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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Emanuel Massaro e Otacílio Monteiro

Emanuel Massaro
Emanuel Massaro
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Emanuel Massaro é um Violonista, cantor, compositor, arranjador e educador. Graduado em Música popular pela Unicamp, possui trabalhos na área orquestral e teatral como compositor e arranjador. Músico da noite, ele realizou vários projetos solos e com diversos grupos, em casas de shows, bares e restaurantes de Limeira – SP e região. Desenvolve um intenso trabalho na área de Música popular brasileira. É arranjador da Orquestra Sinfônica de Limeira.

Otacílio Monteiro é um escritor, poeta, jornalista com intensa atividade cultural em Limeira e região, tendo 14 livros publicados e participação em diversas coletâneas. Formado em jornalismo pela Universidade Metodista de Piracicaba – SP, é presidente da ACARTE – Associação Cultural dos Artistas e Técnicos de Limeira. Organiza há 17 anos o Prêmio Cidadão de Poesia.

Realiza a palestra “Palavra, ferramenta para a Arte”, divulgando seus livros em escolas públicas e particulares. É letrista, havendo participado de diversos festivais, com vários prêmios. É também compositor de sambas-enredo e se apresenta em recitais, como declamador.

Iniciaram uma pareceria musical em 2005 e em 2012 lançaram em parceria o CD – O Elixir. Com  Letras de Otacílio e melodias de Emanuel, o CD traz 14 músicas com ritmos variados e a participação de mais de 40 convidados da região. Fugindo aos padrões e valorizando de fato a figura dos autores, o CD é assinado pelos dois, embora apenas Emanuel seja intérprete.

A novidade é justamente esta.  Em vez de os intérpretes ilustrarem a capa, quem aparece são o poeta Otacílio Monteiro e o melodista Emanuel Massaro, celebrando um disco que pretende servir doses homeopáticas de fina estampa musical.  Produzido com a habitual competência do alquimista Marcos Martin, o diretor de Som do Nock Studio Alive, este elixir é temperado com ritmos variados, através da participação de músicos de primeira linha, preocupados de fato não com o resultado fácil do sucesso gratuito, mas com o reconhecimento gradual dos ouvidos exigentes.

Talvez soe diferente, para muitos, o modo de apresentação desse trabalho. Mas pode ser o pontapé inicial para uma importante virada no implacável jogo entre a criatividade e a indústria cultural. Afinal, a música está no ar, sim. E é para todos, mas não é de quem pegar primeiro.         

Segue abaixo entrevista exclusiva com Emanuel Massaro e Otacílio Monteiro para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistados por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa  em 25.01.2016:

01) Ritmo Melodia: Qual a data de nascimento e cidade natal de Emanuel Massaro e Otacílio Monteiro ?

Otacílio Monteiro: Nasci em Araraquara – SP no dia 10 de maio de 1962.

Emanuel Massaro: Nasci em Limeira – SP no dia 06 de dezembro de 1977.

02) RM: Como foi o primeiro contato com a música de Emanuel Massaro e Otacílio Monteiro?

Otacílio: Eu tive o primeiro contato ouvindo os Long Play (LP) e compactos que meu pai tinha e a maioria de música Sertaneja. Mas também havia Nelson Gonçalves, Carlos José, Noite Ilustrada, Demônios da Garoa e até João Gilberto.

Emanuel Massaro: Meu primeiro contato com música foi através de meus pais que sempre ouviram muita música em casa. Roberto Carlos, Benito Di Paula, Moacyr Franco, Nelson Gonçalves… Depois, sendo o filho caçula de três irmãos, ouvia muito o que meus irmãos ouviam. Beatles (principalmente), Janis Joplin, Queen, Led Zeppelin, Kiss, Titãs, Paralamas, Lulu Santos e Léo Jaime.

Com uma tia querida, sempre presente em minha vida, descobri Vinícius de Moraes, que se tornou minha grande paixão da infância. Com ele vieram Chico Buarque, Tom Jobim, Toquinho, Ivan Lins, Oswaldo Montenegro, Edu Lobo, Dorival Caymmi e tantos outros monstros sagrados que cultuo até hoje.

03) RM: Qual a formação musical e\ou acadêmica fora da área musical de Emanuel Massaro e Otacílio Monteiro?

Otacílio: Sou jornalista, atuo em assessoria de imprensa. Mas minha principal atividade atual é como escritor.

