More Arthur Vinih »"/>More Arthur Vinih »" /> Arthur Vinih - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Arthur Vinih

Arthur Vinih
Arthur Vinih
Compartilhe conhecimento

O cantor, compositor, violonista mineiro Arthur Vinih vem se destacando no cenário musical mineiro.

A sua história com a musica começou aos 11 anos de idade na Corporação Musical União Sete de Setembro tocando Trombone. Aos 12 anos passou a se interessar pelo Violão, instrumento com o qual travou o primeiro contato ainda na casa de seus pais.

O Violão fora um presente que seu pai Adilson havia comprado para sua mãe Vanderlúcia. O presente ajudou não só Adilson a conquistar Vanderlúcia, como despertou a curiosidade do pequeno Arthur.

Contudo, foi no seu segundo encontro com o Violão que Arthur Vinih descobriu no Violão a melhor maneira de expressar toda a música que havia dentro de si. Foi nesse momento que deu início ao estudo do Violão, os primeiros passos no processo de composição e a descoberta de um instrumento que trazia dentro de si: sua voz.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Arthur Vinih para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa  em 01.06.2016:

01) RitmoMelodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Arthur Vinih: Nasci no dia 14.11.1989 em Ponte Nova – Minas Gerais.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Arthur Vinih: Meu primeiro contato com a música foi aos 11 anos de idade na Corporação Musical União Sete de Setembro tocando Trombone de Vara. Logo depois me interessei pelo Violão. E com o Violão nas mãos eu comecei a compor, ganhei alguns festivais de músicas ainda garoto, o que me motivou ainda mais a continuar compondo.

03) RM: Qual a sua formação musical e\ou acadêmica fora da área musical?

Arthur Vinih: Estudei teoria musical e Trombone de vara na Corporação Musical União Sete de Setembro,  com os mestres Jacaré e José Carlos Daniel que são músicos de Ponte Nova – MG e eu dei meus primeiros passos no Violão, eles ajudaram a construir a minha Percepção Musical.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Arthur Vinih: Em minha adolescência fui muito influenciado pelas bandas brasileiras de Pop Rock das décadas de 80 e 90, mas essa influência ficou para trás junto com minha adolescência. Aos 18 anos, eu comecei a ser influenciado por outros sons e isso refletiu diretamente em minha forma de compor. O Clube da Esquina, Baden Powell, Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé, Gilberto Gil e o meu conterrâneo João Bosco são algumas de minhas principais influências hoje.

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?

Arthur Vinih: Minha carreira profissional começou em 2003 nos Bares de Ponte Nova – MG, quando comecei o show Voz e Violão. Eu era um garoto de 13 anos de idade, mas já me sentia à vontade em cima de um palco.

06) RM: Quantos CDs lançados, quais os anos de lançamento (quais os músicos que participaram nas gravações)? Qual o perfil musical de cada CD? E quais as musicas que entraram no gosto do seu público?

Arthur Vinih: Em 2007 Lancei um disco chamado INVOLUÇÃO com a minha primeira banda, a banda PRIMATAS, as minhas composições pop da adolescência ficaram registradas nele, a canção ACIMA DE TUDO, tocou em diversas rádios de Minas Gerais. Esse disco teve as seguintes participações: Adailton Couto-Bateria, Felipe Evaristo e Rafael Loures – Guitarra, Marcelo Paulino-Baixo.

Em 2010 Lancei um disco chamado AÇÃO E REAÇÃO, as composições eram diferentes do que eu costumava fazer. Harmonia, melodia e Ritmo seguiam os caminhos de compositores como Lenine, Djavan e Flavio Venturini. Esse disco teve as seguintes participações: José Carlos Daniel – Violão, Jader Moreira – Flauta, Leonísio – Gaita, Junior Correa – Pandeiro, Sandro Tolentino – Guitarra.

Em 2016 estou trabalhando o meu novo o disco que se chama INVERSO. Esse eu considero o meu trabalho mais completo, tive ajuda do produtor Thomas Medeiros que conseguiu dar o tempero que eu precisava para minhas composições.

