More Millena Raimer »"/>More Millena Raimer »" /> Millena Raimer - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Millena Raimer

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A cantora, compositora, violonista e jornalista pernambucana Millena Raimer iniciou seus ímpetos musicais e artísticos aos 11 de idade. Ela foi finalista no Festival de intérprete: “Live Music Festival” em Campina Grande – Paraíba em 2010 e participou do Garanhuns Jazz Festival – Pernambuco em 2014.

Lançou em 2013 o seu primeiro CD – “Um outro Alguém” no qual reuniu suas composições preferidas. “Costumo dizer que meu CD é uma porta aberta para o meu mundo, já que considero cada canção um pedacinho de minha história”, revela Millena. No seu primeiro álbum a marca principal é ser eclético não se prendendo a um único formato musical.

Ela vem se destacando no cenário musical pela qualidade de suas melodias, de suas letras e originalidade vocal. O seu timbre singular vem ganhando o reconhecimento da crítica e do público. Ela vem se destacando no cenário musical, trazendo a promessa de ser uma nova pérola da música brasileira.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Millena Raimer para a www.ritmomelodia.mus.br , entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 16.04.2015:

01) Ritmo Melodia – Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Millena Raimer: Nasci no dia 28 de dezembro de 1988 em Garanhuns- PE.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Millena Raimer: O meu primeiro contato com a música se deu muito cedo. Desde os primeiros passos literalmente, caminhava comigo a vontade e o ímpeto por expressar-me através da dança e da arte. Deleitava-me ouvindo os mais diversos gêneros musicais da época através dos antigos vinis guardados pelos meus pais. Há também um fato curioso que costumo contar: Sempre que íamos, eu, meus pais e meu irmão, à compra de presentes para as datas comemorativas, ao invés de encaminhar-me para a sessão dos brinquedos, como seria o comum para idade, eu encantava-me com os instrumentos musicais. E os meus pais começaram a observar tal fato de maneira curiosa. Tanto que me deram de presente o meu primeiro violão quando eu tinha 5 anos de idade. E desde então a paixão pela música só tem crescido. Comecei então a tocar o instrumento, e a compor as primeiras músicas.

03) RM: Qual a sua formação musical e\ou acadêmica fora da área musical?

Millena Raimer: Sou graduada nos cursos de Comunicação Social, habilitação em jornalismo e de Letras. E musicalmente tenho formação em Violão Popular. Vocalmente tive contato com alguns cursos rápidos de técnica vocal, porém me considero mais autodidata nesse sentido.

04) RM: Quais as suas influencias musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Millena Raimer: As raízes da minha influência musical estão na MPB e no rock clássico dos anos 60 e 70. Deleitava-me ouvindo desde as baladas do rei Elvis Presley até os primeiros sucessos da incomparável Marisa Monte. Artistas como Patrícia Marx, Débora Blando, Adriana Calcanhoto, Caetano Veloso e Djavan também fizeram parte da minha influência musical. E em se tratando de influências contemporâneas cito com orgulho o maravilhoso trabalho de artistas como Marjorie Estiano, Roberta Sá e Colbie Caillat. Sou eclética musicalmente. O que é explicito através da diversidade de gêneros abordada no meu primeiro álbum.

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?

Millena Raimer: Começou com a minha participação no Festival de Talentos da escola que estudava no interior de Pernambuco. Aos 11 anos de idade, apresentei os meus dotes musicais pela primeira vez publicamente. Ali ficou fixado o meu início no mundo musical. Oficialmente estou há um ano no mercado musical com o lançamento do meu álbum – “Um outro Alguém” em 2013.

06) RM: Fale sobre seu primeiro CD? Qual o ano de lançamento (quais os músicos que participaram nas gravações)? Qual o perfil musical do CD? E quais as músicas que entraram no gosto do seu público?

Millena Raimer: O meu álbum foi lançado oficialmente 2013. São 14 músicas inéditas. E tem a participação do cantor italiano Itto Urgesi, em uma versão da canção “Don’t walk away” (“Sem esperar”). Versão feita pelo meu diretor de marketing Arthur Lopes. A proposta do CD é a reunião de gêneros musicais variados, baseado no meu gostos pessoal e vivências da minha trajetória musical. O álbum – “Um outro alguém” é um retrato da minha história de vida e da minha caminhada profissional até hoje. Uma verdadeira porta aberta para o meu mundo.

07) RM: Fale da importância do amigo e do profissional Arthur Lopes no seu projeto musical?