Emanuel Massaro: Sou músico. Eu me formei em Música, violão popular pela Unicamp – Campinas. Na faculdade estudei Piano, Flauta, Violoncelo e Canto. Hoje me dedico a outros instrumentos também, como Contrabaixo, Viola caipira e Guitarra. Mas meu instrumento de coração é o Violão e adoro cantar.

04) RM: Quais as influencias musicais no passado e no presente de Emanuel Massaro e Otacílio Monteiro . Quais deixaram de ter importância?

Otacílio: Sou um fã incondicional de Dorival Caymmi, Noel Rosa, Chico Buarque, Adoniran Barbosa e outros grandes compositores. E eles continuam sendo as referências.  Um compositor novo que me agrada é Celso Viáfora.

Emanuel: Sou Beatlemaníaco assumido e também apaixonado pela nossa cultura musical brasileira: Vinicius de Moraes, Toquinho, Chico Buarque, Tom Jobim, Oswaldo Montenegro, Belchior, Beto Guedes, Noel Rosa, Cartola, Marco Pereira, Ivan Vilela e muitos outros.

Sou fã de carteirinha de Elis Regina, para mim a maior cantora de todos os tempos. Nos últimos anos, com a minha aproximação com a viola caipira, passei a me encantar com nossa cultura caipira de raiz: Tião Carreiro, Teddy Vieira, Almir Sater, Renato Teixeira, mas meu grande “norte” pra esse instrumento é Ivan Vilela, grande violeiro. O artista é construído pelas suas referências, então não acredito que compositores deixam de ter importância em nossas vidas.

05) RM: Quando, como e onde  vocês começaram a carreira profissional?

Otacílio: Nosso encontro musical se deu em 2005 e de lá para cá estamos produzindo muitas canções juntos. Eu havia participado de muitos festivais anteriormente, mas em parcerias que não tiveram continuidade.

Emanuel: Hoje já são mais de 60 composições em parceria e muitas ainda por vir.

06) RM: Apresente o CD – “Elixir”, qual o ano de lançamento (quais os músicos que participaram nas gravações)? Qual o perfil musical do CD? Quem foi os interpretes das canções? E quais as músicas que entraram no gosto do seu público?

Otacílio: O CD – “Elixir” teve como proposta inicial, o registro de nossas canções que participaram de festivais, só isso. Mas com o início das gravações, tudo isso mudou. O projeto se transformou em uma grande celebração à amizade!  No final foram 42 convidados!

Músicos, cantoras, cantores, declamadores, enfim, amigos que participam de nossa vida artística e que gostaríamos que estivessem nesse registro conosco. Não citaremos todos, pois realmente são muitos os que participaram, muitos os que apoiaram, equipe técnica, patrocinadores, incentivadores.  Amigos amados, todos muito importantes pra gente! O álbum foi lançado em 2011 e buscamos destacar a figura dos compositores, como se pode ver na capa do disco. Mesmo sendo cada faixa interpretada por um grupo diferente, quem se destaca são os compositores.

Fizemos isso em forma de alerta mesmo, pois na maioria das vezes, quem compõe a música nem sequer é lembrado por quem a escuta. O nome do disco – “O Elixir” – Foi uma ideia de se apresentar ao publico um elixir, um remédio, um bálsamo, algo que alivie e que cure. Sem pretensão nenhuma, diante de tanta porcaria que ouvimos hoje em dia, tanta falta de cultura, tantos trabalhos sem conteúdo e significado; tentamos apresentar um trabalho de qualidade, pra você ouvir e deixar-se curar um pouco da burrice cultural que nosso país se encontra hoje em dia.

O Elixir traz ao ouvinte samba, bossa, baião, balada, blues, rock e até um fado português, mas tudo feito com cuidado, com conteúdo nas letras, com arranjos minuciosamente escritos para agradar os ouvidos mais exigentes. Gravamos um vídeo-clipe da canção “Regresso”, que pode ser encontrada no youtube. Acreditamos que essa faixa seja o carro chefe do álbum.

07) RM: Como vocês definem o estilo musical do álbum Elixir?

Otacílio: Misto. Por se tratar de muitos intérpretes diferentes e muitos estilos diferentes, não acreditamos ser possível um rótulo para esse trabalho.

08) RM: Quais as cantoras(es) que você admira?

Otacílio: Tim Maia, Roberto Carlos, Nelson Gonçalves, Ney Matogrosso, Luiz Melodia,  Elza soares, Maria Bethânia, Gal Costa e outros.

