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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Quem é mais importante na música: o Ritmo, a Melodia ou os Acordes?

Ritmo Melodia Acordes
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O DNA da música é o Ritmo e a Melodia. Os acordes maiores, menores, diminutos, dissonantes, etc, são vozes (notas) extraídas das escalas musicais que se harmonizam com a linha melódica. O ritmo existe independente da melodia e dos acordes. Todas as melodias já nascem com divisão rítmica, seja consciente ou intuitiva. O Ritmo é o corpo, a melodia é a alma e os acordes, o figurino.

O ritmo está presente na natureza e no corpo humano na batida binária do coração e no respirar. Arritmia cardíaca é quando o coração está batendo fora do compasso natural. Ao caminhar ou correr fazemos em ritmo de marcha, ou seja, compasso binário. Não andamos ou corremos em compasso ternário. Nos primórdios o ritmo era um meio de comunicação das tribos. Até no canto gregoriano; que a rigor não existia ritmo, o pulsar na contagem do compasso, e a subdivisão das notas da linha melódica já dava a sensação do ritmo. Tinha que cantar no tempo proposto da melodia escrita na partitura. Recomendo a leitura do livro Dicionário de Ritmo (um mapa-múndi das possibilidades rítmicas sob a regência da matemática) – do multi-instrumentista, compositor, professor, escritor, programador e empresário Jack Lima, lançado em 2011. Link da entrevista que fiz com ele: https://www.ritmomelodia.mus.br/entrevistas/jack-lima

A Melodia está no canto dos passarinhos, nos instrumentos melódicos e nos sons incidentais da natureza e junto com o Ritmo são o coração e o pulsar da música. A mágica da criação melódica é ter apenas doze sons (notas), sete naturais (Do – C, Ré – D, Mi – E, Fá – F, Sol – G, Lá – A, Si – B) e cinco sons que alteram os sons naturais para bemol ou sustenido (exemplo, C# ou Db tem o mesmo som. Eb e Bb não tem E# e B#; nem C# e F# tem Cb ou Fb). A mistura dessas 12 notas, tocadas em regiões agudas e graves faz nascer infinitas músicas com ou sem letra. Além das melodias presentes no arranjo, solo e frases musicais. O compositor (a) pode criar uma melodia usando um instrumento melódico ou a própria voz cantando à capela sem acompanhamento de um instrumento. Quando uma canção é composta à capela os acordes são baseados na linha melódica. Quem compõe pode usar uma sequência harmônica de acordes no instrumento para criar uma linha melódica com ou sem letra. Mas a sequência de acordes limitará suas possibilidades de criação melódica. Um compositor (a) pode criar mil melodias para a mesma letra/poema e uma melodia pode inúmeras letras. Na música a criatividade e o talento são quem definem o limite do céu dos Ritmos, Melodias e Acordes.

Os Acordes maiores, menores, diminutos, dissonantes para alguns músicos se tornaram reis. Existe até o estudo para explicar o uso deles: Harmonia Funcional, Campo Harmônico. Nos ritmos do Jazz e Bossa Nova os acordes ganharam mais importância que a melodia. Algo como Jesus Cristo sendo pai de Deus. A super valorização dos Acordes e do estudo da Harmonia fez com que houvesse uma inversão de valores e importância em relação a Melodia. A formação de um Acorde é extraída das dozes notas das escalas musicais. A tríade, são acordes maiores e menores formado por três notas das escalas em consonâncias: Tônica, Terça e Quinta. A tétrade são acordes dissonantes maiores e menores formados por quatro ou mais notas: Tônica, Terça, com a Quinta podendo ser substituída pela Sexta, Sétimas, Nova e Décimas.

No Acorde todas as notas podem ser tocadas juntas ou uma após a outra (Arpejo) e quantidade de acordes não faz uma música ser melhor.


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.