Millena Raimer: Arthur é antes de tudo um amigo com quem compartilhei parte significativa da minha adolescência, e com quem vivencio uma amizade sincera até hoje. Ele sempre foi grande incentivador dos meus sonhos, e participou ativamente da construção deles. A princípio cantávamos juntos em eventos do colégio, onde fincamos nossas raízes e firmamos o laço de amizade até hoje. Em um dos momentos descontraídos que dividíamos com frequência, surgiu comentários com suposições e projeções de futuro no qual eu seria uma cantora famosa, e se assim o fosse estaríamos juntos de alguma forma. E de fato foi o que aconteceu. O tempo passou e ambos seguimos nossos instintos profissionais. Arthur se formou em Publicidade e Propaganda. E quando decidi gravar o CD, no mesmo instante ele se prontificou a me ajudar com o processo de divulgação. Dávamos aí o primeiro passo para realização do CD – “Um outro alguém”. Juntos, como havíamos projetado e sonhado. Hoje caminhamos unidos, convergindo sempre para os mesmos objetivos pessoais e profissionais, dividindo a mesma história. Arthur é meu diretor de marketing atualmente, dirige todos os meus clipes e material de divulgação.

08) RM: Como você define o seu estilo musical?

Millena Raimer: Uma reunião de gêneros que caminham por entre o pop balada, a MPB contemporânea e o pop romântico.

09) RM: Você estudou técnica vocal?

Millena Raimer: Nunca, embora queira muito fazer um curso de técnica vocal.

10) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e o cuidado com a voz?

Millena Raimer: Sem dúvidas, singular. É extremamente importante que um vocalista eduque e aperfeiçoe seu instrumento de trabalho. E nada mais importante do que a técnica aliada aos cuidados básicos e até aprimorados da voz.

11) RM: Quais as cantoras(es) que você admira?

Millena Raimer: Como já dito anteriormente, admiro o trabalho de vários artistas no ramo musical, mas as grandes influências são de fato a Marisa Monte, Marjorie Estiano e Colbie Caillat.

12) RM: Como é seu processo de compor?

Millena Raimer: O meu trabalho é autoral. Costumo dizer que não há regras para produzir uma composição musical. As inspirações se baseiam em uma diversidade enorme de fontes. Como histórias de amor cotidianas, vivências próprias ou baseadas em personagens da minha própria autoria. Às vezes acordo com uma melodia na cabeça, fico solfejando o dia todo, e vai surgindo a letra como consequência. Outras vezes acontece de forma invertida. Inspiro-me em algo que quero falar, construo uma letra e a melodia vem por consequência da história redigida. Não há regras para inspiração artística. Já dizem os profissionais da arte; “a licença poética é para os que amam”.

13) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Millena Raimer: Costumo compor sozinha. Algumas vezes que compus em parceria foi com o Arthur Lopes.

14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Millena Raimer: Embora seja mais difícil de emplacar no mercado, o trabalho autoral e independente é sem dúvida uma ousadia positiva no sentido de inovação mercadológica e construção da imagem artística de quem o produz. O artista autoral fixa sua marca no universo musical de forma única. E isto lhe confere um espaço diferenciado em meio aos demais. Claro que a dificuldade de divulgação, e as intempéries até que se dê o processo de fixação e reconhecimento do trabalho são barreiras significativas, muito embora não sejam intransponíveis.

15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Millena Raimer: A priori a minha proposta profissional se baseia na disseminação da arte produzida com amor. E costumo afirmar com convicção que o alicerce para o sucesso em qualquer projeto é o amor pelo que se faz. A partir daí segue-se um planejamento consecutivo, baseado na manutenção e na constância da divulgação do trabalho, que obviamente precisa se fazer a cada instante. A reunião desses fatores é fundamental na construção e na manutenção de qualquer carreira. Amor, ímpeto, organização e inovação.

16) RM: Quais as ações empreendedora que você pratica para desenvolver a sua carreira?

Millena Raimer: A carreira artística exige além de talento, o ímpeto empreendedor e a organização administrativa em todos os aspectos. A necessidade de alinhar o produto, que nesse caso é a música, e as consequências da veiculação do mesmo nos meios públicos, é intransferível. O artista que se preza, independente do aparato que tem se preocupa com tudo o que envolve a sua produção.

17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?

Millena Raimer: As redes sociais são veículos extremamente importantes no processo de disseminação da produção artística. A possibilidade de fazer com que o trabalho chegue com mais facilidade ao conhecimento dos ouvintes e fãs em potencial, é fundamental para o projeto musical nos dias de hoje. Muita embora haja duas vertentes naturais na popularização da internet, até então só nos foram benéficos os frutos que ela tem nos rendido.

18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso a tecnologia de gravação (home estúdio)?

Millena Raimer: As vantagens incluem a facilidade e o aumento da autonomia em torno do processo de concretização de projetos musicais independentes, contudo há sempre a possibilidade do aumento da concorrência mercadológica.

19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente uma carreira musical. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Millena Raimer: A proposta de trazer ao mercado um trabalho que reúne gêneros diferenciados é o primeiro passo escolhido naturalmente por mim para demarcar espaço no território musical atual. No mais, a escolha pelo diferencial nos arranjos e na conformidade geral das músicas do álbum é parte de uma estratégia natural de diferenciação no mercado.

20) RM: Como você analisa o cenário musical brasileiro. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?

