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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Grupo Gara-pé

fotos neide gara p
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Gara-pé é formado por descendentes de uma árvore genealógica puramente nordestina, herdou o gosto pela cultura do pai Luiz de Nazaré (Fundador da Praça do Forró no bairro São Miguel Paulista na Zona Leste de São Paulo).

Tem como objetivo difundir o canto do cancioneiro nordestino, através de suas composições, cantando não só o sofrimento do sertão, mas também as alegrias e os amores de todo o povo nordestino e preservando a tradição e suas raízes. O Gara-pé mostra o verdadeiro Forró Pé de Serra, como fazia Luiz Gonzaga, uma forte influência em seu repertório, assim como Jackson do Pandeiro, Marinês, Antônio Barros, João Silva, entre outros.

O nome Gara-pé é uma homenagem aos trabalhadores do cultivo da cana de açúcar, que trabalhavam arduamente para extrair a Garapa e que nas suas horas de folga juntavam-se para o arrasta pé no forró. Abrasileirando tudo isso surgiu o nosso querido Forró e a partir daí nasceu o Gara-pé, quarteto composto por Cicinho (1ª Sanfona) Fernando (2ª Sanfona) Willian (Zabumba) e Ivaneide – Neide Gara-pé (Triangulo e Voz).

Gara-pé participou do FENFIT (Festival Nacional de Forró de Itaúnas – ES) e emocionou mais de 3 mil pessoas ao escutarem a canção “Jeito Baiano” do compositor Vinicinho Magalhães. A música que ganhou o festival como melhor Letra e Neide Gara-pé ficou entre os três Melhores intérpretes do Festival.

Gara-pé vem conquistando espaço nas casas mais tradicionais de Forró Pé de Serra de São Paulo, palcos já frequentados por grandes nomes como, Dominguinhos, Genival Lacerda, Falamansa, Rastapé, DuaniForróçacana, entre outros grandes artistas do forró e da MPB. Gara-pé emociona a todos com o seu repertório, a sua alegria e emoção no palco.

Ivaneide Maria de Andrade (Neide Gara-pé) é filha de nordestinos e aprendeu com o pai Luiz de Nazaré (Apresentador e fundador da Praça do forró) o valor dessa cultura riquíssima que é o nosso querido Forró Pé de Serra, aos 12 anos de idade começou a aprender instrumentos de percussão: Zabumba, Triangulo, etc… Aos 13 anos iniciou seu estudo de canto e acordeom no conservatório Francisco Braga, atualmente Oreste Sinatra. Aos 15 anos já ministrava aulas de Acordeom (Sanfona) e teoria musical para iniciantes ao mesmo tempo em que começou a compor músicas. O seu primeiro show foi com seu pai e duas irmãs (Marinês, Ivone e Luizinho) na Praça do Forró em São Miguel Paulista. Já tocou ao lado de grandes nomes como Anastácia, Dominguinhos, Oswaldinho do Acordeon entre outros. E hoje, depois de uma indicação como melhor intérprete do FENFIT, é integrante do Gara-pé desde sua primeira formação.

Cicinho Silva filho de Luiz de Nazaré entrou no mundo da música aos 11 anos de idade com os ensinamentos do pai, tocando instrumentos de percussão. Com 15 anos iniciou seus estudos de Acordeom. Em 2000 entrou para o conservatório Orestes Sinatra estudou também no conservatório CNCM (Centro Nacional de Cultura Musical), tendo aulas com o professor Roberto Bueno (atual Presidente da OMB). Em 2006 ingressou na Universidade Livre de Música (centro Tom Jobim) onde se formou acordeonista em 2008. No mesmo ano teve aulas com grandes nomes no Acordeom como a concertista Regina Weissmann e Toninho Ferragutti. Em 2013, iniciou aulas com grande músico, considerado um dos melhores acordeonistas do Brasil, Oswaldinho do Acordeon, desenvolvendo técnicas italianas para Acordeom, harmonia e acompanhamento, para música brasileira, clássica e música americana (jazz). Hoje faz 1ª sanfona no Gara-pé e produtor musical, com trabalhos como o CD do trio Três Tinguá, o Trio Bastião que venceu o FENFIT 2010, incluindo bandas de forró eletrônico e sertanejo. Acompanha e já acompanhou músicos renomados como: Oswaldinho do Acordeon, Miltinho Edilberto, Anastácia, Rouxinol Paraibano, Trio Xamego, Trio Alvorada, Edson Duarte entre outros.