Nesse disco você encontra o groove do Soul, a leveza das baladas mineiras, influências diretas do Clube da Esquina, a agressividade do samba funk, a mistura de sons que vêm dos instrumentos de sopro das bandas marciais do interior de Minas, enfim, como já disse, acredito que seja o meu trabalho mais completo até aqui. Como esse é o disco que estou trabalhando deixarei abaixo a Ficha Técnica Completa.

Arthur Vinih: Voz, Violão e Guitarras, Adailton Couto: Bateria, Cristiano Provezani: Contrabaixo, Nando Vasconcelos: Percussões, Jader Moreira: Flauta Transversa, Elias Vitorino: Trombone, Trompete e Tuba, Participação especial: Thomas Medeiros: Backing Vocal em “Vestido azul” e Contrabaixo em “Haverá”, Moringa, Ganza, Contrabaixo e Ukulele em “Sorte de nós dois”, Samples em “inverso”, Arranjos: Thomas Medeiros e Arthur Vinih, Direção Musical: Thomas Medeiros, Arte Gráfica: Dinho Bento, Fotografia: Marcello Nicolato, Produzido por Thomas Medeiros e Arthur Vinih, Gravado, Mixado e Masterizado por Thomas Medeiros no Estúdio Horizontes em Viçosa-MG.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Arthur Vinih: Essa pergunta é difícil de responder, minha forma de compor é bem variada, mas posso dizer que sempre estou com o pé em Minas Gerais, em tudo que faço tem um bocadinho daqui.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Arthur Vinih: Sim.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Arthur Vinih: Depois que estudei técnica vocal eu parei de ter problemas com cansaço, aprendi a dosar melhor o que eu canto. Estúdio também foi muito bom para mim, acredito que quanto mais eu me ouço, mais eu melhoro minha forma de cantar.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Arthur Vinih: Vários, como não dá para citar todos vou deixar dois nomes. Elis Regina e Nina Simone.

11) RM: Como é seu processo de compor?

Arthur Vinih: Não tenho um processo certo, depende do momento, mas posso dizer que na maioria das vezes a melodia surge em minha cabeça, e não tem hora para isso acontecer. Eu posso estar na fila do banco, no banheiro, no Bar. Enfim, quando isso acontece vou logo de encontro ao meu Violão para procurar a Harmonia.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Arthur Vinih: José Carlos Daniel é o meu principal parceiro de composição.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Arthur Vinih: O bom de ser independente é que você pode desenvolver um trabalho mais livre, pode compor, tocar, cantar, gravar, se vestir como você quiser. O problema é que às vezes seu trabalho não tem tanto alcance quando você trabalha de forma independente. A internet ajuda bastante.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira musical dentro e fora do palco?

Arthur Vinih: Dentro do palco minha estratégia é levar o melhor de mim para o meu público. E fora do palco a minha estratégia é procurar uma maneira de estar dentro do palco, sempre.

15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Arthur Vinih: Participo de editais de lei de incentivo a cultura. E gravo clipes para divulgar o meu trabalho na internet, participo de Festivais de Música, dou aulas de violão e de canto, enfim, estou sempre em atividade.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Arthur Vinih: No meu caso só ajuda.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Arthur Vinih: Eu só vejo vantagens, facilita o trabalho de pré-produção.

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Arthur Vinih: Eu procuro me sentir bem com o que estou fazendo, isso acaba refletindo no meu trabalho de forma positiva. Acredito que não tem necessidade de se preocupar em se diferenciar dos demais dentro do seu nicho musical, isso cabe ao público julgar, se você é diferente ou não, eu apenas faço o meu som.

19) RM: Como você analisa o cenário musical brasileiro. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?

Arthur Vinih: O cenário musical Brasileiro está lindo para quem procura bons sons. Vou citar o cantor e compositor DI MELO como revelação musical, pois ele ressurgiu com força total. Antes mesmo da minha existência ele já criava belas canções, mas para mim ele foi uma revelação, pois eu não conhecia o trabalho dele.