Emanuel Massaro: Elis Regina, Zé Renato, Oswaldo Montenegro, Maria Bethania, Ney Matogrosso, e muitos outros.

09) RM: Como foi o processo de compor de vocês?

Emanuel: Otacílio escreve a letra e Emanuel faz a música e o arranjo, simples assim!

10) RM: Quais os prós e contras de trabalhar em dupla em uma composição?

Emanuel: Os prós são a ampliação dos saberes, o compartilhar dos sentimentos, a possibilidade da complementação. A gente não vê contras, é uma soma.

11) RM: Quem nasce primeiro nas composições de vocês, é a letra ou a melodia?

Emanuel: A letra, mas pretendemos fazer novas experimentações.

12) RM: Com vocês os papeis são definidos. Quem faz a letra e quem faz a melodia?

Emanuel: Otacílio, a letra. Emanuel, a melodia.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Emanuel: Os prós são a liberdade e o desprendimento dos padrões culturais do momento da composição. Pensando na atualidade, é o total despendimento desses “padrões culturais”, que estão nos levando à falência cultural. Infelizmente os contras são muitos.

A falta de apoio e incentivo para o artista independente é enorme. Com o advento das leis de incentivo, tudo hoje em dia gira em torno delas. Num país como o Brasil, somente os grandes ou “quem conhece alguém que conhece alguém” tem vantagem nesse sistema. Não digo que é impossível conseguir um incentivo através de leis, mas é muito difícil.

Uma pequena parcela dessa imensa verba acaba nas mãos de artistas independentes sem grande nome midiático. Antigamente conseguíamos apoio mais facilmente de empresas e instituições, hoje a maioria se apoia em leis de incentivos. Se não conseguimos aprovação em nenhuma, temos que sobreviver por nós mesmos.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira musical dentro e fora do palco? 

Emanuel: Mantemos o foco no nosso trabalho, sempre, porém quem manda é o público. É preciso ter cuidado com essa afirmação, pois mesmo com o público no comando, não podemos deixar nossos ideais de boa cultura de lado. Buscamos o nosso nicho, o nosso público e até agora o resultado que obtivemos foi maravilhoso.

Vamos continuar compondo, isso temos certeza. Temos idéias, material e vontade pra gravar pelo menos mais três discos, um deles infantil. Estamos com mais de 50 músicas engavetadas. Agora é arregaçar as mangas e buscar maneiras de produzir tudo isso.

15) RM: Quais as ações empreendedoras que vocês praticam para desenvolver as suas carreiras?

Emanuel: Sou professor de música, tenho uma escola, trabalho como arranjador e também como professor na Orquestra Sinfônica de Limeira, além de shows frequentes pela região. Procuro sempre divulgar nossa música autoral nesses trabalhos todos. É uma troca constante, recebo o tanto quanto entrego. Nosso trabalho sai dessas experiências todas. Existe também a busca constante de apoiadores que queiram ter a sua marca atrelada ao nosso trabalho.

Otacílio: Tenho divulgado o trabalho em minhas palestras e ações literárias. Temos também uma oficina de composição musical e poética, que é adaptada tanto par ao público infantil quanto para os adultos.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Emanuel: A internet é uma ferramenta absurdamente útil para quem trabalha com arte independente. A divulgação é constante, gratuita e disseminadora. Não será prejudicial, se soubermos usá-la de maneira respeitosa e responsável, é claro.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso a tecnologia  de gravação (home estúdio)? 

Emanuel: Aí você entra num terreno perigoso… Qualquer pessoa com um computador em casa pode gravar, divulgar via internet e cair no gosto do público. A vantagem que vejo é que artistas maravilhosos, até então anônimos, podem produzir e divulgar seus trabalhos de forma acessível aos seus bolsos.

Nunca se descobriu tanta gente boa, tanto músico talentoso como hoje. Porém, na mesma proporção, nunca se viu tanto lixo cultural sendo exposto e enfiado garganta abaixo, como agora. E, infelizmente, a mídia adora essa segunda parcela.

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um CD não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que vocês fazem efetivamente para se diferenciarem dentro do seu nicho musical?

Emanuel: Procuramos nos manter honestos ao nosso publico. Preocupamo-nos sempre com o conteúdo de nossas músicas, com a qualidade das gravações, dos arranjos, com o reconhecimento justo aos músicos que nos acompanham e que gravam nossas canções e ao nosso produtor.

