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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Gabmar Cavalcanti e Kátia Virgínia

Gabmar Cavalcanti e Kátia Virgínia
Gabmar Cavalcanti e Kátia Virgínia
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Gabmar Cavalcanti desde cedo se interessou pela música. Começou com a mãe, que tocava bandolim. Aos três anos de idade perdeu a visão, devido a um glaucoma, e no mesmo período começou a dedilhar no piano de sua casa.

O menino Gabmar tinha uma audição muito aguçada e era insistente, aprendeu sozinho, não teve aulas de música. As tentativas aconteciam após o término das aulas de sua irmã Alba Cavalcanti, ele ficava do seu lado, atento, e ao final, corria para tentar reproduzir as músicas tocadas por ela, desse modo ia se familiarizando com o instrumento.

O artista ganhou do pai sua primeira sanfona. Pequena e compatível com o tamanho de um menino de quatro anos, que sozinho, tentava, errava, e insistia até conseguir as notas e acordes, etc. Gabmar sempre muito persistente e dedicado.

E foi assim também com os outros instrumentos: a sanfona, piano, guitarra, flauta e o violão. Ele chegou a tentar tocar até bateria. E se tornou um excelente músico prático que superou sua deficiência visual, aprendeu mais de um instrumento.

Com 17 anos assumiu o posto de pianista da Radio Borborema de Campina Grande (PB). O artista relembra, “Em 1960, ao voltar de João Pessoa onde havia concluído o primário no Instituto Adalgisa Cunha, e com a saída do meu irmão Ogírio Cavalcanti do Casting de artistas contratados da Rádio Borborema. Eu assumi o posto de pianista daquela emissora, iniciando assim, a minha vida profissional”.

O multi-instrumentista sempre recebeu total incentivo da família. Gabmar relembra que um de seus irmãos o levou para se apresentar em um concurso de calouros aos dez anos de idade no Rio de Janeiro (RJ). Juntamente com o mesmo irmão começou a tocar profissionalmente. Por mais de 30 anos, os dois estiveram na mesma banda, intitulada Conjunto de Baile Ogírio Cavalcanti, o grupo leva o nome do seu fundador, o irmão de Gabmar, que também era cego.

Eles viajavam pelo Nordeste do país fazendo inúmeras apresentações, a peculiaridade do grupo era a excelente equipe de instrumentistas que, aliados ao dom vocal da cantora Kátia Virgínia, esposa do músico, proporcionavam um repertório inigualável, chegando a ser comparado às grandes bandas americanas.

Gabmar e Kátia se conheceram no grupo, se casaram, e unidos, eles viviam ligados pelo amor, companheirismo e a musicalidade. Juntos faziam música comprometida com a arte, ultrapassando o tempo e gerações.

Ficaram conhecidos como um casal virtuoso

Ficaram conhecidos como um casal virtuoso, talentosos e respeitados profissionalmente, na cidade de Campina Grande, e em toda a Paraíba. O artista no início de sua carreira recebeu influências do Rei do Baião, “Cronologicamente, diria que Luiz Gonzaga foi a minha primeira e grande influência.

Depois, a música erudita, exerce sobre mim uma enorme atração. Diria melhor: A música bem elaborada me influência sobre maneira”. Enfatiza Gabmar. Segundo o músico, na primeira metade dos anos de 1950, ele foi virtualmente enfeitiçado pela suíte sinfônica “Sheherazade”, do Korsakov, através de uma velha gravação do grande maestro Stokowski.

Foi, para mim, a porta de entrada para a apreciação deste gênero musical. Por volta de 1958, com o aparecimento do primeiro disco do João Gilberto, o meu aprendizado harmônico no que diz respeito à música popular, tomou um grande impulso.

Gabmar destaca, “A minha formação musical pode ser definida como essencialmente prática. Tive, apenas, algumas aulas de teoria musical na minha infância. Hoje, quase tudo que sei sobre a arte, me veio devido a minha observação e análise dos fatos musicais que escuto”.

O artista cursou três períodos do curso de Direito, mas teve que abandonar a comunidade acadêmica por conta da profissão, sempre gostou das coisas ligadas à eletrônica. Gabmar exemplifica o “rádio”, que segundo ele, era seu principal divertimento.