Vou citar os Racionais MC’s como os que permaneceram com sua obra consistente, há tempos sem lançar um disco, agora lançaram o disco Cores e Valores que é uma PEDRADA!… Agora o artista que regrediu, eu prefiro não palpitar, ficarei nas análises positivas.

20) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Arthur Vinih: Vou citar o Nelson Faria, tenho acompanhado o seu novo programa CAFÉ LÁ EM CASA, me tornei um fã do profissionalismo dele, e sua qualidade artística é indiscutível.

21) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical?

Arthur Vinih – Várias situações inusitadas já aconteceram comigo durante a minha carreira musical. Eu, poderia escrever várias linhas aqui, mas vou citar o dia que viajamos mais de 500 quilômetros no carro Elba ano 1988 do meu pai para tocar para duas pessoas em um Chalé em Esmeraldas – MG.

Esse dia foi bizarro, o dono do Chalé disse que iria nos ajudar e nos deu R$100,00. Depois desse dia não viajei mais para tocar sem cachê mínimo.

22) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Arthur Vinih – Tudo me deixa feliz na música, os obstáculos não são suficientes para me entristecer, sou feliz por ser músico, respiro música, amo a música.

23) RM: Nos apresente a cena musical da cidade que você mora?

Arthur Vinih:  Existem vários músicos em atividade na minha cidade, excelentes compositores, excelentes instrumentistas, excelentes cantores e cantoras. Eu leciono violão e canto em uma escola em Ponte Nova chamada Percepção Musical. A Percepção Musical é um ponto de referencia da cena musical da cidade.

24) RM: Quais os músicos, bandas da cidade que você mora. Quais você indica como uma boa opção? 

Arthur Vinih: Vários músicos e bandas de qualidades que já surgiram em Ponte Nova-MG, mas os meus ponte-novenses preferidos são: José Carlos Daniel, Victor Fernandes e Délcio Stavanato.

25) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Arthur Vinih: Sim. Elas já tocam em diversas Rádios conceituadas sem eu precisar pagar o Jabá.

26) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Arthur Vinih: Se você ama o que faz, você vai se dar bem! Siga em frente! Acredite no seu som!

27) RM: Como você analisa o papel da grande mídia na cobertura da cena musical no Brasil?

Arthur Vinih: O papel da grande mídia é importantíssimo. Sem a mídia não conseguimos alcançar muitas pessoas. Infelizmente, eu acredito, que a grande mídia brasileira não trata a nossa música como ela merece, não só a música, mas a cultura em geral.

28) RM: Você participou de Festival de Música? Quais?

Arthur Vinih – Sim. A minha primeira experiência em Festival de Música foi em 2003 no Festival Estudantil de Ponte Nova – MG, fiquei em primeiro Lugar. Durante minha carreira participei de diversos festivais de música, vou citar o mais recente: FECARC Festival da Canção de Rio Casca, com a Canção “EU SOU NEGÃO”, junto com a minha atual banda chamada MALUNGOS, ganhamos como a melhor música popular e ficamos em segundo lugar no Geral.

29) RM: Qual a importância do Festival de Música para os músicos brasileiros?

Arthur Vinih: O Festival de Música é o melhor lugar para divulgar o trabalho, mesmo que você não ganhe o prêmio, os palcos dos festivais são como excelentes vitrines.

30) RM: Quais os prós e contras do formato do Festival de Música no Brasil?

Arthur Vinih: Não tenho nada contra, só vejo vantagens, acredito que os palcos dos Festivais de Música, são as melhores vitrines.

31) RM: Quais os seus projetos futuros?

Arthur Vinih: Meu próximo projeto é a gravação de um videoclipe, estou focado nesse trabalho, a música escolhida foi a canção EU SOU NEGÃO, em sua letra eu exalto a beleza negra, será um trabalho bem  interessante, aguardem.

32) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Arthur Vinih: (31) 9.8815 – 4039 | 3881 – 6888 |    [email protected] | www.facebook.com/arthurvinihmusico


Compartilhe conhecimento

Deixe um comentário

*

Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.