O trabalho feito com qualidade sempre vai ter espaço. O publico de hoje está carente de conteúdo e de poesia. A arte, seja ela qual for, precisa dizer alguma coisa a quem a consome, precisa tocar diretamente na alma do ouvinte, no caso da música, senão vira produto comercial, enlatado, como um pacote de biscoito ou uma caixa de leite, não é arte.

19) RM: Como vocês analisam o cenário musical brasileiro? Em sua opinião quem foram as revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?

Emanuel: O cenário musical brasileiro hoje pode ser visto de duas maneiras. Podemos apenas afirmar que o cenário musical brasileiro é o pior de toda sua história, o que é um fato se pensarmos no que a mídia divulga a população hoje; ou podemos fechar os olhos para o lixo cultural e analisar apenas os artistas que contribuem para a nossa cultura. Ultimamente é o que faço.

Se eu entro em um lugar em que a música não se encaixa nisso, eu saio e na maioria das vezes nunca mais volto a esse lugar. Temos que valorizar o que presta, lutar pelo que tem qualidade, mais do que reclamar do lixo que cai sobre nossas cabeças dia-a-dia. Já sofri muito com isso, mas percebi que não adianta. Estamos num momento de ótimos compositores, como, Mariana Aydar, Ceumar, Marcelo Jeneci.

Muitos compositores do cenário de festivais são ótimos: Tavinho Limma, Paulo Ciranda, Lula Barbosa, Zé Alexandre, João Lejambre, enfim centenas de grandes artistas que não se sobressaem devido à falta de espaço na mídia. Mas acreditamos que os grandes mestres, que ainda são nossas referências, continuarão em primeiro plano. O ato de compor hoje não vem embutido de uma carga social e política como era nas décadas de 60 e 70, por exemplo. Deveria, mas não vem.

20) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que vocês têm como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Otacílio: Chico Buarque e Paulinho da Viola. 

Emanuel: Tom Jobim, Chico Buarque, Oswaldo Montenegro, Ney Matogrosso, Edu Lobo, Boca Livre, Dori Caymmi, Toquinho e Ivan Lins.

21) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para, brigas, gafes, show em ambiente ou publico tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?

Emanuel: Em um recital em homenagem ao centenário de Noel Rosa e Adoniran Barbosa, uma moça pediu que tocássemos “Catedral”, da Zélia Duncan. Quando se está na estrada, tudo acontece. Você fecha um evento e não recebe, ou recebe menos, ou se depara com uma aparelhagem que não é suficiente e tem que se virar pra fazer acontecer, tudo isso faz parte! 

22) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Emanuel Massaro: Poder fazer o que gostamos, com o coração. Uma vez li que o artista é um “manipulador de sentimentos”… Olha que responsabilidade! Por isso que nosso trabalho tem sempre que ser feito com muita cautela e respeito, e isso é bom, nos tornando mais íntegros. A parte triste é a falta de reconhecimento. É sintonizar qualquer canal da TV aberta e ver a porcaria que vemos atualmente. Bundas, e não mentes pensantes.

23) RM: Nos apresente a cena musical da cidade que você mora?

Emanuel: Limeira – SP é uma cidade muito musical. Muitas bandas de rock, muitas bandas independentes fazendo um trabalho primoroso. O samba também está aparecendo com força nos últimos anos, samba de verdade, raiz. Falta espaço pra que toda essa juventude possa divulgar o seu trabalho. Vemos a maioria tendo que sair da cidade e buscar novos horizontes.

24) RM: Quais os músicos, bandas da cidade que você mora  que você indica como uma boa opção? 

Emanuel Massaro: Grupo Avena, Banda NaContraMão, Grupo Encantoria, Trio Patinhas, Reminiscências, muitos músicos talentosíssimos como Domingos de Salvi, Alexandre Santos… Vamos  parar porque certamente esqueceremos  de vários (risos).

25) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Emanuel Massaro: Se for em rádios que cultuam a boa música, sim. Já estamos na rádio cultura de Amparo, por exemplo. Mas falando em termos gerais, não!

26) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Otacílio: Sorte, juízo e trabalho!

Emanuel Massaro: Estude, estude, estude e estude! Tenha respeito pelo seu trabalho, por quem o faz junto de você e principalmente pelo seu publico.

27) RM: Quais os projetos futuros?

Emanuel Massaro: Gravar e lançar o álbum Brasileirices, nosso próximo trabalho e levar adiante nossa “Oficina de composição musical e poética”.

28) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Otacílio Monteiro: [email protected]

 


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.