Nos anos de 1990 deixou O Conjunto Ogírio Cavalcanti, mas não abandonou a música, continuou a se apresentar junto com sua esposa Kátia Virgínia até o fim de sua vida, em suas horas vagas o rádio era seu fiel companheiro, acompanhava o noticiário.

O seu hobby era o radioamadorismo. Gabmar foi radioamador (PR7 G A), desde o ano de 1965. E realizou o sonho do próprio estúdio de gravação, na sua terra natal, “O Solo Stúdio”, de propriedade da família. Gravou os principais músicos locais, incluindo a sua esposa cantora, Kátia Virgínia, que em 2002, lançou o primeiro CD “Dever de Cantar”.

O disco foi produzido, arranjos e gravação, por Gabmar e o filho do casal Álisson Teles, Gabmar desenvolveu uma técnica diferenciada na música, e juntamente com Kátia Virgínia, se tornou referência musical no cenário cultural paraibano e apresentando-se em vários festivais culturais pela região.

O Maestro desabafa “Acho que talvez o principal empecilho que a minha deficiência me impôs, foi o de não ter podido estudar música como deveria. Sempre sonhei em poder reger uma grande Orquestra, em poder interpretar as grandes obras dos nossos grandes mestres. Infelizmente não pude! Esta é a minha maior frustração!

Na minha família, além de mim, apenas o Ogírio, meu irmão, é deficiente visual”. No dia 11 de outubro de 2007 o artista participou de um momento muito importante e emocionante da sua carreira. Na oportunidade foi gravada a nova versão do Hino de Campina Grande, em comemoração ao aniversário da cidade. Na interpretação a cantora Kátia Virgínia, com arranjos de Gabmar Cavancanti.

As imagens foram captadas no estúdio do casal de músicos, além de diversos pontos turísticos da maior cidade do interior do Nordeste. O clip foi produzido pela equipe da TV Itararé de Campina Grande, e produzido pelo ator, autor e produtor teatral Saulo Queirós.

Gabmar Cavalcanti morreu aos 72 anos, em maio de 2016, em consequência de complicações causadas por um câncer que teve no ano anterior (2015), deixando a esposa, três filhos, quatro netos, e quatro irmãos. O maestro eternizou-se na memória de seus fãs e habitantes da cidade de Campina Grande, conhecida como a Rainha da Borborema.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Gabmar Cavalcanti e Kátia Virgínia para a www.ritmomelodia.mus.br , entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 02.06.2006:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua cidade natal e qual data de nascimento?

Gabmar Cavalcanti: Nasci na cidade de Campina Grande – PB, no dia 17/07/1943.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Gabmar Cavalcanti: Em minha casa havia um velho piano, no qual a minha irmã Alba Cavalcanti costumava executar pequenas melodias. Eu, então com três anos de idade, deitava-me no sofá e escutando bastante atento as ditas músicas. Quando ela saía do instrumento, eu tentava reproduzir, em parte, aquilo que havia acabado de ouvir. Assim, desta maneira, fui tomando conhecimento dos sons musicais, do nome das notas, dos acordes, etc.

03) RM: Quais suas influências musicais?

Gabmar Cavalcanti: Cronologicamente, diria que Luiz Gonzaga foi a minha primeira e grande influência. Depois, a música erudita, exerce sobre mim uma enorme atração. Diria melhor: A música bem elaborada me influência sobre maneira. Na primeira metade dos anos 50 fui virtualmente enfeitiçado pela suíte sinfônica “Sheherazade”, do Korsakov, através de uma velha gravação do grande maestro Stokowski. Foi, para mim, a porta de entrada para a apreciação deste gênero musical. Por volta de 1958, com o aparecimento do primeiro disco do João Gilberto, o meu aprendizado harmônico no que diz respeito à música popular, tomou um grande impulso.

04) RM: Qual a sua formação musical (teórica e prática) ?

Gabmar Cavalcanti: A minha formação musical pode ser definida como essencialmente prática. Tive, apenas, algumas aulas de teoria musical na minha infância. Hoje, quase tudo que sei sobre a arte, me veio devido a minha observação e análise dos fatos musicais que escuto.

