: Nós analisamos o cenário musical em um período de transformações, em que na mídia aparecem muitos artistas bons e outros não, em nossa opinião. Já na cena alternativa, tem muitos artistas maravilhosos que não estão na mídia e por isso não são tão conhecidos.

As revelações são muitas, como Maria Gadú, Ceu, Diogo Nogueira, Tiago Varzé, entre outros. Todos os artistas que chegaram com um trabalho consistente, por sua verdade e seu talento permanecem até hoje e na contramão quem chega ao contrario disso que falei acaba tendo data de validade para sucumbir.

16) RM: Quais os músicos ou bandas já conhecidos do público que vocês têm como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Banda RED: Nossa, são muitos. Mas costumamos nos espelhar por aquele artista que alem de talentoso e profissional, tem na figura humana bondade, caráter e ética.

17) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram nos shows de vocês?

Banda RED: Vixi! Pergunta que gastaria 50 paginas (risos). Já tocamos e não recebemos no início da nossa carreira musical. Já ficamos sem tocar por falta de energia por conta de um caminhão que bateu no poste perto do local. Já ficamos ilhados em um lugar do interior de São Paulo por causa de muita chuva. No começo da carreira tocamos em lugares que faltava tudo.

Você chegava ao local e o hotel era um quartinho para 10 pessoas, a aparelhagem de som era precária, não tinha nem água para gente no palco nem onde a gente aguardava o início do show, porque chamar de camarim eu estaria brincadeira (risos).

18) RM: O que lhe deixam vocês mais felizes e mais tristes na carreira musical?

Banda RED: Somos felizes por nos darmos bem, apesar dos reveses da carreira e por fazermos o que amamos fazer: Música. E triste às vezes por algumas pessoas não nos tratarem com o devido respeito. E praticarem algumas sacanagem e más intenções, mas sabemos que é a vida, e procuramos aprender com isso.

19) RM: Nos apresente a cena musical paulistana?

Banda RED: A cena é muito eclética e existe espaço para todos os estilos musicais: Sertanejo, Pagode, Samba Rock, MPB, POP, Rock Pesado, Classic rock, Reggae, Samba raiz, Rap, Black music, e todos defendendo sua bandeira e buscando um lugar ao sol.

20) RM: Vocês acreditam que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Banda RED: Acreditamos que existem rádios que dão a oportunidade ao artista de mostrar seu trabalho, mas com limitações, pois será de vez em quando que sua música irá tocar na programação. Ou aparecerá em um programa Alternativo de TV fechada em que poucas pessoas irão te ver.

Não somos contra as promoções comerciais que as rádios fazem para que você faça um trabalho legal de divulgação, mas somos totalmente contra o jabá exorbitante (cobrança de um valor alto para ter nossas músicas na programação). Pois, para fazer uma divulgação em FMs de muita audiência somente ganhando na Mega Senna, para pagar  o jabá (risos).

21) RM: O que vocês diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Banda RED: Se envolva de verdade com seus sonhos para que eles se tornem realidade. E se profissionalizem no sentido de estudarem muito, agreguem pessoas profissionais que somem no trabalho. E sempre pensem com humildade na questão de equipe, como já disse, de qualquer forma serão únicos. E boa sorte à todos!

22) RM: Quais os projetos futuros?

Banda RED – Nós estamos gravando releituras de um compositor e artista que é um dos ícones da MPB, mas é só o que posso falar, pois é segredo de Estado (risos).

23)RM: Quais os contatos?

Banda RED: [email protected] | (11) 94004 – 4900


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