Willian Silva é descendente de família nordestina, neto de Luiz de Nazaré demonstrou interesse desde cedo pela música nordestina e por vários instrumentos musicais, começou com aulas do seu tio Cicinho Silva, logo entrou na ULM (Universidade Livre de Musica) hoje continua com aulas com seu tio Cicinho e domina o Zabumba, Triângulo, Acordeom e canta e possui ouvido absoluto. Integrante do Gara-pé e acompanhando vários músicos.

Luiz Fernando é filho de nordestinos, aos 12 anos de idade despertou interesse pela música tocando Teclado de forma despretensiosa estudou música por um ano com professor particular, aos 15 anos já tocava Triângulo, junto com a Neide Gara-pé e Cicinho Silva, aos 17 anos passou a se interessar pelo Acordeom e aos poucos começou a estudar o instrumento tendo como professor o Cicinho Silva, aos 19 anos ingressou na ULM (Universidade Livre de Musica)/Centro Tom Jobim, e até hoje continua estudando com o Cicinho e fazendo 2ª Sanfona no Gara-pé e fazendo Duo com Neide Gara-pé.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Grupo Gara-pé para a www.ritmomelodia.mus.br , entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 27.10.2017:

 01) Ritmo Melodia: Qual a data de nascimento e cidade natal dos membros do Gara-pé?

Neide Gara-pé: Nasci no dia 5.05.1972 em São Paulo.

Cicinho Silva: Nasci no dia 3.01.1985 em São Paulo.

Luiz Fernando: Nasci no dia 8.07.1989 em São Paulo e toco Acordeom.

 Wilian: Nasci no dia 31.01.1996 em São Paulo e toco Zabumba.

O nome Gara-pé é uma homenagem aos trabalhadores do corte de cana de açúcar.

02) RM : Fale do seu primeiro contato com a música?

Neide Gara-pé: Aos 12 anos de idade ouvindo meu pai (Luiz de Nazaré) tocar e amigos.

Cicinho Silva: Nasci em uma família de músicos, meu pai (Luiz de Nazaré) era sanfoneiro.

03) RM : Qual a sua formação musical e\ou acadêmica fora da área musical?

Neide Gara-pé: Primeiro Zabumba depois vocal com meus pais e Vocal e Acordeom no Conservatório Oreste Sinatra. E cursei aux. Enfermagem.

Cicinho Silva: Cresci aprendendo com meu pai (Luiz de Nazaré), das minhas irmãs (Neide, Marinês e Ivonete), depois fui para o Conservatório Oreste Sinatra estudar Acordeom no qual me formei.

04) RM : Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Neide Gara-pé: Nossa era uma misturada danada, ouvia Elvis Presley, Michael Jackson, Elis Regina, Clara Nunes, Bezerra da Silva, Fagner, Orquestras, Óperas, Alcione, Lambadas, Maria Bethânia, sertanejos, Boleros, Luiz Gonzaga. Até hoje ouço todos, mas com muita frequência Forró pé de Serra, Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do pandeiro, Anastácia (Rainha do forró), Marinês (Rainha do Xaxado), Marinalva, Hermelinda do Trio Mossoró e Trio Nordestino e outros grandes artistas do Forró Pé de Serra.

Cicinho Silva: (risos) engraçado porque apesar de minha família ser de forrozeiros, eu gostava de Black americano e de Luiz Gonzaga. Eu escutava muito os dois estilos. E crescendo e estudando Sivuca, Dominguinhos, Camarão, Oswaldinho do Acordeon fui deixando de escutar Black music e passando a escutar Mozart, Bach, Beethoven, Chick Corea , Frank Marocc e tantos outros Gênios.