05) RM: Fale de sua iniciação na carreira musical.

Gabmar Cavalcanti: Em 1960, ao voltar de João Pessoa – PB, onde havia concluído o primário no: Instituto Adalgisa Cunha, e com a saída do meu irmão Ogírio Cavalcant do casting de artistas contratados da rádio Borborema (Campina Grande-PB). Eu, com 17 anos de idade, assumi o posto de pianista daquela emissora, iniciando-se assim, a minha vida profissional.

06) RM: Quantos discos gravados, fale do perfil de cada um deles e quais músicas se sobressaíram?

Gabmar Cavalcanti: Apesar de estar tanto tempo envolvido com a música, confesso que ainda não me preocupei em lançar nenhum disco instrumental, o que não significa dizer que nunca o farei. É apenas uma questão de oportunidade. Entretanto, em 2002, Kátia Virgínia, minha esposa, lançou o seu primeiro CD – “Dever de Cantar”. Ele cantado e arranjos e gravado por mim e por nosso filho Álisson Teles, no nosso Solo Stúdio. O CD teve bastante aceitação pelo público e pela crítica. A música-título “Dever de Cantar” de autoria de Celso Viáfora, e “Tanto Brasil”, do Chico Souza, compositor campinense radicado em São Paulo, foram das músicas mais tocadas.

07) RM: Fale sobre a deficiência visual. E em que ela atrapalhou na sua iniciação musical. Na sua família existem outras pessoas com a mesma deficiência?

Gabmar Cavalcanti: Perdi a visão aos três anos de idade por conta do glaucoma. Acho que talvez o principal empecilho que a minha deficiência me impôs, foi não ter estudado música como deveria. Sempre sonhei em poder reger uma grande Orquestra, em poder interpretar as grandes obras dos nossos grandes mestres. Infelizmente não pude! Esta é a minha maior frustração! Na minha família, além de mim, apenas o meu irmão Ogírio, é deficiente visual.

08) RM: Fale do panorama musical em Campina Grande nas décadas de 60 e 70. E que tipo de música animava os bailes do povo e da classe média?

Gabmar Cavalcanti:  Campina Grande – PB, nos anos 60, vivia uma grande efervescência musical. Com a inauguração do Teatro Municipal Severino Cabral em 1964, começou a acontecer eventos musicais como Festival de Música, apresentações, concursos para cantores, etc.

Houve o surgimento de inúmeros grupos musicais como: “Os Rebeldes”, “Os Apaches”, “Sebomatos” (que participava Bráulio Tavares), “Os Falcões”, “Os Capetas”, “Os Notáveis”, “Anjos do Inferno”, “Os Adams”, “Os Pássaros”, “Os Peraltas”, “Os Barra Limpa”, “Os Panteras”, “As Brasas” (conjunto feminino, do qual fez parte Elba Ramalho), e muitos outros.

Todos influenciados pela recém-surgida Jovem Guarda. Além dos grupos citados, surgiram os conjuntos de baile:  Ogírio Cavalcanti (que já existia bem antes disso), Vickings, etc. Às músicas que embalavam as festas eram as gravadas por Anísio Silva, Silvinho, Orlando Dias, Renato e seus Blue Caps, que falavam aos corações mais simplórios. E a Bossa Nova e os blues americanos arrancavam “gritinhos prazerosos” das classes mais abastadas!

09) RM: Fale sobre o conjunto de baile Ogírio Cavalcanti, quando iniciou suas atividades e qual os músicos da sua primeira formação?

Gabmar Cavalcanti: O início do Conjunto Musical Ogírio Cavalcanti, como era conhecido na época, se deu mais ou menos por volta de 1960, tendo em sua primeira formação os seguintes músicos: Ogírio (Piano e Acordeon), Zuca (Bateria), Valdemar e Escurinho (Percussão), Erasmo Tenório (Contrabaixo acústico), Neno (Manola), Ronaldo Soares e Silvinha de Alencar (Cantores).

10) RM: No conjunto Ogírio Cavalcanti, o que era igual e o que era diferente dos outros conjuntos musicais da Paraíba?