Millena Raimer: O mercado musical no geral tem crescido de maneira rápida e em curto prazo. O que explicita cada vez mais suas urgências de inovação, e sua “efemeridade” no que diz respeito à manutenção e permanência do artista no meio. De fato há uma necessidade de constância na readaptação ao mercado. Nas últimas décadas artistas como Marisa Monte, Ivete Sangalo, Zeca Baleiro, Wanessa da Mata, Jorge Vercilo, Ana Carolina são exemplos de sucesso consagrado e de artistas que buscaram inovação e fidelização do grande público, cada um dentro de seu contexto. Ao contrário de músicos que se ampararam em sucessos efêmeros e firmaram sua busca por manutenção no mercado, através de hits do momento. O exemplo de Perla, Latino, Vanessa Rangel, dentro outros.

21) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Millena Raimer: São Marisa Monte, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Marjorie Estiano, Sandy Leah, são referências de profissionalismo e qualidade artística em termos gerais.

22) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical?

Millena Raimer: Toda carreira artística exige do profissional certas renúncias e adaptações às mais variadas situações. Circunstâncias adversas nos mais diversos âmbitos já ocorreram comigo, assim como com certeza com outros colegas de profissão.

23) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Millena Raimer: O que me faz feliz é enxergar a possibilidade, mesmo com dificuldades e com circunstâncias adversas, de apresentar ao público, a minha arte. O mercado musical, ainda que ultrapasse intempéries constantes, abre leques e oportunidades de tornar o artista conhecido no cenário. Eu amo fazer música. E a oportunidade de lidar profissionalmente com ela é a minha maior alegria. Triste, são situações como a dificuldade de entrada no mercado musical; o desgaste ocasionado pela vulgarização da boa música e pela popularização de sucessos imediatistas, me fazem enxergar motivos para um certo desapontamento com o cenário musical atual.

24) RM: Nos apresente a cena musical da cidade que você mora?

Millena Raimer: O nordeste como um todo é rico culturalmente. E isto já chega a soar tal qual clichê em certos momentos. Porém a supervalorização da arte regionalizada e das raízes culturais que nos “estigmatiza” (o que não julgo como negativo, pelo contrário), dificulta um pouco o processo de divulgação de um trabalho que foge a tal linha. O meu projeto, por exemplo, é mais definido como música globalizada, em termos de gênero e abrangência de públicos. E propostas assim, fazem com que adentrar no mercado local, seja um processo mais difícil. É complicado admitir, mas musicalmente o sucesso se inicia com mais fluidez, no eixo Rio- São Paulo (sudeste).

25) RM: Quais os músicos, bandas da cidade que você mora você indica como uma boa opção?

Millena Raimer: Há artistas excelentes no cenário musical local: “Piratas da Somália”, Sócrates Gonçalves, Biliu de Campina, Amazan, João Gonçalves, dentre outros.

26) RM: Você acredita que as suas músicas tocarão nas rádios sem pagar o jabá?

Millena Raimer: Sou feliz em afirmar que já temos conseguido este feito. E acredito que pela qualidade musical que prezo desde o início da carreira. Creio que existam ainda, possibilidades de adentrar no mercado através do talento e do trabalho bem executado.

27) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Millena Raimer: Estar ciente das renúncias e dificuldades que o mercado musical apresenta, é o preceito principal depois que se decide adentrar no cenário artístico. Além do amor pela música e da busca por aperfeiçoamento constante, (estudo, dedicação, disponibilidade) há a necessidade de amadurecimento nesse aspecto. Havendo essa consciência de maneira geral, há possibilidade de que a carreira dê certo.

28) RM: O que ajuda e atrapalha o fato de ser jornalista e atuar como cantora e compositora?

Millena Raimer: Na realidade enxergo o jornalismo como uma extensão da minha profissão enquanto cantora e compositora. Ser jornalista me confere consciência globalizada, e valores importantes no processo de crescimento musical. Técnicas ligadas ao processo de composição (intensificação da exploração gramatical e vocabular) e a possibilidade de aguçamento no processo crítico, são vantagens. Não enxergo nenhum ponto negativo, a não ser a necessidade de explorar a questão disponibilidade e tempo, o que não necessariamente é negativo.

29) RM: Você já sentiu alguma resistência por parte dos colegas jornalistas em aceitar você como cantora por ser jornalista?

Millena Raimer: Não, pelo contrário. Há um incentivo e admiração por parte dos colegas jornalistas, o que ajuda bastante no processo de manutenção das carreiras.

30) RM: Quais os seus projetos futuros?

Millena Raimer: Tenho em vista o lançamento do novo CD, e por consequência o investimento em novos trabalhos. O que posso adiantar é que tem algo bom por vir (risos).

31) RM: Quais os seus contatos para show e para os fãs?

Millena Raimer: (83) 99620 – 1790. Quem quiser conhecer um pouco mais meu trabalho pode me encontrar através das redes sociais: www.millenaraimer.com.br | www.soundcloud.com/millena-raimer  | www.facebook.com/millenaraimer | http://www.youtube.com/channel/UC2B9ssBiVnMvh3OYyiWmvmg


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.