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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Como saber se o Sarau é uma Vitrine ou uma Cilada?

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Saraus são uma reunião de poetas, escritores, músicos e artistas em geral com o objetivo de compartilhar experiências artísticas, culturais e o convívio social. Tem como propósito apresentar atividades lúdicas como dança, música, poesias, artes plásticas e cênica e outras atividades culturais. Sarau deriva do latim seranus / serum, referência ao “entardecer” ou ao “pôr do sol”. Era muito comum no século XIX entre grupos de aristocratas e burgueses.

No século XXI, escolas, universidades, associações artísticas e culturais reavivaram a realização de Sarau como um modo de promover o desenvolvimento cultural da população. No geral, nesses encontros, as pessoas leem trechos de livros, recitam poemas ou tem “batalha” de poemas (SLAM), fazem debates filosóficos sobre os conteúdos debatidos nas obras lidas e tem apresentação musical.

Os intérpretes cantam ou tocam músicas de compositores famosos ou ainda desconhecidos. E cantor (a) que também é compositor (a) é comum frequentar Sarau para divulgar música inédita e sentir a receptividade de um público seleto. Quem já tem disco gravado já tenta apresentação de curta duração (pocket show) com 30 minutos de duração ou mais. No geral cada pessoa que se apresenta no Sarau pode apresentar um ou dois poemas ou canções seguindo uma lista de participantes por ordem de chegada. No geral, em São Paulo, o horário de início do Sarau pode ser 18:00 ou 19:00 com duas horas duração.

Cada Sarau tem regras exclusivas, perfil, anfitrião e público específico. O músico que optar em começar se apresentar em Sarau é melhor se informar sobre quem é o cacique/anfitrião e público do Sarau para não se “traumatizar” com a realidade que vou relatar abaixo.

O músico, “macaco velho” de Sarau, é bom saber a hora de ir com menos frequência ao evento no qual já sente que é tratado como “carne de vaca” ou como “uma nota qualquer”. “Panelinha” e máfia, existem até em Sarau, infelizmente. Existe, o “Sarau Cilada”, que tem organização no modelo “Casa da Mãe Joana” ou anfitrião/organizador megalomaníaco, egocêntrico, mal educado ou mal intencionado…

Se o músico não morrer de raiva, melhor “evitar a fadiga” de ir outras vezes. Sarau que o músico deve fidelizar é o que tem organizadores respeitosos, organizados e que não veja como concorrentes os músicos que participam do Sarau. O Sarau que é feito em Bar perde um pouco da “essência” por conta do barulho no ambiente e o frequentador de Bar e de Sarau tem particularidades, gostos e costumes diferentes, mesmo alguns tendo em comum a boemia.

A sonorização no Sarau é uma caixinha de surpresa ou de pandora; quando tem bons equipamentos de som (mesa de som, caixas e microfones) torça para ter alguém que saiba usar os aparelhos e equalizar os instrumentos. No geral, o Sarau tem equipamento de som equivalente a um Luau, por isso, recomendo ao músico levar o seu instrumento musical e cabo para ligar ao som do do evento. Sarau que tem um palco estilo Teatro é raro, no geral, não tem palco.

O músico deve avaliar o custo e benefício de se apresentar em um Sarau pelo o valor investimento para ir. Ganhar dinheiro em Sarau, só alguns organizadores conseguem e tem Sarau que o músico paga uma contribuição simbólica para custear a estrutura do evento. Existem alguns organizadores que usam o Sarau como trampolim para a sua própria carreira.

No Sarau, o artista não é obrigado aceitar que outros músicos o acompanhem tocando algum instrumento se não teve um ensaio prévio ou consentimento prévio do artista. Melhor tocar bem sozinho que arriscar ser mal acompanhado. No Sarau, alguns músicos ficam com conversas paralelas não respeitando a apresentação dos seus colegas de profissão. O músico pode usar o Sarau como um selo: “aprovado pelo público a minha obra musical”; algo semelhante a um Festival de Música sem competição nem premiação.

O artista pode usar o espaço do Sarau para gravar vídeo quando tem um bom palco e uma boa sonorização e para manter contato com outros músicos, poetas, letrista, artistas e amizade em geral. Para o músico iniciante serve como um estágio de palco e para os experientes como uma possibilidade de fomentar plateia para seu show.


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.