Gabmar Cavalcanti: De igual mesmo aos outros conjuntos da época, talvez, só mesmo, os instrumentos utilizados. Pois, a maneira de tocar, os arranjos, e, principalmente, o REPERTÓRIO, que era de excelente qualidade, foram os fatores preponderantes que o diferenciava dos demais conjuntos de baile da época.

11) RM: E quando terminou o conjunto Ogírio Cavalcanti?

Gabmar Cavalcanti: Por volta de meados da década de 90, após a aposentadoria do Ogírio. E com o aparecimento de muitas bandas, surgidas em todas as esquinas e as vezes do nada e de todos os calibres, conluios e quilates, em que a boa música e o bom som nem sempre são a prioridade!

12) RM: Apresente o seu irmão Ogírio Cavalcanti.

Gabmar Cavalcanti: Ogírio Cavalcanti é meu irmão. Na sua infância foi acometido de glaucoma, perdendo quase que totalmente a visão. Ele nasceu no dia 11.10.1934, começou a aprender música ao mesmo tempo em que eu. É pianista, acordeonista e contrabaixista. E foi Baixista por muitos anos no grupo musical que levou o seu nome, por décadas a fio e por todo o nordeste do Brasil.

13) RM: Você mantinha contato com músicos de outros conjuntos de baile da Paraíba?

Gabmar Cavalcanti: Nós tínhamos relações de amizade com vários conjuntos de baile e músicos da Paraíba. O grande problema é a minha memória!

Mas, puxando daqui e dali… Lembro-me… Dos “Quatro Loucos” (que fizeram parte Zé Ramalho e Vital Farias), de João Pessoa; Aldemir Sorrentino, também de Jampa; “Os Selvagens” e “Os Jovens”, da cidade de Patos – PB, “Tuaregues”, de João Pessoa; “Os Selenitas” de João Pessoa (que participou Jarbas Mariz); “Bárbaros”, de Alagoa Grande – PB, e… só Deus sabe quantas mais!

Quanto aos músicos, conhecíamos e mantínhamos contato com quase todos, destas, e de outras bandas.

14) RM: Em que época o forró era discriminado? E quando passou a ser aceito pela classe média?

Gabmar Cavalcanti: Com o surgimento da Bossa Nova e da Jovem Guarda, o forró foi ficando um pouco esquecido pelo grande público. As músicas do Luiz Gonzaga, que era o seu principal representante, já não tocavam nas emissoras de rádio como antes. Tanto é assim, que o próprio Luiz Gonzaga chegou a gravar um baião de autoria do Onildo Almeida que era uma verdadeira despedida: “Minha sanfona vou dar de presente ao museu, é a hora do adeus de Luiz, rei do baião”.

Somente a partir da metade dos anos 70, é que, com o impulso dado pelos baianos: Gilberto Gil Caetano Veloso, bem como com a persistência e garra de uma Marinês, de um Jackson do Pandeiro, de um Abdias, de um Elino Julião e tantos outros, o forró renasceu e se mantêm até hoje. Apesar de, digamos assim, certos desvios de conduta por parte das banda de Forró de Plástico!

15) RM: Qual a sua relação pessoal e profissional com os músicos: Jackson do Pandeiro, Marinês, Rozil Cavalcanti, Biliu de Campina, Pepysho Neto, Tann, Jorge Ribbas, João Gonçalves, Bráulio Tavares, Elba Ramalho e Zé Ramalho?

Gabmar Cavalcanti: Eu não cheguei a conhecer pessoalmente o Jackson do Pandeiro. A Marinês é a nossa querida e fraternal amiga. Tanto ela como o seu filho, o grande músico Marcos Farias. Rosil Cavalcanti trabalhou comigo na rádio Borborema. Tive o prazer de conhecê-lo e de ter a sua amizade por muitos anos até a sua morte em 1968. Biliu de Campina é o meu fraterno e irreverente amigo.

Conheço-o há mais de quarenta anos. Pepysho Neto e Tann são amigos mais recentes, mas, nem por isso deixam de ser grandes amigos meus! O Pepysho gravou comigo o seu primeiro CD, e o Tann já gravou vários CDs que foram arranjados e gravados por mim.