05) RM : Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?

Neide Gara-pé: Aos 12 anos de idade por iniciativa do meu pai (Luiz de Nazaré), o ouvindo tocar e com outros amigos iniciei tudo na Praça do Forró no bairro São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo ao lado do meu pai e minhas irmãs Marinês e Ivone.

Cicinho Silva: Comecei nos palcos com meu Pai (Luiz de Nazaré) em meu bairro de nascimento São Miguel Paulista, por volta do ano de 2000.

06) RM : Quantos CDs lançados?

Neide Gara-pé: Um disco com o meu pai: Luiz de Nazaré e suas Meninas (Neide, Marinês e Ivonete) em 1990.

Um disco com os meus irmãos (Neide, Marinês, Ivonete e Cicinho Silva) no quarteto Gara-pé.

Um disco com outro Trio SPROOTS em 2015.

Cicinho Silva: Ainda não lancei meu Trabalho solo, mas estou em estúdio. Gravei um Trabalho de Forró Pé de Serra com meus irmãos (Neide, Marinês, Ivonete e Cicinho Silva) no quarteto Gara-pé, no qual temos participações de Oswaldinho do Acordeon,  Anástacia e Dío Araujo do Trio Xamego.

07) RM : Como você define seu estilo musical?

Neide Gara-pé: Forró Pé de Serra, mas ouço outros ritmos também.

Cicinho Silva: Gosto de musica Regional Nordestina, mas procuro estudar e escutar de tudo um Pouco.

08) RM : Você estudou técnica vocal?

Neide Gara-pé: Sim. No inicio com a minha mãe Cícera e depois com Claudia Sinatra no Conservatório Oreste Sinatra.

Cicinho Silva: Ainda não estudei técnica vocal.

09) RM : Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz? 

Neide Gara-pé: É de máxima importância, sempre beber água, descansar o máximo possível, evitar fumo e bebidas alcoólicas.

10) RM : Quais as cantoras(es) que você admira?

 Neide Garapé: Clara Nunes, Elis Regina, Maria Bethânia, Anastácia, Marinês, Luiz Gonzaga e Hermelinda.

 Cicinho Silva: Clara Nunes, Elis Regina, Elba Ramalho, Alcione e muitas outras.

11) RM : Como é o seu processo de compor?

Neide Gara-pé: Quando escuto uma melodia vem uma letra e geralmente que fala de amor (risos).

Cicinho Silva: Faço música instrumental, então geralmente preciso estar em um local calmo, e ai as ideias vão aparecendo, vou improvisando e as frases vão se agrupando (risos).

12) RM : Quais são seus principais parceiros de composição?

Neide Gara-pé: Minha mãe e meus irmãos.

Cicinho Silva: Ainda não tenho parceiros nas músicas instrumentais.

13) RM : Quem já gravou as suas músicas?

Neide Gara-pé: Outro cantor ainda não gravou.

Cicinho Silva: Toninho Ferragutti gravou um tema meu chamado Ferragutiando em um disco de um trio de Forró; Oswaldinho do Acordeon gravou “Viajando Para o Sertão” no disco do quarteto Gara-pé.

14) RM : Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Neide Gara-pé: Liberdade para mostrar meu trabalho e saber se o público está gostando. Contras: é a dificuldade de encontrar um bom produtor para valorizar e levar meu trabalho para todo o público, pois apesar de hoje ser um mundo avançado as vezes encontramos as portas fechadas para mostrar nosso trabalho musical.

Cicinho Silva: Os prós é que você procura está por dentro das redes sociais, procura ter contato com cada fã e fazer sua identidade musical. Os contras é às vezes não poder ter seu som e não saber o que o público está achando do que você faz.

15) RM : Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Neide Gara-pé: Sempre estudo com meu irmão Cicinho Silva e procuro levar o meu melhor para o palco e procuro estudar melhor o repertório para contagiar à todos que ouvi-lo e principalmente ser uma pessoa humilde.

Cicinho Silva: É sempre perceber o que o público quer escutar e o que apreciam. E sempre está praticando para está pronto para quando as oportunidades aparecem.