Jorge Ribbas é um querido amigo e grande arranjador. É um virtuose do violão e um estudioso da arte musical. Conheço o João Gonçalves desde longa data.

É um grande compositor que nós temos. O Bráulio Tavares é um amigo das antigas! Desde os tempos dos “Sebomatos”, banda que se apresentava e tocava tal qual os Beatles aqui em Campina Grande, e da qual ele fazia parte nos anos 60.

É um amigão! Tenho o prazer de conhecer a Elba Ramalho desde os tempos do Colégio Estadual da Prata, onde ela estudava e participava do conjunto musical feminino “As Brasas”, isto nos anos 60. Finalmente Zé Ramalho, ainda eu não tive a satisfação de conhecê-lo pessoalmente.

16) RM: Fale da sua experiência como homem de estúdio.

Gabmar Cavalcanti: É uma experiência realmente gratificante. Aprimora-se muito o sentido da criação, da percepção, melhorando em muito a nossa prática musical.

17) RM: Fale da sua vivência com as festas juninas no seu início de carreira musical. E como vê-las hoje, como produtor cultural turístico?.

Gabmar Cavalcanti: Sem nenhum saudosismo, ou, com todo saudosismo, não importa, festa de São João na minha meninice e adolescência tinha um cheiro de pureza no ar! Ao invés de ilhas de forró (Se referindo aos pequenos locais, tipo palhoças do interior ou coretos cobertos, que as pessoas dançam no Parque do Povo no Maior São João do Mundo em Campina Grande), havia um grande continente de alegria!

Não entendo nada de turismo, mas, tenho muito medo do mercantilismo reinante hoje em tudo. Do: Vender para publicitar, que eu diria melhor: Vender para manietar. Acho que as festas de São João é como as de carnaval etc. Na sua essência, esmaecem na razão inversa das suas transformações em espetáculo, que enriquecem empresários e, quase sempre, empobrecem a cultura.

18) RM: Nos apresente Kátia Virgínia, a sua esposa cantora?

Gabmar Cavalcanti: Kátia Virgínia Teles Cavalcanti, é, sem dúvida alguma, a mais bela voz desta região. Como eu sou suspeito para falar, diria apenas que, na minha já longa vida de músico, não encontrei ninguém que interpretasse tão bem e com tanto sentimento, os mais diferentes tipos de canções que lhes foram confiadas. Prova inequívoca disto, são as várias gravações que já fizemos juntos.

Bem como o sucesso obtido com o lançamento do seu primeiro CD – “Dever de Cantar” em 2002. Ela, ainda adolescente, teve diversas participações na rádio e televisão local e regional,  tendo ido ao Rio de Janeiro, onde participou do programa Clube do Bolinha, do o apresentador Jair de Talmaturgo.

E também, do Programa do Chacrinha, obtendo muito boa aceitação. A partir da segunda metade de 1969, ingressou no grupo musical Ogírio Cavalcanti, lá permanecendo por muitos anos, sempre com enorme sucesso. Casamo-nos em 1975. Estamos, então, até hoje, trilhando a mesma estrada, musical e conjugal. Álisson, Sheyla e Shirley, são nossos três filhos.

19) RM: Quais são os seus projetos para 2006?

Gabmar Cavalcanti: Os planos para o futuro são os que nortearam a nossa vida até hoje. Isto é: Trabalho, trabalho e trabalho! Incluem-se neste verdadeiro mutirão a dois planos, a gravação de um próximo disco, e shows por este mundão de meu Deus.

Gabmar Cavalcanti faleceu no dia 01.05.2016 em Campina Grande por causa de complicações de um câncer. Deixou três filhos e quatro netos e quatro irmãos.

Links: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/05/1771448-mortes-musico-de-ouvido-agucado-nunca-teve-aulas.shtml

http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/usuarios/gabmar.html

http://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2016/05/morre-em-campina-grande-o-musico-gabmar-cavalcanti.html

http://cgretalhos.blogspot.com.br/2016/05/memoria-audio-fotografica-gabimar.html#.V47SdLiAOko

http://cgretalhos.blogspot.com.br/2016/05/memoria-fotografica-o-grupo-ogirio.html#.V4Z-T1QrKM8


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.