16) RM : Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?

Neide Gara-pé: Aproveito as oportunidades em Rádios, TV, Rede Sociais, convites de outros amigos do Forró Pé de Serra. E hoje o apoio do Studio Mceys, TV Embú Guaçu, OYTV, TV São Miguel e o  apoio do Programa Nordeste Sim sinhô.

17) RM : O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?

Neide Gara-pé: Não vejo nada que me prejudique desde que seja usada de forma segura e correta. Lado positivo posso se comunicar levando meu Forró Pé de Serra para o mundo.

Cicinho Silva: A internet bem usada ajuda muito na divulgação do trabalho, mas pode prejudicar se não souber divulgar.

18) RM : Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia  de gravação (home estúdio)?

Neide Gara-pé: Oportunidade para o músico que não é conhecido como deveria ser e que não tem condições financeiras, nem patrocínio ou um empresário ou até mesmo uma gravadora para patrocinar a gravação de suas músicas.

Cicinho Silva: Custo e beneficio é uma vantagem, porém muitas vezes um estúdio grande ajuda, faz com que o trabalho ande mais rápido.

19) RM : No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Neide Gara-pé: Procuro resgatar as melhores músicas levando um repertório com lindas composições e de grandes obras da nossa música nordestina.

Cicinho Silva: Eu procuro tocar bem. Tocar e gravar o que muita gente gosta de ouvir. E ser humilde, a humildade leva um artista longe.

20) RM : Como você analisa o cenário do Forró. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?

Neide Gara-pé: Muito rico. O Forró Pé de Serra vem crescendo a cada dia contagiando outros países. Elba Ramalho, Jorge Altino, Flávio José pode acontecer altos e baixos, mas eles sempre estão na mídia. Não ouvi mais pelo sudeste shows das bandas Mastruz com Leite e banda Magnífico.

Cicinho Silva: O Forró graças a Deus está cada vez mais popular, adquirindo mais espaço a cada dia. Elba Ramalho e Jorge de Altinho, esses dois artistas tem altos e baixos.

21) RM : Qual ou quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Neide Gara-pé: Com certeza Dominguinhos e Anastácia.

Cicinho Silva: Dominguinhos, Anastácia.

22) RM : Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para o show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?

Neide Gara-pé: O não pagamento do cachê atrapalha nosso orçamento já que dependo exclusivamente da música para o sustento. Levar “cantada”, eu encaro como bom humor e humildade. E da melhor maneira coloco o fã mais “ousado” no seu devido lugar com carinho e respeito.

Cicinho Silva: Já aconteceu de tudo que se possa imaginar, mas com certeza o atraso ou não pagamento do cachê é o que mais atrapalha, por ser nossa Profissão. E o som ruim é grave e é o que mais acontece.

23) RM : O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Neide Gara-pé: Triste quando o cachê atrasa muito. E muito feliz quando elogiada, abraçada pelo fã e por grandes músicos presentes ao show. Tudo isso faz com que eu nunca desista da minha música nordestina e vou plantando sementes para colher os frutos.

Cicinho Silva: Feliz quando sou reconhecido, quando faço shows e discos que o público elogia. E não me deixa feliz a falta de responsabilidade dos governantes do país com a Arte e Cultura.

24) RM : Nos apresente a cena musical da cidade que você mora?

Neide Gara-pé: Em São Paulo temos de tudo e em vários ritmos. A vida cultura é rica. Temos maracatu, rock, forró universitário, forró pé de serra, reggae,  blues, jazz, clássicos, pop, samba e sertanejos entre outros.

Cicinho Silva: Em são Paulo se encontra de Tudo, posso até dizer que é um grande berço da musica mundial. Tem jazz, choro, sertanejo, Forró, música Latina, africana, enfim de tudo um pouco.

25) RM : Quais os músicos, bandas da cidade que você mora, que você indica como uma boa opção?

Neide Gara-pé: Anastácia, Oswaldinho do Acordeon e Mestrinho que cada dia vem fazendo uma linda carreira musical.

26) RM : Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Neide Gara-pé: Sim, mas para isso é precisa ter uma grande amizade com os radialistas. Hoje tem a http://forroots.com.br de Curitiba – PR que ajuda a tocar o meu Forró Pé de Serra por intermédio do radialista Eli Moura.

Cicinho Silva: Acredito que tocaria se tiver amizade com os radialistas.

27) RM : O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Neide Gara-pé: Ame muito que faz, pois existem muitos obstáculos. Tenha carisma, seja humilde. É muito importante mostrar o trabalho sem prejudicar o próximo.

Cicinho Silva: Que tenha foco, fé e persistência, pois às vezes o comainho é complicado, mas não devemos desistir.

28) RM : Quais os prós e contras do Festival de Música?

Neide Gara-pé: Ajuda muito na divulgação, mas existe “muita panela” por trás de muitos Festivais de Música, isso desanima o concorrente que tanto estuda e se esforça para chegar até o Festival. Às vezes o músico passa por grandes dificuldades para participar do Festival de Música e não tem o reconhecimento do seu trabalho.

Cicinho Silva: Os prós de um Festival de Música são os contatos, amizades e a divulgação que acontece no processo. O contra são as “panelas” que muitas vezes existem. E o favoritismo faz os jurados se esquecer de julgar ou ver quais são os pré-requisitos do Festival.

29) RM : Na sua opinião, hoje o Festival de Música ainda é relevante para revelar novos talentos?

Neide Gara-pé: É importante. No Festival de Música o músico tem a oportunidade de mostrar seu trabalho para várias pessoas de gosto musical diferente, mas precisa de amizade, divulgação. E pode ter sorte de um grande produtor se interessar pelo trabalho ali divulgado, mas hoje o Festival não tem a mesma força que alguns anos atrás e às vezes grandes talentos não são mostrados como deveria ser.

Cicinho Silva: Hoje o Festival de Música não tem mais a força na mídia que teve no passado, mas ainda é importante.

30) RM : Como você analisa a cobertura feita pela mídia da cena musical brasileira?

Neide Garapé: Existe mídia para todo público, seja para alguns trabalhos diferenciados como outros ritmos e são diferenciados pelos valores.

Cicinho Silva: A mídia só mostra o que quer e não toda a cultura do Pais.31) RM : Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Neide Gara-pé: Ótimo cachê, cobertura total da mídia. O Itaú Cultural promove grandes eventos e com mídia e público. Outras empresas poderiam promover grandes e pequenos eventos deixando um povo menos carente da cultura. Como existem muitos músicos locais que não são reconhecidos pela mídia como merecem.

Cicinho Silva: Acho Formidável. O cachê é bom, a sonorização é boa, uma ótima mídia de divulgação.

32) RM : Qual a sua opinião sobre as bandas de Forró das antigas e as atuais do Forró Estilizado?

Neide Gara-pé: As antigas bandas de Forró gravavam com maior carisma a música. Os ritmos eram verdadeiro Pé de Serra. Hoje existem algumas que gravam o Forró Pé de Serra puro sem sofisticação, mas outras bandas fazem misturas e não deixa o verdadeiro Forró Pé de Serra.

Cicinho Silva: Acho que por mais que se caracterizam o Forró, as bandas Estilizadas têm muitas diferenças para o Forró Pé de Serra. A levada dos ritmos, as letras.

33) RM : Quais os seus projetos futuros?

Neide Gara-pé: Levar o meu Forró Pé de Serra para toda a mídia, realizar grandes  projetos e aprovar alguns edital de incentivo a cultura para uma carreira solo cantando o Forró Pé de Serra no formato de Trio e de Duo.

Cicinho Silva: Pretendo fazer música instrumental no Acordeom, mostrar as suas riquezas e suas variedades e fazer um Duo.

34) RM : Quais seus contatos para show e para os fãs?

Neide Gara-pé: Pelo site http://www.mceys.com.br/ | escritório Mceys Henry Junior (11) 5851 – 0293 |(11) 94899 – 9768 com Moreira. E Neide Gara-pé (11) 9.5425 – 4219


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.